Saxofonista

16 4 3
                                    

Olá, senhor espelho,
Bom dia barbeador
Hoje temos uma noite clara para encantar,

De peito cheio de ar,
Levanto a guilhotina do meu aparato
Sorrindo belo,
De saber que é feio

Três toques na buzina destes grandes lábios dourados,
A caminhonete sentimental
Hoje parece não estar afinada,
Seus travões rosnados
Salpicam os ouvidos do vento
Embrulhando desejos de lua
Em sacos de sol
Castigando as cordas das nuvens

Sem minima ideia,
A maior parte está no estandarte
Que vivem de enfado da dor,

Sopra ventoso
Estás turbinas sonantes
Que o amor
Vai conjugar seus dias
Num pretérito super perfeito

Ah, dança em cada nota,
Eu vou depositando-a em seus ouvidos,
Ninguém quiçá, venha a sentir-se obstruído
Pelos genuínos gemidos de sua boca

Eu sou um tanto daquilo
Que se pelas ruas de Paris,
Saxofonista de raíz

Sorri na matriz do tempo
Acordando na Matrix
Num dia de chuva,
Onde os amantes se esfregam nas paredes
E os beijos molhados,
Secam no calor da ternura

Ah, dedilha a desilusão lunar
No delinear de seu corpo
Ó meu bem,
E acariciar-te,
Acende a chama dos desejos e te beijo também
Soltando vapor com um trem

Esboço Dos Meus Pensamentos (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora