Capítulo 6

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— vamos lá Taehyung, só vamos pegar uns bolinhos, não mata ninguém! — Jimin insiste mais uma vez.

— não é preciso três pessoas para ir buscar uns bolinhos, Yoongi já vai com você, a força, mas vai. — dito me sentando no sofá, encarando o menor em minha frente.

— sabe que com o Yoongi Hyung não tem conversa, mal abre a boca, e quando abre, é pra dar patada em alguém, reclamar ou criticar algo. — resmunga Jimin novamente.

— se for pra falar mal de minha pessoa, não a coloque no meio. — dita Yoongi, encostando-se na parede, com os braços cruzados.

— quer saber? Chega! — me levanto do sofá. — eu vou com vocês comprar esses bolinhos, que saco viu! — não se passa um dia em que eu, não me irrite com Jimin e Yoongi.

— então vamos logo, antes que você mude de ideia. — pega em meu braço,corre até yoongi, o puxando indo em direção a saída. — já voltamos mãe! — grita, fechado a porta.

Jimin sabe ser bem insistente as vezes, e muitas dessas vezes, a vontade de o matar é enorme. Só não faço isso, porque Yoongi me mataria. Prezo muito pela minha vida, ainda tenho muito o que viver.

O caminho não seria longo, pois a cafeteria era a quatro quarteirões a baixo da casa de Jimin, mas se tem uma coisa que irrita o garoto de cabelo alaranjado, é fazer qualquer coisas, sem uma conversa. Diz ele que parece que a pessoa está puta com ele, e mesmo ele sabendo que não é verdade, o garoto prefere uma boa conversa.

— Taehyung, já te contei que depois do jogo dessa sexta, vou fazer uma festa? Se vencermos, é claro. Não quero ser motivo de piada do público, nem um pouquinho. — tenho dó do Jimin as vezes, ele se importa muito com o que pensam dele, e isso influência nas suas atitudes e palavras. Jimin pensa duas vezes antes de falar algo, e três vezes antes de fazer algo. É realmente triste, mas, infelizmente, é o Jimin.

— Já jimin, disse também que vai fazer uma festa sábado que vem, com a escola toda, já que seus pais não vão estar em casa. — as vezes, essa peste ao meu lado, pode ser repetitivo demais.

— vou mesmo, mas eles sabem da festa, então não é proibida. — na verdade, é sim. Jimin discutiu com seus pais por conta disso, eles deixaram claro que não é para fazer a festa. Porém, eles conhecem o filho, sabem que ele fará a festa, com ou sem permissão.

— Jimin, algum dia sua casa vai explodir de tanta festa. — digo entre risos, no entanto, não deixa de ser verdade.

— não vai não, tenho você e Yoongi Hyung pra botarem ordem. — passa os braços por volta dos nossos pescoço, me obrigando a curvar um pouco a minha postura, pelo tamanho dele, comparado a mim.

— ordem o caramba, eu saio de lá, assim que começa a festa. Porém, quando quero curtir, eu fico. — o moreno, que até agora se permanecia em silêncio, finalmente dita alguma coisa.

— nossa, então você nem gosta de festas. — Yoongi sempre fica nas festas, raramente vai embora como diz. Ele realmente "bota ordem", pois ele não permite fumar nada além de cigarro. Claro, por ele e por Jimin, nem bebidas seriam entregadas na festa. No entanto, como disse, Jimin se importa muito com a opinião alheia.

— chegamos, finalmente. — sei que foram apenas quatro quarteirões, mas nem parece, juro para vocês.

Entramos no local, olho em volta, tudo era de madeira, porém haviam uma toques bem marcantes que chamavam bastante a atenção, entre eles havia uns detalhes dourados, uns lustres de diamantes, umas luzes que pareciam ser caras, entre muitas outras.

Isso aqui, pode ser chique na visão de alguns, outros um exagero, mas, não para mim, é muito lindo cada detalhe. Realmente, encantador.

— vamos fazer os pedidos. — Jimin aponta para o caixa, que estava vazio.

Vamos até lá, onde o atendente, logo nos atende. Anotando os pedidos de Jimin, que até fez o favor de pedir muitas outras coisas.

Diferente dos dois, que faziam seus pedidos, eu estava olhando o lugar. As mesas são feitas de madeiras, nas formas redondas, realmente belas.

Meus olhos param em uma delas, onde tava um rosto que eu tão bem conhecia. Jeon Jungkook, era ele. O mesmo estava sentado numa mesa com uma garota, que, por sinal, é bem bonita.
Mas... O que ele faz aqui?! Com essa menina ainda, oh céus!

Olho mais atentamente para os dois, vendo uma cena não muito agradável, quero dizer... Nem um pouco agradável. Ela estava com a mão em cima da dele, tudo bem, mas esses olhares... Ah... Como isso pode me afetar?

O pior de tudo bem agora, que a menina acaricia a cabeça de Jungkook, que parecia gostar do carinho. Seus olhos até estavam se fechando um pouco, porém, ele logo os abre.

meu foco estava em Jungkook e a menina ao seu lado, meus nervos estão fervendo!

Eles conversam mais um pouco, depois de um tempo, eles se levantam. Ela lhe dá um beijo na bochecha, ah... Se raiva matasse, eu já estaria morto.

Eles falam mais algumas coisas, então, ela lhe dá mais um beijo no rosto, saindo correndo da cafeteria.

Ah, mas que raiva, meus nervos vão explodir. Se bem que, querendo ou não, Jungkook e eu não temos nada, ele não me deve explicação alguma.

Como é difícil estar apaixonado, sim, estou apaixonado por Jeon Jungkook, mas ele sabe? Não, deixo na cara? Sim, ele percebe? Também não.

Aproveito que Jungkook estava sentado na mesa, e caminho até a mesma. Estava quase chegando, quando ele se levanta rapidamente do lugar, com o celular em ouvidos, correndo em direção a saída, esbarrando em mim.

— desculpa. — dita enquanto corre, sem ao menos, olhar para trás.

Certo, esse menino está muito distraído, ao ponto de não me ver.

Sinto uma mão em meu braço, me girando com força, revelando Jimin, que me olhava com um olhar mortal.

— Kim Taehyung, eu tava falando com você, e tu simplesmente me ignora?! — Jimin pode ser baixinho, porém ele é o tão famoso "tamanho não e documento". A força que esse garoto tem, pode superar a minha.

— foi mal Jimin. — caso tenha dúvidas, sempre se desculpa.

— ah claro, "foi mal". Sair andando, dando as costas para o melhor amigo, e você diz "foi mal"? — solta meu braço, talvez, porque não queira que eu ampute o braço.

— desculpa Jiminie, eu vi o Jungkook, e acabei viajando. — sim, eles sabem da minha paixão por Jungkook.

— isso não é desculpa, mas eu te entendo totalmente. — sem sermão de dar as costas para o amigo, pelo menos uma vez, eu escapei.

— então, já compramos o que precisávamos, agora vamos embora. — diz Yoongi.

Sabe, as vezes ele parece um fantasma, ele aparece do seu lado, e tu nem percebe. Perdi as contas de quantas vezes eu me assustei com ele, e ele sempre acha graça. Quero dizer, na maior parte das vezes, ele ri da situação.

— pois vamos, em casa, Taehyung me paga por não ter virado as costas para o seu melhor amigo. —  me olha com um olhar mortal, estou me sentindo no filme "a morte te dá parabéns".

an (almost) impossible loveOnde histórias criam vida. Descubra agora