1- Floresta proibida.

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Sky abre seus olhos lentamente, sentido eles arderem ao tentar se acostumarem com a iluminação, seu corpo estava pesado, e sua garganta completamente seca.

Ao olhar perdida ao seu redor, nota que estava deitada em uma cama estreita branca, coberta com apenas um lençol fino e soro em seu braço.

"Eu estou em um hospital?" Pensou.

Além da cama que estava deitada, a sala estava completamente vazia. Ela tinha longas paredes brancas, e do outro lado da sala um vidraço coberto com uma cortina translúcida.

Após se acostuma ao ambiente, começa a ouvir um som estridente de um bebê chorando. Ela se sentou e retirando os fios de seu braço delicadamente, com o intuito de encontrar o dono do escândalo, andou até aporta há abrindo em seguida.

O vento passa zumbindo pelo seus ouvidos, o som do bebê chorando ficou ainda mais altos, estando enfim, com seus pelos ouriçados.

Seus passos eram lentos, e inseguros. Seu corpo estava mais fraco do que imagina. Mesmo assim, continuou a andar em direção ao som, se apoiando na parente para que não caísse. O lugar parecia vazio, e tudo parecia igual, como se não tivesse saído do lugar.

"Por que ninguém cala a boca desse bebê?"- Pensou.

Depois de um tempo andando, avistou a porta de uma das salas aberta. Nesse momento não parecia ter mais noção das suas ações, sua cabeça parecia girar, então apertou bem os olhos e continuo em frente.

Na sala ela avistou um homem com uma arma na mão, onde ela estranhamente parecia reconhece-lo de algum lugar, e por fim o bebê, que se esperniava em cima de uma mesa.

O cara possuía olhos profundos e sombrios, suas roupas eram escuras e cobria seu corpo inteiro, como se estivesse com muito frio.

Ele a encarou, e em seguida aponta a arma para o bebê, ignorando sua presença. Em choque, ela o observa sem saber como reagir, havia até parado de ouvir os berros do bebê, os berros que aumentava a cada segundo.

O Homem dá um passo para trás relutante, e em seguida coloca a arma na própria boca. Por mais perturbador que tudo aquilo parecia, no rosto dele não havia nenhuma expressão.

Sky vai até o bebê, o pegando no colo. Ela o balançou calmamente:

– Prontinho, prontinho... Você está bem agora... Shiihhii...- Sussurrou.

Ele parou. Ao se aconchegar no colo da mesma, o bebê para de chorar.

Sem mesmo ter tempo de pensar sobre a situação que se passava ali, e ignorando o homem armando na sala, escuta sons de algo se aproximar ao fundo. Não se sentia bem com isso.

– Por aqui!- Uma voz grossa é ecoada ao fundo.– A garota do quarto 001 passou por aqui.

Sem saber como agir nessa situação, olhou assustada ao redor, perdida. Não queria ser pega, não queria estar ali, e em sua cabeça se repetia várias vezes, "fuja".

Com medo que o bebê chorasse novamente, o segurou firmemente em seus braços e saiu correndo pela porta, do lado oposto das vozes.

– Eiii parada aí!!- Gritou um dos caras todo de branco, não muito longe da mesma.

Não se sentia segura, seu corpo a obrigava correr, todos os seus sentidos a obrigavam a correr. Como se sua vida dependesse disso.

Chegando ao limite, suada e zonza, escuta ao fundo alguém gritando para que não passasse pela faixa branca, e sem nem perceber já estava do lado de fora da construção. Tudo que sua visão avistava era mato, e mais mato, longas árvores e folhas de diferentes cores.

Sem olhar para trás, continuou a correr em frente, para o meio das árvores. Segurando cada vez mais forte em seus braços o bebê, que estranhamente estava quieto.

– Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem...- Ficou a repetir isso várias vezes.

Depois de muito correr, se esconde embaixo de um barranco, se encolhendo o máximo que conseguia, arfando muito.

Em sua frente havia uma estreita faixa de um rio. Os sons dos bichos ecoavam aos montes, sem poder sabem se os homens de brancos ainda estava a sua procura.

Sua cabeça estava um turbilhão, pensava loucamente na melhor maneira de sair daquela situação, e da razão de estar ali, que nem percebeu a cobra que passou lentamente sobre seu ombro e adentrou o rio em sua frente.

Logo uns dos homens de branco, se arrasta lentamente no barrando acima, sabendo sua localização, deitando atrás dela.

– Se eu fosse você relaxava um pouco, e não fazeria nenhum movimento brusco.- Colou uma faca em seu pescoço, sussurrando em seu ouvido.

Seu coração batia a mil por hora, não sabia nem como respirar direito. Com sua cabeça completamente em branco para uma solução.

– Já que estamos aqui, porquê não apreciar a cena.

Sem entender a que ele se referia, apenas esperou, e um tempo depois, quando o sol começava há se por no horizonte, surgiu uma garota acorrentada.

Ela passou do lado dos dois, pulando o barranco e atravessando o rio. Depois de cerca de dois passos depois do rio, a cobra que estava no mesmo lhe dá o bote. Há derrubando no mesmo instante.

Seu corpo se pressiona cada vez mais no barranco, como se quisesse se fundir ao mesmo. Seu pavor era nitidamente visível.

Na medida que escurecia, luzinhas se espalhavam pela floresta, e os peixes nadavam para fora do lago, voando.

Se não estivesse tão aterrorizada, acharia aquilo incrível.

Logo os peixes se aglomeram em cima da garota, a devorando.

– Lindo né?- O cara sussurrou por fim.


Em um sonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora