Três

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Eliza

Sinto algo bem macio, só posso ter morrido e estou no paraíso. Abro meus olhos devagar para me acostumar com a luz e vejo que estou em um quarto enorme e lindo. Eu estou usando uma roupa diferente, mas aonde é que eu tô?! De repente todas as lembranças vieram de uma vez em minha mente. Não pude conter algumas lágrimas. Será que fui pega novamente?

Tento me levantar, mas minha costa começa a doer, paro um pouco até me acostuma com essa dor, parece que estão enfiando agulhas, cada vez que eu me movimento. Ao colocar meu pé no chão vem outra dor enorme dessa vez no pé, devo ter torcido ele quando cair.

Meu estômago começa a roncar, e lembro que não comi e nem bebi nada.

A porta é aberta revelando um homem, e que homem, parecia um Deus Grego. Meu coração acelera ao ver ele. Ele vem em minha direção, mas me afasto um pouco na cama, receosa.

???: Não tenha medo de mim, não vou te fazer mal – sua voz era grossa e bem calma.

— Q...Quem é v..você? – minha voz saiu fraca e rouca pela falta de hidratação. Ele se senta ao meu lado.

???: Me chamo Cristian – não sei porque não fiquei com medo dele ao contrário me sentir bem com ele perto de mim, isso é bem estranho até porque nunca sentir algo assim, mas não posso confiar, afinal quem ver rosto não ver coração.

Ele tira uma mecha de meu cabelo e coloca atrás de minha orelha, sem tirar seu olhar do meu. Quando sua mão tocou em minha pele foi como se um choque passasse por todo o meu corpo, causando um pequeno arrepio, me afasto com medo desse sentimento estranho, algo que nunca sentir na vida. Alguém bate na porta me assustando.

Cristian: Pode entrar – uma mulher que aparenta ter uns 40 anos, entra com uma bandeja. Cristian pega a bandeja e a moça se retira.Ele coloco a bandeja em cima da cama.

Cristian: Pode comer, com certeza você deve tá morrendo de fome – ele dá um sorrizinho de lado e meu Deus que sorriso é esse... Ah o que eu esto dizendo? Que está havendo comigo?

Na bandeja havia torradas com geleia, uma fatia bem grande de bolo de chocolate, um pedaço de pudim, algumas frutas e um suco de laranja. Resumindo, eu comi tudo o que tinha. Cristian não parava de me olhar em quanto eu comia, será que me sujei? 

Cristian: Você realmente tava com fome – ele sorrir e acaba escapando um pequeno sorriso de meus lábios, que logo trato de disfarça — Agora que já comeu, eu gostaria de saber seu nome.

— E..Eliza – falo depois de longos segundos.

Cristian: Lindo nome igual a você – fico vermelha com seu comentário — Você também fica linda vermelha – viro meu rosto para o outro lado queimando de vergonha.

— Dá pra parar com seus comentários? – falo olhando para janela.

Cristian: Só tô falando a verdade. – olho pra ele menos vermelha agora — Okay, me diga o que aconteceu com você?

— Estava voltando do meu trabalho, altas horas da noite, quando um carro parou, e desceram dois homens, botaram um pano na minha boca e eu apaguei – uma lágrima solitária cai — Eles me bateram de chicote e...eu...eu ma...ma...tei um... – já não conseguir mais segura as lágrimas. Coloco as mãos em meu rosto, sinto braços me envolvendo, não consigo evitar me sinto frágil, algo que eu não gosto, mas não posso evitar.

Cristian: Não se preocupe, não vou deixa ninguém nunca mais toca um dedo em você – ele limpa minha lágrima com o polegar, e outra vez me abraça. Me sinto tão protegida em seus braços.

Feita Para MimOnde histórias criam vida. Descubra agora