The End

11.6K 1K 501
                                    

O grito mudo escapou por meus lábios quando a luz forte me atingiu como uma rajada forte de vento me jogando contra a parede, ouvi alguém gritar mas ainda estava tão atordoada que tudo o que consegui fazer foi esperar que o mundo parasse de girar violentamente e voltasse a entrar em foco.

Okay, talvez atirar no tanque do carro não tenha sido a melhor ideia que eu já tive, mas tão pouco era a pior.

Levantei Minha cabeça, meu corpo estava jogado no chão em uma posição tão estranha que assustou-me vê lo daquela forma, deslocar meu dedão e me livrar da amarra que me prendia não com um empecilho, não era a primeira nem a segunda vez que fazia, já nem mesmo sentia a mesma dor. Ouvia gritos e sabia que meu comandante deveria ser uma verdadeira fera, poha! Imagina a papelada que isso vai dar!.

Tentei me levantar porém não consegui, já livre das amarras tentei olhar para baixo pela segunda vez, dessa vez com uma maior visão graças a nova posição, porém perdi o ar no momento em que tive uma visão melhor do meu corpo, não entendia direito o que havia acontecido, era muito sangue que se espalhava mais e mais a cada segundo.

Os filmes mentiram, atirar no tanque do carro não dá certo...

Meu corpo estava cheio de estilhaços da explosão, ri sem humor, eu estava morrendo. Sabia que não tinha muitas opções entre atirar no carro e atirar na minha própria cabeça, mas agora as duas decisões pareciam a mesma, ao menos eu havia derrubado mais de quinze com esse meu ato suicida.

Os filmes mentiram, ah que decepcionante.

Ao menos eu não sinto dor, apenas sono. Quero pelo menos ganhar uma medalha.

Charlotte .E.H.

Talvez fosse o sol no meu rosto, a areia pinicando o meu corpo, ou o cheio podrido que invadia minha narina e revirando meu estômago com tamanha facilidade que me causava estranheza. Um desses fatores havia me acordado, ou talvez todos juntos estivessem em um complô.

O que era estranho já que eu deveria estar morta, quer dizer, não sou uma pessoa muito experiente em morrer, mas eu achava que deveria ter mais fogo e cheiro de enxofre.

Ignorando o cheiro podridão e o sol que embasava minha visão, apoiei minhas mãos no asfalto quente é me coloquei de pé com certa dificuldade, minha cabeça apitava e minha visão escurecia quando tudo se focou em uma mulher que vinha em minha direção arrastando um dos pés e grunhindo, porém não era isso que chamava minha atenção mas sim a grande quantidade de sangue em sua roupa, e em seu rosto levemente acinzentado e não demorei muito para reconhecê-la como ponto de onde vinha os tais cheiros.

Minha cabeça estava em alerta, qual era a daquela mulher tentando me assustar imitando um zumbi?.

—Cosplay legal.— Não era a minha voz rouca de sempre, era uma voz fina e estranhamente infantil, uma voz impossível de pertencer a uma mulher que já estava chegando no início do segundo tempo. Olhei ao redor, porém não tinha nenhuma criança por perto, e com isso voltei a olhar para a mulher loira que continuava a caminhar em minha direção.

Mas que porra?!?

Por qual motivo aquela mulher era tão mais alta? Xinguei dando um passo na direção contrária a dela, tinha algo errado em sua barriga. em um ato automático levei as mãos a cintura onde não achei minha arma.

—Senhora?. Não tenho tempo para brincadeiras. -- Grunhi irritada, porém apenas recebi um grunhido grotesco de volta. Não pensei muito antes de me virar e simplesmente sair na direção contrária a da mulher loira

Que poha

Que poha

Que poha

Merda! Virei uma criança!Onde histórias criam vida. Descubra agora