Morales

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- Amaral D'Ávila é um bandido, deveria estar preso.

Morales era um jornalista tipo raiz. Ele estava sempre atrás de uma obra superfaturada, um desvio, uma negociata, um furo do governo, era das vozes mais críticas à situação.

- O povo não aguenta mais esses desmandos do governador, e não vai aceitar que ele emplaque mais um embuste no governo da Bahia. Esse grande estado não pode mais tolerar tanta roubalheira, não vivemos mais sob o jugo do coronelismo!

É, era um discurso inflamado, tão batido quanto esse lance de não dar o peixe, pescar, etc...

- Até quando, essa câmara tão corrupta quanto, vai fechar os olhos para as negociatas do governador? E o ministério público? Ninguém?

Ele tinha razão, tinha esquema para tudo que é lado. O governador recebia dinheiro de caixa dois, três e quatro, óbvio que seu protegido, também já estava no esquema.

O ponto é que o governador em exercício estava a ponto de dar um salto nunca antes visto, ele almejava o planalto, e o caixa, o caixa tinha que estar forte, porque na campanha política, quem tem dinheiro fala mais alto.

Mas se dependesse do Morales, aquela porra toda ia ruir, antes que Itacaré assumisse a Bahia, ele queria destruir de vez Amaral D'Ávila e impedir que mais dois larápios fosse empossados, um na Bahia, outro no Brasil.

E ele sabia onde deveria puxar. O padrão era o mesmo em todo lugar né? O político arruma patrocínio para campanha, de empresas que tem interesses políticos, o cara ganha a eleição e retribui essa "ajudinha" entregando contratos públicos, geralmente superfaturados para essas empresas e assim o mundo continua girando.

Tem lugar que é mais disfarçado, mas o Brasil, não é para amadores. 

(Outro dito já meio batido, mas é ou não é verdade?)

Hélio Soares, dono da Sispar Empreendimentos S.A., holding com 20 empresas sob seu guarda-chuva, era o principal parceiro do governador. Ele tinha financiado campanhas durante toda sua vida, também recebeu contratos generosos, por toda sua vida. Geralmente suas empresas, meio que por mágica assim, ganhavam licitações e licitações do estado.

- Aqui é trabalho! - Ele costumava dizer sempre. Mas a gente sabia que era tudo, menos trabalho o motivo da fortuna do sujeito. Indícios de favorecimento, formação de quadrilha, superfaturamento, desvios suntuosos, tinha de tudo, era um prato cheio para o Morales. 

Ele iria procurar, e quem procura acha...

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⏰ Última atualização: Jun 11, 2020 ⏰

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