Parte 1

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Nota: oi pexual, espero que estejam bem! Vocês pediram e nós atendemos. (Mentira, a gente que quis mesmo), então aqui vai a primeira parte da collab minha e da Gretha. Não esqueçam de seguir a itsgretha e ver as histórias maravilhosas dela também!
Esperamos que gostem ❤
PS: Ela estará postando a mesma história no Spirit na conta dela.

***

A jovem abriu os olhos e respirou fundo uma vez, duas, três... na quarta, ela já sabia que mais um dia igual a todos os outros estava a sua frente, e nada podia fazer a não ser enfrentá-lo sozinha. Bom, não literalmente sozinha se fomos levar em consideração o seu amigo de quatro patas.

Waverly Earp morava em um apartamento aconchegante próximo ao centro da cidade. O lugar fora um achado imobiliário na época em que o adquiriu, pois ficava muito bem localizado, o que a possibilitava ir e vir pelas ruas e avenidas da metrópole sem grandes problemas. Cinemas, teatros, shoppings, bibliotecas, restaurantes de todas as cozinhas do mundo, parques, museus, tudo isso e muito mais estava a sua disposição. Ela só precisava pegar um ônibus ou metrô. Ou caminhar, se estivesse disposta a isso.

Mas do que adiantava tantas opções de lazer quando tudo estava completamente fechado devido a um novo vírus que assolava a humanidade?

- Hum, seus pensamentos andam muito dramáticos, Waverly. – Ela disse para si após se levantar – Bobo? – Olhou ao redor e escutou um miado baixinho, e ao tirar o cobertor, viu uma bola de pelos com cara de poucos amigos – Te acordei?

O felino bocejou e virou o rosto, respirando fundo.

- Eu sei que você detesta, mas ao contrário de mim, você pode dormir o dia todo.

Ela seguiu pelo apartamento em direção a cozinha e logo sentiu Bobo se enrolar entre suas pernas todo manhoso.

- Interesseiro você, isso sim.

Sabendo o que o gato queria, Waverly pegou seus potinhos e trocou a água do amigo e colocou uma porção de ração. Em seguida, começou os preparativos para fazer seu café da manhã.

Enquanto realizava tal tarefa, ligou a televisão, mais especificamente no canal de notícias e ficou ouvindo os âncoras comentarem a situação atual do país, lamentando as novas mortes causadas pela nova doença e conversando com especialistas da área da saúde e afins a respeito dos avanços na busca por uma vacina contra o tal vírus e os possíveis medicamentos para tratar os doentes.

Fazia exatamente dois meses que toda a loucura se iniciou.

Na primeira semana, ninguém estava dando muita importância, todos achavam que era algo sazonal. Na segunda semana, o rastro foi aumentando e as autoridades sanitárias entraram em alerta, uma vez que o número de pessoas infectadas crescia a cada dia. Na terceira semana, medo e caos começou a tomar conta da população, que sem informação, deu início a uma verdadeira corrida aos supermercados para começar a comprar itens de primeira necessidade e estocar em suas dispensas. E a semana de número quatro, bem, foi o ápice.

Waverly respirou fundo quando se lembrou dessa semana. Foi quando todo serviço não essencial fechou, inclusive o local em que trabalhava. Quando o reitor da Universidade que lecionava lhe telefonou informando que não precisaria se deslocar até o campus pois as aulas estavam suspensas por tempo indeterminado, ela se assustou. Logo, voos eram cancelados e estradas foram fechadas. Tudo aconteceu tão rápido, que ela mal teve tempo de pensar em viajar para casa de sua irmã e por lá ficar até tudo isso passar.

Isolada em seu apartamento, ela assistiu as ruas se esvaziarem pela sua janela, e só era permitido sair para fazer compras de mantimentos e medicamentos, se estivesse doente e precisasse de atendimento imediato, ou se você comprovasse que trabalhava em algo que necessitava de sua presença, caso contrário, você poderia levar uma multa se colocasse o pé para fora. E levaria multa dobrada se saísse sem uma máscara de proteção.

The Sky is a neighbourhoodOnde histórias criam vida. Descubra agora