𝙺𝚒𝚜𝚜 𝚖𝚎, ʟᴘ

─✧𝑂𝑛𝑒'-

𝓜𝓱𝓪𝓻𝓮𝓼𝓼𝓪 𝓗𝓾𝓷𝓽𝓲𝓷𝓰𝓽𝓸𝓷

——— 𝑀ah? Levanta dessa cama, agora! Já se passaram duas semanas! —— Minha melhor amiga e colega de apartamento puxa a minha coberta.

—— Fecha a cortina, porra! —— Esbravejo.

—— Não. Você vai levantar essa bunda da cama agora, lavar a franga, fazer uma maquiagem e se vestir. Temos uma festa hoje. Quero te ver pronta daqui a uma hora e meia.

—— Mas eu não quero ir...

—— Para de fazer manha. Você pode ter o tamanho de uma criança, mas já não é mais uma.

—— Aah vai se foder... —— Murmurei me levantando e juntando o cobertor que a bênção jogou no chão.

—— O que você disse?

—— Pra ti ir se foder! —— Berrei mostrando o dedo do meio e entrando rápido no banheiro.

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—— Agora sim. Mas que mulherão da porra, se ninguém quiser, eu quero —— Karolinne bate palmas.

—— Cala a boca.

—— Estava bom demais pra ser verdade. Tão linda e tão mau humorada...

—— Vamos logo, antes que eu desista.

Minha amiga assentiu pegando a bolsa e a chave do carro. Enquanto caminhávamos até o elevador. Percebemos que nosso vizinho esquisito e tarado — Kevin —,  estava nos observando pelo olho mágico. Nós duas mostramos o dedo do meio assim que entramos no elevador.

—— Esse cara não cansa —— Karolinne comenta dando risada.

—— Ele me dá medo as vezes. Será que um dia ele teve uma namorada?

—— Acho difícil... você já viu o tamanho daquela pinta que ele tem no nariz? Se duvidar, aquilo tem mais cabelo que ele.

Caímos na gargalhada e assim atraimos olhares enquanto saíamos pela frente do prédio.

—— Boa noite Barti —— Sorrio para o porteiro.

—— Boa noite senhoritas, vocês estão deslumbrantes.

Agradecemos e saímos do predio, logo entrando no carro. A primeira coisa que eu faço é ligar a rádio. Por coincidência estava tocando a minha música favorita da minha banda favorita. Talvez seja um sinal de que essa noite não vai ser um desastre. Eu espero. Enquanto a música ecoava pelos meus ouvidos, eu pensava no rumo que minha vida estava tomando e nos últimos seis anos.

—— Estava pensando nele de novo? —— Karolinne intercala o seu olhar entre mim e a pista.

—— Não... claro que não!

—— Eu te conheço, sua imunda. É claro que estava pensando nele.

—— Talvez eu esteja. Respeita a minha sofrência por favor?