Lena se aproximou do carro e perguntou se dava para ir a pé até a casa de Megan.
- Sim. - disse Kara.
No caminho de terra batida, falaram sobre tudo e sobre todos, como o interesse de Kara por arqueologia e pela cultura dos indígenas locais.
- Há uma aldeia nas proximidades... - disse ela. - Gostaria de conhecer o trabalho social que faço lá?
- Você me levaria mesmo depois de eu arruinar sua reputação no mercado?
- Adoro o trabalho que faço com eles. Nada vai atrapalhar esse trabalho.
Lena também falou de si, da infância solitária durante a qual tinha mais intimidade com os empregados do que com os pais sempre ausentes. Não que fossem cruéis, explicou.
- Apenas não tinham tempo para mim. Minha mãe estava sempre em eventos sociais e meu pai só queria saber de dinheiro.
Em seguida falou sobre os projetos que construíra em Paris, Roma, Londres e mais recentemente em Florença, bem como da concorrência recentemente perdida em Manhattan.
Chegaram enfim à casa de praia, construída em três níveis de modo a aproveitar todo o terreno. Puseram as cestas de piquenique em uma mesa no quintal e Lena começou a tirar fotos da mansão arruinada.
- Para que as fotos? - Kara perguntou.
- Sempre registro as diversas fases dos meus projetos. - explicou a morena.
Depois das fotos ela fez uma série de esboços da fachada e do interior da casa devastada pelo furacão. Kara acompanhou o trabalho de criação até perceber que o sol estava se pondo e que perderia sua oportunidade de nadar.
Deixou Lena de lado e foi vestir uma roupa de banho.
Ela mergulhou contra as ondas e nadou de um lado para outro na água morna e salgada do mar do Caribe. Durante meia hora se esqueceu de todas as suas angústias, frustrações, decepções. Foi quando a morena apareceu.
Tinha um corpo lindo, forte; perfeito, por assim dizer. Lena nadou na direção dela com braçadas vigorosas. Ela não pôde deixar de perceber que a morena era uma excelente nadadora.
- Oi. - cumprimentou Kara quando Lena se aproximou. - Você deveria estar trabalhando.
- Vi você e não pude resistir à tentação.
Quando os olhos da morena bateram no top do biquíni, ela se sentiu nua e deu algumas braçadas, se afastando dela. Mas Lena a seguiu, a alcançando com facilidade e a segurando pelo tornozelo. Em seguida nadaram emparelhadas durante algum tempo. Pareciam dois golfinhos brincando.
Kara cansou e tomou a direção da praia. Lena foi atrás e lhe jogou água. Ela se virou furiosa, mas Lena riu e voltou a jogar água. Kara começou a gritar, mas a morena não se deu por vencida, a molhando ainda mais. Ela revidou e iniciaram então uma guerra de água.
Cansada, Kara pediu uma trégua. Durante um breve momento, as duas ficaram respirando pesadamente com os corpos molhados brilhando à luz do poente.
Ambas tinham perfeita noção do desejo que despertavam na outra, ainda que estivessem diante de um fruto proibido.
- Quanto menos roupa você usa mais bonita você fica.
- Não estrague esse momento.
- Se você tirar o sutiã ficará como Afrodite saindo do mar.
Para deixar Lena ainda mais tentada, ela estendeu o dedo na direção do fecho do sutiã. Lena se aproximou e tocou o seu rosto com a ponta dos dedos. Passou em seguida o polegar sobre os seus lábios. Kara sugou o seu dedo. A morena estava morna como a água salgada. Começou a baixar a mão, percorrendo a linha do rosto, descendo até o pescoço, estudando a delicada curva do ombro, se alojando por fim na fivela do top.
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Heart Tamer - SuperCorp
FanfictionLena não esperava viver uma tórrida paixão. Mas para Kara pode ser o início de um pesadelo. Cansada da solidão, Lena Luthor decidiu pedir em casamento a filha de um dos seus sócios. Ela seria a esposa perfeita, e Lena, com o tempo, aprenderia a am...