an (almost) impossible love

capítulo 5

Eu não acredito que eles fizeram isso, como podem? Eles são meus pais, deveriam estar ao meu lado, não contra mim. Sorte que não sou obrigado a morar com eles, seria a pior coisa da minha vida. Por mais que seja difícil agora, prefiro ficar longe deles, o mais longe possível!

...

Entro na cafeteria, caminhando até a mesa no canto mais afastado, onde havia uma moça lendo o jornal toda distraída. Aqui está a minha melhor amiga, a pessoa que me criou, Jung Dawon.

Arrasto uma das cadeiras ao seu lado em silêncio, dando espaço para que eu pudesse me sentar. Me sento, fitando a garota a minha frente, seu semblante estava sério, nem notou a minha presença.

- olá. - Dawon se assustou, ela deu um pulinho e me olhou sem entender nada, porém ela logo sorri.

- kookie! - ela rapidamente solta o jornal, me abraçando forte. Realmente faz tempos que não nos vemos, da última vez que a vi, foi quando eu fui embora as pressas daquela casa.

- também senti sua falta. - lembro de todos os nossos momentos juntos, ela sempre cuidou de nós, de mim e do Hoseok. Porém, ela não é totalmente santa, aprontava muito também. Tinha as melhores piadas, e era super protetora. Lembro que uns meninos vieram mexer com o irmão dela, ela foi até a sala do garoto, chamou ele e deu um soco na cara dele. Levou uma advertência, mas que ela deu na cara dele, ela deu.

- Ei! - me solta. - por que nunca mais entrou em contato comigo sua peste?! - segura forte em minha orelha.

- a-ai! Me desculpa, eu só não queria entrar em contato um tempo, me desculpa! - eu tinha esquecido esse pequeno detalhe, ela puxa nossas orelhas quando não se agrada com algo. Algum dia vou perder a orelha por conta disso, eu tenho certeza.

- está bem. - obrigado por soltar minhas orelhas que agora estão ardendo, e provavelmente, estão vermelhas. - deveria ter ao menos mandado uma carta. - me empurra.

- ah... Me desculpa. - me sinto culpado agora, odeio quando isso acontece.

- tudo bem, é que senti a sua falta. — sei que fiz mal em não entrar em contato, mas não pensei que fosse fazer tão mal.

— eu também senti, mas não tava a fim de vê-los, não de lembrar o tempo que passei com eles e tudo que eles fizeram... Sabe que eu não aguentaria ficar lá mais tempo, não sei como Hoseok aguenta. — meus pais fizeram coisas que nenhum pai deveria fazer, somente a família Jung sabe o que passei.

— todos sofrem nas mãos de seus pais, se não fazem o que mandam, ou no seu caso e no caso do meu irmão, é a questão do preconceito. Também não vejo a hora da minha marca fazer sucesso, não vou ficar lá durante muito tempo, assim conseguirei tirar meus pais de lá. — como são belos os sonhos dela, até entendo, se o próprio filho não gosta dos pais, é que a coisa tá feia.

— Seus sonhos são lindos, mas... O Hoseok não faz parte desse sonho? — não fui só eu que não entendeu o porquê dela não envolver o irmão? Eu acho que não.

O semblante dela fica sério, e um tempo pensativa, soltando um longo suspiro, pegando o copo que estava em cima da mesa, que por acaso só percebi agora que estava ali, levando até sua boca, dando um gole enorme, olhando para mim.

— Hoseok tem seus próprios sonhos, disse q não quer que eu ou ninguém o tire de lá, ele quer sair por conta própria, discutimos muito por isso, então ele mal fala comigo, mas não se preucupe, logo vamos voltar ao normal, você sabe. — esse é o Jung Hoseok que eu conheço, não gosta que os outros façam as coisas pra ele, prefere fazer tudo por conta própria, uma qualidade de se admirar, mas pode o fracassar. E é por isso que os irmãos Jung vivem discutindo, Dawon quer que ele vá morar com ela quando estabilizar, mas ele quer sair de lá sozinho.