capítulo 3

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Kristen Haller

     Realmente as coisas não estão sendo fáceis para mim, Carlos não responde minhas mensagens, a gente teve uma discussão e ele ficou irritado e foi embora. Será que ele terminou comigo sem nem me contar?

Três anos de namoro jogados fora, eu dei o meu melhor no nosso relacionamento, mas ele só reclama que dou mais importância ao meu trabalho do que a nossa relação. Claro que eu não concordo com isso, acho que ele tem inveja por eu ser mais bem sucedida e ganhar mais que ele.

O que importa agora é que tenho um caso novo para trabalhar, estou solteira, minha vida financeira é ótima e meu irmão e meu cachorro me amam. Não tenho do que reclamar. Se Carlos não quer continuar, tudo bem. Eu devo seguir em frente com a minha vida.

Seco uma lágrima que escorre pelo meu rosto involuntariamente.
Pego a xícara de café sobre o balcão da cozinha e bebo mais um gole.

Olho as horas no relógio da parede e vejo que já está na hora de sair. Pego minha pasta de documentos e minha mochila.

Quando entro no carro e ligo o rádio, começa a tocar uma música cujo a qual não sei o nome mas dancei ela com o Carlos um dia no início do nosso namoro quando ele ainda dizia que me amava.

Dirijo em prantos até chegar a delegacia, e por azar a primeira pessoa que encontro é meu irmão. Bryan é da narcóticos e é tão bom no seu trabalho quanto eu. Nosso pai também foi da polícia, ser bons agentes está no nosso sangue.

_ maninha, estava chorando? _ diz quando me para no meio do caminha e olha nos meus olhos.

_ não, foi só um cisco que irritou meu olho. _ digo abaixando o olhar.

_ um cisco? Nos dois olhos?

_ por que não me deixa em paz? _ digo continuando a andar e ignorando ele.

_ tudo bem, se quiser conversar eu estou aqui. _ diz alto para que eu escute.

Ainda bem que tem pouca gente aqui e ninguém parece prestar a atenção em nós, ou eu ia morrer de vergonha.

Entro na minha pequena sala e me jogo sobre a cadeira.

Abro o notebook e vejo o relatório semanal que deixei de terminar ontem. Preciso entregar isso ainda hoje, e o pior é que não tenho nem uma provas sobre Mike Brosnan e o assassinato da menina, a não ser a testemunha ocular.
As coisas não podem piorar.

Ouço duas batidas na porta e logo depois meu chefe abre.

_ na minha sala agora, precisamos conversar. _ diz de forma severa.

É, talvez elas possam sim piorar.

Me levanto de má vontade e o sigo até a sua sala. Quando entro fecho a porta e ele se senta atrás da sua mesa grande de madeira. Logo em seguida faz sinal para que eu me sente também. Sei que não é coisa boa.

_ a mídia e a justiça está caindo matando em cima da gente em relação ao caso da Eloá Jhonson. Você ficou encarregada do caso mas já faz uma semana que está investigando e até agora nada. Eu perguntei se queria um parceiro no caso mas você é orgulhosa e odeia dividir trabalho.

Sinto um nó na garganta, já até sei o que está por vir, ele vai me tirar do caso porque não sou competente.

Meu chefe passa a mão na cabeça com pouco cabelo e depois diz:

_ você é boa investigadora, Kristen, mas esse caso não é simples.

Ouço a porta abrir atrás de mim e logo entra Flávio um dos meus colegas.

Não Deixe De Gritar Meu NomeOnde histórias criam vida. Descubra agora