9. Festa

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O terceiro dia chegou e na parte da manhã o vampiro e o Lorde das Trevas fizeram os últimos preparativos.
No começo da noite tudo estava pronto.
Os primeiros convidados a chegar foram alguns de seus vizinhos, que ele conhecia apenas de vista. Duque da Imundice os recebeu, disse para eles entrarem e se acomodarem. Logo uma carruagem voadora chegou e de lá saíram três fadas. Saudaram o Senhor do Abismo e foram beber refrigerante. Voando em uma vassoura apareceu uma bruxa de cabelo azulado e aparência de adolescente, embora tivesse mais de três mil anos.
Dois orcs vieram andando, carregavam imensas clavas. O Senhor do Mal deixou que eles entrassem, porém as armas tiveram que ficar do lado de fora.
De repente a sala do Rei do Abismo estava cheia de humanos e os mais diversos tipos de criaturas fantásticas, bebendo, rindo, se beijando e dançando.
O vampiro Mikael atacava de DJ e só tocava música disco dos anos 70.
– Cara, toca uma coisa nova! – gritou uma voz.
– Vai se ferrar – gritou Mikael em resposta.
As três fadas estavam em uma discussão. Duas delas censuravam a outra.
– Não faça isso – recomendou uma delas.
–Vai fazer mal a você! – alertou a outra.
Mas a terceira fadinhas as ignorou e tomou um imenso gole de absinto, ficando imediatamente vermelha.
Do outro lado da sala, sentados no sofá, Renato e Laura estavam tensos. Olhavam nervosamente para os estranhos convidados da festa. Com certeza não estavam esperando que eles fossem literalmente de outro mundo.
Um imenso Orc veio e se sentou no sofá também, deixando os dois extremamente apertados. O casal lançou um olhar de surpresa para ele, que por sua vez encarou de volta. Laura e Renato com medo desviaram o rosto.
Alguém apertou a campainha e o Lorde das Trevas foi atender. Não achou ninguém e só quando olhou para baixo viu que era Nina. Ela o cumprimentou de um jeito infantil e saltitante entrou na sala. Avaliou o ambiente curiosa e deteu os olhos em uma das fadas. Foi correndo e a abraçou. Primeiro a fada que estava meio alta ficou surpresa, mas logo retribuiu o abraço.
Na cozinha um monstro do mar que tinha a aparência levemente humana, porém com pele azulada e tentáculos bebia cerveja. Ele não falava com ninguém.
No sofá Laura e Renato ainda estavam sentados ao lado do orc. O monstro estava de braços cruzados e cara fechada.
– Você está bem? – Laura tentou puxar assunto, um pouco receosa. Seu rosto era uma inegável careta de medo.
– Não estou nada bem – respondeu ele com a voz grave.
– E por que não? – ela se atreveu a perguntar.
Por um momento ele não falou nada, mas então suspirou.
– É o meu irmão, Dunno. Se o resto da tribo souber que ele está fazendo isso nós vamos ser expulsos.
Apontou para o irmão e o casal olhou.
O irmão do orc estava no meio da sala, dançando ao som de Michael Jackson. A criatura pulava, remexia e requebrava. A cada pulo seu a sala tremia.
– Minha nossa! – exclamaram o casal ao mesmo tempo.
A música mudou e o orc mudou o estilo de dança.
– Agora ele está fazendo os passinhos do Pulp Ficion – disse Renato.
O orc que estava no sofá abaixou a cabeça, envergonhado.
Mikael que estava discotecando chamou um amigo seu.
– Ei brou, pode fica aqui um pouco? Eu também quero curtir a festa
O vampiro foi até o centro da sala, colocou a mão na cintura e avaliou o ambiente, com muita atenção nas convidadas do sexo feminino. Seu olhar parou na bruxa de cabelo azul.
– Opa, um brotinho!
Foi até ela, com passos confiantes e um olhar lascivo.
– Oi, eu não te conheço de algum lugar? Talvez um castelo na Europa?
A bruxa que tomava uma latinha de cerveja olhou brevemente para ele, então desviou o olhar.
– Não.
– Bem que a gente poderia ir para um lugar mais sossegado.
– Nem que você fosse a última criatura desse ou de qualquer outro plano, sua besta imunda, miserável e maldita. – falou a bruxinha, em seguida foi embora, deixando o vampiro sozinho.
– Putz bicho, ela é a maior cavala – reclamou o vampiro.
Nina passou correndo pela sala, junto com o chupa cabra. Em dado momento os dois caíram no chão, rolaram e ela começou a fazer cócegas na barriga dele.
A campainha tocou e alguém atendeu. A moça ruiva entrou e olhou com curiosidade o ambiente da festa.
O Lorde das Trevas sentiu um frio no estômago ao vê-la. Suas mãos ficaram frias e suadas.
Suspirou profundamente e pensou: É apenas uma humana, como ela consegue me deixar tão nervoso?

Pessoal, eu estou editando o texto no app do wattpad e está dando um erro. Quando eu coloco para publicar, o espaço no começo dos parágrafos some e a travessão dos diálogos muda. Por isso, esse capítulo e os próximos serão sem espaço no começo do parágrafo.
Depois eu vou tentar concertar isso pelo PC.
Era isso, não esqueçam de votar e comentar.

O Senhor das Trevas Não Vem Trabalhar Hoje [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora