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Me soltei de seus braços rapidamente, eu não queria mais nem olhar para ele, passei reto sem dizer uma única palavra. Voltei para onde estava sentada e respirei fundo, sinceramente...

O que ele estava fazendo aqui?

Era essa e muito mais perguntas que ficavam na minha mente, de tantas pessoas que eu poderia reencontrar, tinha que ser justo ele. Do Yun também voltou e me olhou preocupado, eu sabia que não deveria ter vindo, minha cabeça estava começando a doer e as sensações ruins vieram como um baque.

— Está tudo bem com você?— perguntou, eu afirmei, mesmo não estando.— Não sabia que conhecia o Hyung...

— O que ele está fazendo aqui?

— Bem... Ele é o irmão do meu cunhado, o tio da Sun Hi.

É claro! O sobrenome da menina era Seo, a família era rica e tinha pessoas aqui que eu já tinha visto antes, sou tão idiota, deveria ter ido embora na mesma hora.

— Tem algum lugar aqui que eu possa ficar sozinha?

— Sim! Tem um jardim nos fundos, se quiser posso te levar.— eu neguei rapidamente, peguei minha bolsa e levantei.

Caminhei até o lugar que o mesmo dissera, dessa vez olhando para frente para ter certeza de que não esbarraria em ninguém novamente, minha mente não estava uma das melhores, isso foi demais pra mim, não sei o que fazer numa situação dessas. Finalmente tinha saído daquela aglomeração e encontrado o ar puro que precisava, o jardim também é lindo, muito bem cuidado e a iluminação era parecido com a do salão.

Me sentei num banco de madeira, o único que tinha perto da pequena fonte, olhei em volta e suspirei, tentei me acalmar ao máximo, porém aquela noite continuava voltando e isso me deixava temerosa. Me senti a S/N de meses atrás que precisava de bebida para resolver os problemas, eu estava indo tão bem, não podia deixar que tudo caísse ladeira abaixo. Pensei em ir embora muitas vezes, mas eu não podia dar esse gostinho para ele, não quero passar a imagem daquela garota ingênua que ele enganou, sou uma nova pessoa agora e vou lidar com meus problemas de uma forma adulta.

— Até que enfim te encontrei...— me virei para trás rapidamente e nossos olhares se encontraram.

— Poderia me deixar sozinha?

Ele continuou andando até mim, ignorando meu pedido, sentou-se ao meu lado no banco, me afastei para que não sentisse seu calor perto do meu corpo, tudo nele me dá repulsa. Enquanto ele me observava, fixei meus olhos no chão gramado, eu estava uma pilha de nervos por dentro, mas aparentava estar calma por fora.

— Já faz tanto tempo... É incrível como nosso destino é traçado novamente!—

— O que você quer comigo?— dessa vez olhei para ele— Me humilhar daquela maneira não foi o suficiente, hum? Mentir para mim todos os dias, me fazer de tonta, usar a mente de uma menina inocente para fazer os seus desejos, não bastou?

Ele abaixou a cabeça, não esperava aquela reação, fiz o mesmo e continuei olhando para o mesmo lugar, eu não aguentei, tive que dizer tudo o que carregava por anos. Inesperadamente, senti sua mão segurar a minha, olhei bem para ele e em um movimento brusco, soltei nossas mãos.

— Por favor, S/N, me perdoa!— aproximou mais um pouco— Eu nunca menti quando disse que te amava, eu fui um idiota por ter feito aquilo, mas me arrependo muito.

— Desculpas não vão apagar o que você me causou.

Não queria chorar, mas estava difícil ao relembrar de tudo mais uma vez, ele não se contentou com o que eu disse, fez nosso espaço ficar mínimo e me segurou pela cintura. Tentei várias vezes escapar do seu aperto, será que ele não entendia? Não queria mais nada com o mesmo, não ia mudar minha opinião tão cedo.

— Volta pra mim, posso te fazer feliz assim como éramos antes...

Não queria mais ouvir suas mentiras, em nenhum momento com ele poderei ser feliz, me levantei antes que o mesmo tentasse fazer algo pior, sentia pavor só de pensar nisso. Voltei para o salão, tentando encontrar Do Yun, porém não o achei, eu ia ter que ir, não aguento ficar mais no mesmo espaço que esse homem. Saí pela porta principal, depois me desculparia com o garoto, mas agora nada me importava, andei até meu carro e abri a porta, não perdi tempo e liguei já saindo da onde estacionei. Eu estava tão abatida, só de vê-lo me fez lembrar de tudo o que custei para esquecer, não podia ter sido real, eu não queria acreditar.

Parei no semáforo e respirei fundo mais uma vez, eu precisava me acalmar, olhei para o lado e vi um bar aberto, eu não queria ter que afogar minhas mágoas desses jeito de novo, mas não conseguia lidar com esse problema. Estacionei o carro perto do lugar, desci rapidamente e andei em passos lentos, eu não aguentava mais ter que viver assim por causa dele, tudo o que me fez simplesmente não poderia ser apagado. Sentei numa cadeira perto da entrada, eu não estava vestida apropriadamente para estar num bar, mas isso também não me importava muito, pedi uma garrafa de soju e suspirei, já sabia o que aconteceria dali em diante.

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Eu já tinha parado de contar os copos que levava até a boca, minha cabeça girava e eu não fazia ideia do que acontecia ao meu redor, consegui o que queria, ficar bêbada. Meu celular começou a tocar dentro da bolsa, com dificuldade fui até ele e peguei, meus olhos estavam embaçados para ler o nome de quem estava me ligando, então atendi mesmo sem saber.

— Noona?— perguntou o garoto, respondi com um “hum”— Ainda bem que atendeu, eu já estava ficando preocupado... Ainda está na festa?

— Não, Suk... Não estou na festa...

Onde está então?

Se eu dissesse onde estava ele iria querer vir me buscar na mesma hora, mas não queria mentir, detesto o poder que uma mentira tem. Fiquei um pouco em silêncio antes de responder, eu estava mole, então deixei quieto os pensamentos que estavam fazendo minha cabeça doer e decidi responder sua pergunta, ele deveria estar muito preocupado.

— Num bar, Lee Jong Suk.

— O quê?— ele aumentou o tom de voz— Por que está num lugar desses de novo, S/N? Alguma coisa aconteceu? Eu vou ir até você, não saía de daí!

Ele me fez dizer onde estava, eu só queria poder tomar mais uns goles de bebida em paz, não precisava que ninguém se preocupasse comigo, detesto a maneira dele de sempre querer vir me salvar, não sou a princesa presa no castelo que o mesmo pensa. De repente fiquei brava com toda essa situação, as emoções tomavam conta cada vez mais forte de mim, se eu tivesse negado desde o começo não teria entrado nessa emboscada, não tinha como saber o que iria acontecer, fechei as mãos em um punho, com certeza se Seo Chung Ho estivesse aqui na minha frente eu estaria dando uma chave de braço nele. 













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Voltei!!!

Foi mal não ter att ontem, fiquei ocupada e isso acabou esmagando minha criatividade...

Talvez no próximo cap tenha uma cena mais ( ͡° ͜ʖ ͡°), mas não vou esclarecer muitas coisas porque quero deixar tudo fofo do jeito que está.

Bom, é isso... Até a próxima att! ♡♡♡

My Noonim Onde histórias criam vida. Descubra agora