Both

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Aviso: Richie ainda n sabe o nome do Eddie, já que ele nunca falou o nome pro Richie.

Só qria lembra memo 😎

Obs: eu n achei uma foto de terno preto com gravata branca ent finge q a gravata na mídia é branca 😗

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Narrative; Richie

Logo, todos ficaram em volta de Bev, querendo saber como era a real aparência da garota que já foi um anjo. Eu, claro, me meti no meio para observa-lá.

A garota tinha o olhar frio pra todo mundo, como se aquilo não fosse nenhuma novidade. Provavelmente todos dos outros departamentos que ela já tinha ido tiveram essa mesma reação.

- Então... - Bill tentava dispersar todo a multidão, mesmo ele ainda estando um pouco surpreso. Ele não devia saber também - Quem vai mostrar o escritório pra Bev?

Assim que perguntou, todos, inclusive eu, ergueram as mãos. Todo mundo estava curioso sobre ela.

A garota suspirou e revirou os olhos pesadamente. Há quilometrôs dava pra ver que não gostava nada daquilo.

- Pode ser aquele de óculos ali. - ela disse apontando pra mim. Não pude cônter meu sorriso de vitorioso.

- Escolheu bem. - falei dando passagem para ela sair do meio da multidão. Todos olhavam pra mim com inveja e raiva. Já me acostumei com esses olhares há muito tempo.

Ela já foi andando pelo escritório, nem se importando comigo. Apressei meu passo e fui andando ao seu lado.

- Aqui é o escritório principal, onde são designados os humanos pra gente atormentar. - falei e ela apenas soltou um "hm".

Fomos andando pelo corredor até a porta do escritório de almas - Aqui é onde estão sempre recebendo almas pro inferno. Não fala com o pessoal de lá, eles são meio antipáticos. - dava pra ouvir todos os suspiros cansados vindo da porta.

Os demônios que quebrassem alguma regra eram mandados pra trabalhar nesse lugar por uma semana. Eu já fui e posso dizer, é uma das piores torturas.

Ter que levar um caminhão de gente todo dia pro inferno e ouvir as reclamações "Por favor é um erro" ou "Eu nunca fiz nada de errado, por favor". Só de me lembrar já fico com dor de cabeça.

- Tá, o que mais? - a garota disse andando. Ela não se impressionava nem um pouco.

Fomos andando e eu falando o nome dos lugares até que ela para na frente de um portão vermelho enferrujado que tinha umas letras antigas escritas "malo mortuum domum".

Ela iria passar os dedos pelas barras do portão mas eu a impedi. - Não pode tocar sem permissão. - falei sério segurando seu pulso. Qualquer ser que tocasse no portão sem permissão de Lúcifer iria virar pó instântaneamente.

- Eu sei que é o portão pro real inferno, idiota. Não ia tocar. - ela solta seu pulso e me encara brava. Parecia um cão bravo que não deixa o dono o colocar uma coleira.

Gostei dela.

A ruiva desviou o olhar para o portão, analisando as letras nele - Casa dos mortos ruins. - falei olhando pro portão.

- O quê? - ela pergunta confusa.

- O que tá escrito aí é "casa dos mortos ruins". Tá em latim. - disse olhando agora para os chifres da garota.

Eu realmente estava curioso sobre ela. Como foi ser um anjo e como foi ser mandada embora. Ela me lembrava aquele anjo que eu recentemente conheci.

Toda vez que ele ficava bravo suas sardas se elevavam e uma mecha do seu cabelo caía sobre o olho esquerdo. O cheiro dele sempre ficava mais forte quando estava bravo. Ele ficava muito fofo daquele jeito.

- Por quê tá sorrindo que nem um retardado? - Bev apontou um dedo na minha cara, me tirando dos meus pensamentos.

- Eu não tô sorrindo, idiota. - dei um tapa em sua mão.

Ela começou a rir - Estava sim, parecia até um bobo apaixonado! - assim que ela fala, eu fico com a cara fechada.

Não sei porquê a palavra "apaixonado" fez tanto efeito em mim.

- Não estava não. - falei friamente pra tentar assusta-lá, mas ela só começou a rir.

E então, começamos uma briga de tapinhas. Pareciamos duas adolescentes idiotas brigando.

- Tá bom, tá bom, eu me rendo... - ela disse ofegante cesando os tapas. Na mesma hora eu sorri.

O jeito que as sardas dela se elevaram quando brava me fez lembrar daquele anjo. Será que todos os anjos eram assim? Não... as sardas deles eram diferentes. Pareciam ser mais refinadas e fofas...

Quando percebi que estava pensando em simples sardas, balancei a cabeça, tentando calar meus pensamentos.

Voltei a olhar pra Bev que me encarava um pouco confusa - Posso perguntar uma coisa? - perguntei

Ela suspirou e se apoiou na parede ao lado do portão vermelho. - Já tava demorando... - cruzou os braços - mas pode perguntar, você parece legal.

Sorri com o elogio e me preparei pra pergunta - Como foi? - disse rapidamente.

- O quê? Ser fodida por um demônio ou ser expulsa do céu? - ela falou rindo.

Fui ao seu lado e me apoiei na mesma parede - Os dois.

Ela olhou para parede por alguns segundos, talvez pensando na melhor resposta - No começo parece ser uma coisa horrível, mas depois percebe que foi a melhor coisa da sua vida. - deu um sorriso.

- Ser fodida por um demônio ou ser expulsa do céu? - sorri de lado.

Ela riu um pouco e voltou seu olhar pra mim - Os dois.

Meu pulso vibrou e rapidamente olhei pro meu relógio. Ele estava apitando emitindo uma luz vermelha.

Significava que Steve tinha acabado de acordar.

◇ Gσ∂'ѕ ωrαтн • ʳᵉᵈᵈᶤᵉ ◇Onde histórias criam vida. Descubra agora