New York's last stars

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Narrative

1 semana depois...

Uma semana havia se passado desde o incidente com o Jonathan. Steve havia levado alta do hospital e agora estava praticamente morando com Nancy. Eles até estavam bem mesmo depois daquele momento assustador e estressante.

Já a situação com Richie e Eddie, não era de tão bom mas nem de tão ruim. Eddie não falava com o demônio e Richie ficava nervoso demais pra tentar puxar assunto com o anjo, então eles acabavam só ficando quietos observando seus humanos.

Mesmo não querendo admitir, o anjo ainda estava preocupado e intrigado com o demônio. Ele do nada apareceu com machucados no rosto e um tipo de demônio o seguindo, aquilo era de atiçar a curiosidade de qualquer um. Eddie queria perguntar o quê houvera ocorrido mas sempre se impedia e martelava em sua cabeça que a vida do demônio não era da conta dele.

- Argh, de novo isso?... - Nancy falou revirando os olhos ao ver a tela do seu celular. A tela estava inundada com notificações de mensagens de colegas de trabalho dizendo "Sinto muito por aquilo ter acontecido com você" ou "Eu nunca esperaria que o Jonathan fizesse aquilo".

Estava cansada de tudo aquilo. Aqueles colegas mal falavam ou olhavam pra ela em seu expediente e agora todos pareciam preocupados. Não é que ela odiava a atenção que agora recebia, odiava saber que o motivo da atenção era por ter um ex psicótico. Além de quê, só depois que ela foi atacada que começaram a fazer palestras sobre assédio e agressão contra mulheres em seu trabalho. Como se aquilo não existisse antes de acontecer com ela.

- Tão te enchendo o saco de novo? - falou Steve enquanto comia os bomboms de uma caixa enfeitada. Haviam recebido em sua porta uma caixa de bomboms pelo pessoal do RH do trabalho de Nancy com um bilhete escrito:

"Eu sinto muito que isso tenha acontecido com você. Nosso trabalho é fazer com que casos como esse não ocorram. Infelizmente falhamos com você, então este é parte de um pedido de desculpas. Você também está de folga até que resolvamos o resto das coisas. Novamente, sentimos muito.

Atenciosamente, equipe do The New York Times.

Ps.: Se serve de consolo, saiba que ele será devidamente castigado."

Nancy até que gostou do presente, mas não estava no clima de comer chocolate e acabou dando eles para o Steve.

- É, estão... - Nancy suspirou desligando a tela do celular.

Steve deixou a caixa de bombons de lado e abraçou a garota por trás - Não liga pra eles não. - falou docemente.

A garota sorriu e deu um beijo em sua testa - Acho melhor a gente ir dormir. - falou estendendo o cobertor de seus pés.

O garoto bocejou e alongou os braços - É, acho que sim... - falou com uma cara de sono.

Nancy arrumou a cama, desligou a luz do quarto e então se deitou junto a Steve - Boa noite... - murmurou se enrolando nas cobertas.

- Boa noite. - Steve murmurou do mesmo jeito e adormeceu.

Assim que os dois dormiram, Eddie bocejou e alongou seus braços, quase igual ao Steve, e murmurou - Finalmente eles dormiram... - o anjo já estava um pouco cansado de ter que observar Nancy por quase três horas enquanto ela só estava assistindo filmes e séries.

- É, finalmente... - muchicou Richie do outro lado do quarto um pouco nervoso pela presença do anjo ali.

O anjo e demônio ficaram ali por alguns segundos de silêncio esperando o outro puxar algum assunto ou falar alguma coisa mas nenhum dos dois tinha coragem de falar. Eddie resolveu quebrar o silêncio e apenas ir em direção a saída do apartamento - Ér... eu já vou indo.

Antes que o anjo conseguisse tocar na maçaneta, o demônio o chamou por trás - Na verdade, eu queria te mostrar uma coisa...

Eddie enguliu em seco. Estava animado pelo demônio o ter chamado mas também estava nervoso pois sabia que não deveria se aproximar dele. Mas mesmo estando com a consciência pesada, o menor se virou para o maior - Sim? - falou inocentemente.

O demônio foi até a janela da sala e abriu, logo colocando uma perna pra fora - Vem. - falou sorrindo e estendendo sua mão para o garoto á sua frente.

- Você tá doido? Pra onde a gente vai? - o anjo respondeu confuso dando leves passos até o demônio.

- Pro terraço, é mais fácil subir por lá usando as escadas de incêndio. - respondeu dando de ombros.

Eddie logo já previu todas as coisas que poderiam dar errado com eles subindo pelas escadas de incêndio. Primeiro, a escada era velha e podia facilmente quebrar. E segundo, o apartamento de Nancy ficava no sexto andar, ou seja, se caíssem em uma altura de 19 metros, com certeza iriam se machucar bastante.

- Tu tá é louco que eu vou subir nessa coisa que tem mais de um século ai. - Eddie cruzou os braços e franziu o cenho.

- Relaxa, eu já subi por essa escada umas cinco vezes ela não vai cair. - Richie deu um sorriso despreocupado.

Mesmo assim, Eddie ainda discordava totalmente da ideia - Isso é diferente, você nunca testou se essa escada aguenta o peso de duas pessoas.

Enquanto Eddie fazia contas matemáticas e dava sermão, Richie aproveitou que ele estava distraído e o puxou pela gravata pra fora da janela, indo parar os dois na escada de incêndio.

- Eu te falei que é perigoso!! - Eddie falou bravo por Richie tê-lo puxado à força.

- Mas a gente não caiu, não é? - Richie falou fazendo Eddie olhar pros seus pés e ver que a escada realmente era firme e não tinha perigo de quebrar.

- Tá, tanto faz... - o anjo revirou os olhos, odiava admitir que estava errado.

O demônio sorriu pela infantilidade do menor e foi o guiando até o topo da escada, que dava passagem pro terraço. O garoto já tinha decorado o caminho na palma de sua mão. Depois que Nancy e Steve iam dormir e Eddie ia embora, Richie subia as escadas e olhava para as estrelas ainda questionando o quê sentia pelo anjo e se o anjo sentia o mesmo.

Na cidade de Nova York não se dava para ver muitas estrelas por conta da poluição, mas naquele ponto especifico do terraço se dava pra ver quase uma constelação completa. Richie achou que Eddie iria gostar da visão e o levou lá.

- É lindo... - o anjo murmurou sentado na beira do terraço maravilhado com as estrelas no céu.

- Pois é, né? - o demônio se sentou ao seu lado na beirada. Richie também estava maravilhado, mas não pelas estrelas, e sim pelo Eddie.

- Como descobriu este lugar? - perguntou ainda olhando para as estrelas.

- Ah, eu só estava passeando pelo prédio e acabei achando esse lugar. - claramente mentiu. Ele não tinha nem um pingo de coragem pra admitir que era porque ele estava sofrendo de amores por um anjo, ainda mais pro próprio anjo.

Eddie sorriu e voltou o seu olhar ao demônio do seu lado - Obrigado por me mostrar isso. - estava realmente agradecido.

Richie corou ao ver os olhos do anjo o encarando com tanta intensidade e desviou o rosto para as estrelas, tentando esconder a vermelhidão de suas bochechas.

O menor agora estava mais maravilhado ainda, mas não pelas estrelas, e sim pelas bochechas coradas do demônio.

Ele tentava descobrir o porquê daquele demônio ser tão lindo e o atrair tanto, mas nunca achava uma resposta. Para Eddie, cada pequeno traço de Richie parecia que havia sido esculpido pelo seu próprio pai. Era uma obra de arte completa.

Inconscientemente, Eddie aproximou seu rosto mais ainda do de Richie que fingia não saber que o anjo lhe encarava - Chee... - o chamou com uma voz doce.

Richie virou seu rosto bruscamente pelo novo apelido que foi chamado mas logo foi calado pelos lábios leves de Eddie nos seus. E assim, finalmente deram seu primeiro beijo. Bem debaixo das últimas estrelas de Nova York.

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Aquietem esses cu virgem q eu boto hot no proximo cap 👁👄👁

◇ Gσ∂'ѕ ωrαтн • ʳᵉᵈᵈᶤᵉ ◇Onde histórias criam vida. Descubra agora