.。.:*✧ ;we belong together ✧*:.。.

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A manhã seguinte pareceu radiante para Marinette, mesmo que ela estivesse nervosa

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A manhã seguinte pareceu radiante para Marinette, mesmo que ela estivesse nervosa. Agora... era aquilo, certo?

Ir para o colégio, entregar a mochila e o celular de Adrien, pegar os próprios e...

E depois?

A questão fez uma espécie de calafrio passar por seu corpo. O que aconteceria depois? Ele queria algo com ela ou foi uma brincadeira de momento?

Marinette suspirou pensando naquilo. Estava na sala, sentada na propria cadeira e divagando quando ouviu passos. Elevou o rosto, animada que fosse Adrien, mas o sorriso diminuiu razoavelmente quando percebeu ser outra pessoa.

Quem entrou foi uma garota com mais ou menos a mesma idade que ela. Marinette admitia que era não era menos do que bonita, e vestia-se perfeitamente com uma legging preta e uma blusa vermelha. Segurava uma mochila, sua mochila.

"Você é a Marinette, certo?"

Marinette sentiu-se repentinamente acanhada. Assentiu.

"É... pelo que eu sei."

A garota soltou uma risadinha.

"Sou Kagami." Ela se prontificou em se apresentar quando percebeu que não havia o feito antes. "Adrien pediu que eu viesse desfazer a troca das mochilas."

"Ah..."

Marinette sentiu um desejo pequeno de indaga-la o motivo pelo qual Adrien não tinha feito aquilo pessoalmente, mas sentiu um medo descomunal de uma resposta desagradável em seu ponto de vista. Fingiu um sorrisinho, puxou a bolsa e estendeu a Kagami. A garota - que ela, então, percebeu ter certas feições japonesas - sorriu, também, passando a mochila idêntica sobre a mesa.

"Seu celular está no bolso, ele pediu 'pra avisar."

"O dele também."

Kagami assentiu, e então suspirou. Despediu-se de Marinette com um aceno antes de se afastar. A mestiça deixou que os ombros caíssem em uma pequena frustração. Sua mente fértil havia sido traiçoeira, Adrien não havia ido até ela como passou parte da noite fantasiando. Não rolou abraços, não rolou beijos, não rolou nada.

Só uma japonesa bonita que parecia um tanto intima do Agreste.

"Ai Cesáire, sem mimimi vai!"

A voz de Chloe fê-la sair de sua pequena bolha de angustia, levantando o rosto e encarando ambas as amigas que discutiam por alguma trivialidade. Decidiu-se focar naquilo, era mais proveitoso do que se remoer por algo.

Ele nem deveria ter levado tudo a sério, e ela já deveria saber disso.

Foi o que ela assumiu como verdade, ao menos.

[...]

"Você não quer mesmo ir lá?"

Alya indagou-a quando Marinette entregou os trocados para pagar a fatia de bolo que havia comprado. A amiga - preocupada, até - queria de todas as formas que Marinette a acompanhasse e encontrasse logo seu príncipe encantado como nos livretos de histórias infantis. A mestiça, por sua vez, não estava tão entusiasmada.

"Não." Deu de ombros. "Eu estou cansada. As aulas de educação física foram fodas."

Alya acabou rindo, acertando a mestiça com um par de tapinhas nas costas.

"Tudo bem, eu vou lá então e trago seu bolinho." Aproximou a boca da orelha alhea. "E não vou negar caso o boleiro queira vir junto."

As bochechas de Marinette coraram, mas Alya já estava longe demais para que ela pudesse dizer algo. Apenas relaxou o corpo, repousando as costas no armário metálico e suspirando. Não estava com fome, talvez fosse guardar o bolo na bolsa para comer outra hora. Se sentia um tanto desidratada pela corrida ao redor da quadra durante os alongamentos e só queria ficar ali, existindo por alguns poucos instantes. Sim, somente existir.

Sem se mover, ou falar, só existir.

Fechou os olhos e suspirou, esticou as pernas e pensou em se levantar para buscar um pouco de água. Ficou surpresa ao abrir os olhos e se deparar com uma mão estendida para si, sobre a palma, uma fatia grandiosa e bonitinha de bolo.

Então, ela elevou o olhar e fitou os olhos esverdeados do Agreste que sorria de modo amável.

"Achou mesmo que eu ia esquecer de reservar o seu pedaço de bolo, princesa?"

Meu Querido ValentimOnde histórias criam vida. Descubra agora