Minha mãe se chamava Esther e o meu pai Victor ambos eram muitos felizes juntos, eles se conheceram a muito tempo, meu pai me dizia que quando ele viu minha mãe pela primeira vez, foi a mesma coisa de ver um anjo, minha mãe era baixa com cabelos negros como a noite e os seus olhos não eram diferentes, sei o que deve estar pensando "uma pessoa com cebelos e olhos negros se parecem com um anjo?" no entanto seu sorriso era arrebatador, e a sua voz era aveludada, calma e passava um ar de tranquilidade, já meu pai era alto calvo e tinha uma barba incrívelmente grande, ele não era muito de se cuidar, minha mãe fazia isso por ele, seus olhos eram castanhos escuros, seu cabelo era cacheado ou o que sobrará dele em sua cabeça, quando era criança meus pais tinham um jardim extremamente lindo, no qual eu sempre me encontrava brincando pois a grama era verde e baixa, as flores rodeavam e cobriam a cerca, era realmente bom demais a quela época, mais depois que meu pai morreu tudo mudou, era inverno de 1999, meu pai e minha mãe estavam na cozinha fazendo o café da manhã eu estava no meu quarto quando ouvi minha mãe gritar.
- Martin venha tomar seu café.
- Já estou indo mãe. Mesmo sem si quer estar de pé.Me levando passo água em meus olhos e me olho para o espelho. Meu pai sempre me disse que a única certeza que temos nessa vida é o fim dela, por isso devemos aproveitar e sentir cada minuto, e pensar que cada segundo é importante, mais quando era criança achava que iria viver para sempre, meu país iriam viver para sempre, porem eu estava completando errado.
-Bom dia mãe, bom dia pai.
- Bom dia meu filho, diz minha mãe.
- Bom dia meu garoto diz meu pai. Ele sempre dizia garoto, me chamava de filho quando o assusto era muito delicado ou se estivesse bravo.
Me sento junto a eles na mesa e tomo meu café da manhã, é pão torrado como eu gosto, e café com leite, como rapidadem então, me levando e digo para meus pais que irei sair para brincar no jardim, eles concordam com a cabeça e então eu saio.
Poderia ter ficado na mesa, poderia ter aproveitado aqueles minutos com meu pai, deveria aproveitar os segundos como ele sempre me dizia porém, eu achava que eu iria ser eterno e que meus pais nunca iria morrer porém eu estava errado, e esse foi meu erro.
Meu pai era agricultor, ele cuidava do campo e fazia bastante esforço, trabalhava demais, e nos fins de semana onde ele deveria descansar e recompor suas energias e trabalhava dobrado, minha mãe vivia falando pra ele descansar, mais ele dizia.
- Calma queria estou novo ainda, você consegue sentir esse cheiro?
- Isso se chama hormônios amor. Diz meu pai com um sorriso bem grande olhando para minha mãe na porta e passando o braço em sua testa para limpar o suor que escorria.
Minha mãe somente abaixava a cabeça e ria, pois meu pai não era tal jovem, tinha 43 anos e minha mãe 35.
Quando estou a brincar no jardim ouço um grito, era minha mãe, meu pai acabara de ter um enfarto, abro a porta da cozinha por onde sai a pouco tempo e me deparo com a cena, meu pai está no chão e minha mãe faz de tudo para reanimar ele.
- Querido acorde não é hora de brincadeira. Diz minha mãe, pois meu pai as vezes brincava com isso, ele dizia que todos nós deveríamos estar preparados para quando ele se fosse.
- Papai ?. Digo com a esperança dele saltar e ser apenas uma pegadinha, porém não era.
Minha mãe liga para pedir socorros, demora certa de 10 minutos, não morávamos tão longe da cidade, eles colocam meu pai em uma maca e o levaram, se eu soubesse que seria assim teria ficado na mesa, mesmo que fosse pra ouvir uma última piada sem graça do meu pai.
Minha mãe me abraça e entramos no carro, vamos em direção ao hospital, chagando lá minha mãe vai com meu pai para sala de emergência e eu fico na recepção com uma enfermeira cuidando de mim. Ela era alta e tinha cabelos claros como a neve, não era velha, seus olhos eram verdes e passavam confiança e o seu sorriso não era diferente, ela me disse na quelé dia.
- Não se preocupe seu pai vai ficar bem. No fundo eu sabia que não iria, a frase que meu pai sempre me dizia veio em minha mente como lâminas atravessando a pele.
Minha mãe vem vindo pelo corredor, ela está olhando para o chão, quando ela chega em minha frente a enfermeira que estava comigo sai, ela olha para minha mãe, e minha olha para ela, os olhos da minha mãe estavam brilhando, na quelé dia eu pensei que fosse de alívio, eu meu pai estaria bem, mais eu estava errado. Ela se abaixa e me abraça, nunca senti um abraço tão forte de minha mãe. Ela me olha bem no fundo dos meus olhos e me diz.
- Meu querido filho, nunca se esqueça de como seu pai lhe amava, nunca.
No dia seguinte estou no cemitério, o céu não está tão radiante na verdade, ele está escuro como nunca, as nuvens estão carregadas, vem vindo tempestade.
Minha mãe está segurando forte em minha mão, estamos na primeira fileira, não havia muitas pessoas a família do meu pai era pequena, meu pai me disse uma vez que o importante não é o número de pessoas que aparecem em seu velório, a maioria delas nem sabem por que elas estão lá, na maioria da s vezes essa pessoas estão mais "geladas" que o próprio cadáver dizia meu pai, no dia de seu enterro eu entendi o que ele queria dizer.
A única pessoa que parecia estar se importa era minha mãe, ela foi a única a chorar, já o resto que dizia ser a família de meu pai, não os vi derramar uma lágrima.
Após a cerimônia fomos cada uma para seu carro e nunca mais vi nenhum deles. Isso era triste.
Minha mãe conversou comigo quando estávamos no carro.
- Filho.
- Sim mãe.
- Aonde seu pai estiver, eu sei que ele está muito orgulho de você, e também ele sabe que você é forte. Meu pai sempre me disse isso, eu eu era forte, eu gostava de me sentir assim porém nesse dia, eu estava destruir, uma parte de mim se fora e eu nunca mais o veria de novo.
- Valeu mãe.
Na mesma noite, eu não dormi e também não fui forte o bastante, chorei noite inteira, sentia saudades do meu pai, e o pior de tudo era que eu me culpava por não ter passado com ele os seus últimos segundos de vida, como ele dizia "aproveite cada segundo, cada minuto.