Pirralhos insuportáveis

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Ginger

—Daly, Daly, Daly Coelho!.—Sussurrei animada. Já haviam se passado uma semana desde que cheguei a esse mundo e ainda não conseguia pronunciar o R corretamente apesar de ter evoluído com o L, não me esforçava tanto já que sentia que aquilo me dava um ar mais infantil, isso não tinha nada haver com ter percebido que minha língua era pequena e prejudicava minha pronúncia, havia descido não me forçar a agir como criança apesar de ainda 'brincar' com os Dixons por ser hilário ver a cara deles, brincar de casinha, restaurante, salão de beleza eram as coisas mais engraçadas do meu dia ver dois marmanjos metidos a machões brincando de casinha. Havia percebido que os Dixons tentavam me agradar e de uma fangirl eu havia evoluído a amiga deles¿

Passava a maior parte do meu tempo aprendendo a caçar com Daryl ou 'conversando' com Merle ou simplesmente me divertindo com a cara deles quando inventava uma brincadeira nova.

—Aqui Pirralha.— Daryl se ajoelhou ao meu lado, me envolvendo com seus braços e me ajudando a segurar a enorme besta com os meus pequenos braços.—Só apertar o gatilho.—Daryl sussurrou mirando por mim, coisa necessária já que eu era a melhor atiradora do meu regimento, não que ele precisasse saber.

Apertei o gatilho que atravessou o esquilo e soltei um gritinho animado pulando no pescoço do Daryl.

—Consegui.— Eu sempre quis usar uma besta, até havia aprendido a usar o arco e flecha por causa disso, ainda que fosse uma verdadeira negação no arco, sempre me saí melhor com rifles/ armas de longa distância. Daryl me pegou no colo sem qualquer dificuldade,me carregando com o mesmo braço que segurava a besta enquanto se aproximava do esquilo.

Espero que a gangue do bambi não queira se vingar

Nós estávamos atrás de um bambi, digo veado [Pumpkin:Não consigo lembrar me é esse o nome dessa coisa mesmo a a] A alguns dias já, Daryl insistia em caçar o bambi que só faltava ser declarado seu inimigo declarado

—Vamos voltar?—Perguntei passando ambos os braços envolta de seu pescoço enquanto me ajeitava em seu colo, outra coisa que havia descoberto é que era um verdadeiro inferno ter as pernas curtas, andávamos mais, corríamos mais e tudo por culpa delas, claro além do mundo simplesmente não ser preparado para pessoas pequenas.

—Pode dormir, sei que está cansada.—Comentou fazendo—me concordar, além de tudo o que listei antes, eu estava dormindo o dobro é um vício em doces havia me consumido, não tenho controle em minha própria bexiga e eu já disse que estou odiando ser criança novamente?

Deus eu ainda vou precisar passar pela puberdade tudo de novo, menstruação, espinhas e hormônios... WHY SENHOR WHY????

NEM PRA SER UMA CRIANÇA DE 8 ANOS, NÃO EU TINHA QUE VIR PARA O CORPO DE UMA DE 3!!!

Se bem que eu não posso reclamar, eu morri e voltei a vida, já tô no lucro.

...

Assim, eu amo o Daryl, mas ele absolutamente não é nada delicado. E com toda a certeza desse mundo ele não sabe pentear cabelo, não posso reclamar já que meus braços pequenos ainda tem dificuldade com isso, me sinto meio idiota? Yep, mas e no legal? Yep.

Voltando ao Daryl que está tentando me deixar careca, eu realmente acho que se continuar assim vou ter problemas de calvície no futuro. Já faziam duas semanas que estávamos juntos, duas semanas que eu havia chegado a esse mundo e ainda não tive contato com nenhuma outra pessoa graças ao 'jeitinho especial' dos Dixon's, não que eu possa reclamar, eles dois podem não perceber como sou uma criança estranha, mas os outros adultos com certeza vão perceber. Então em meu fake mundinho de criança eu fico entre me cuidar e ganhar alguns músculos e encher o saco dos Dixon's, Merle pode até não falar, mas eu sei que ele me ama.

Como não amar? Descobri que sou linda, fiquei até emocionada. Voltando ao presente, estou criando um plano para não deixar Merle sair com o grupo, mas o problema é... Eu sou uma criança! Não tenho nem como prender ele ao carro ou como dialogar, isso é uma merda! Uma inteira e absoluta merda!!!

Um suspiro cansado escapou de meus lábios quando a garrafa vazia que estava segurando escapou de meus agarre por culpa do vento.

—Já venho.— Resmunguei me levantando do chão, ainda podia sentir meu coro cabeludo formigando de dor. O vento estava tão forte que parecia que até mesmo me levaria se eu não tomasse cuidado, ri com a ideia enquanto me abaixava para pegar a garrafa.

—Oi!— Uma voz infantil chamou minha atenção.— Quer brincar com a gente?.

Ah poha, eu odeio crianças, ironico ter me transformado em uma? yep. mas voltando a minha narrativa de 'hater das criancinhas melequentas' eu como toda pessoa sensata tinha um leve/enorme ranço do mini—carl apesar dele ter amadurecido é se tornado um personagem bem gostável com o passar das temporadas, e bem... não me entenda mal, mas nas três ou quatro primeiras temporadas ele é inevitavelmente um pé no saco, e observando as crianças de perto agora, eu só me lembro do meu profundo ranço de crianças... não que eu vá pegar a faca no meu cursinho e tentar arrancar a lingua desses pestes, longe disso. Onde eu estava mesmo? ah sim crianças e meu ódio por elas, mas qual a finalidade dessa terrível narrativa? tem exatamente cinco crianças na minha frente, Carl, Sophia e as crianças dos moralez as quais eu simplesmente não lembro o nome.

Deus, Lúcifer, o que eu fiz de errado para merecer isso? O'QUE?

— Então, quer brincar com a gente?.— A menina que parecia ter mais ou menos a idade de Carl e sophia perguntou, sua pele tinha uma cor caramelo que entrava em um lindo contraste com seu cabelo escuro, crianças podem até ter essa aparência adorável mas continuam sendo capetas.

Se eu negar vou parecer uma criança muito estranha?

Olhei na direção de Daryl e Merle que estavam distraídos com seus próprios afazeres e nem mesmo notaram que eu havia me afastado. Muito responsáveis devo acrescentar. Olhei novamente para as crianças que estavam esperando minha resposta, e de fundo pude ver Lori e Carol observando nossa interação, oh deus, Carol peletier sabe que eu existo! eu acho que vou desmaiar...

—Eu...—

—Ginger!.— Ouvi meu novo 'nome' ser chamado e me virei novamente em direção aos Dixons onde Daryl parecia passar os olhos pelo acampamento me procurando até finalmente me encontrar e soltar um suspiro de alívio.

—Não posso. —Neguei com a cabeça antes de me pôr a correr em direção a Daryl que ainda tinha a escova de cabelo que havia arrumado para pentear meu cabelo, não que eu fizesse questão de manter ele do tamanho que estava, preferia cortar ele bem curto mas crianças não podem mexer em coisas afiadas, meu pau! Eu estava praticamente sendo torturada com aquela merda!. Me sentei no chão a frente do Daryl sem comentar nada, porém não poderia estar mais feliz de terem me salvado dos malditos pirralhos, com todo amor claro.

—O que eles queriam?.— Merle perguntou deixando de lado a arma que estava limpando.

—Brincar.— Dei de ombros enquanto Daryl penteava 'cuidadosamente' meu cabelo. — Mas eu prefiro brincar com vocês.—Completei sorrindo e arrancando uma careta de Merle.

—Devia brincar com eles, assim eu teria paz FINALMENTE!.— Exclamou movendo os braços e me fazendo rir. Desculpe querido, é muito mais engraçado tirar uma com a tua cara.

— Você é mais divertido, Tio Merle.— Ah como é bom poder irritar as pessoas sem ter consequências, esse é o único lado bom dessa merda.

...

Ah... e ai meus consagrados? (Me senti muito macho hetero falando isso pqp)
O que eu ia falar mesmo? ah sim sim.
Feliz dia dos namorados, meu presentinho pra vocês ai oh!

O capitulo esta mais para um Bonus de presente.
Finalmente descidi o que fazer com o Merle...
Eu não planejo fazer tudo exatamente como na serie, mas espero que entendam que sou realista quanto a Ginger ser uma criança de tres anos e não poder alterar muitas coisas.

Alex~

Merda! Virei uma criança!Onde histórias criam vida. Descubra agora