2 - Perguntas e Descobertas

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Abro os olhos devagar, não consigo mexer meus braços eles estão presos por alguma coisa, olho em volta procurando algo para me soltar, nada. Começo a reparar onde estou. É um quarto, tem uma pequena mesa com cadeira na parede à minha frente, estou em cima de uma cama grande, consigo me virar para o outro lado, vejo uma porta dupla de madeira que está fechada, ao lado outra mesa menor com um jarro com flores dentro, uma janela média com cortinas brancas, apenas isso por todo o cômodo.

Não sei o que aconteceu, última coisa que lembro é de ter ido me deitar no meu quarto na clínica e acordar no meio da noite com gritos, uma sombra grande em minha frente e depois nada mais.

O que aconteceu, eu não consigo entender como vim parar nesse quarto tão estranho, minha cabeça começa a doer, é então que ouço barulhos vindos da porta. Fico em total silêncio, começo a ficar nervosa, sinto meu coração acelerar e minhas mãos estão suando, consigo escutar sons de passos, o barulho da chave me deixa mais tensa e com um clique ela se abre.

Por ela passa um homem, ele veste um terno cinza, seu rosto tem leves marcas de expressão e cabelos pretos, olhares se cruzam, olhos castanhos claros, um frio sobe pelo meu corpo. Ele anda até perto da cama, eu me encolho, fica me encarando por longos segundos.

— Qual o seu nome? — Ele pergunta com uma voz rouca que me faz sentir outro arrepio.

— Onde eu estou? Quem é você? Como cheguei até aqui? — As palavras saem da minha boca antes mesmo de eu pensar.

— Primeiro me responda, qual o seu nome?

— Me chamo Antonella, quem é você? Porque estou aqui? — Respondo sua pergunta com receio.

— Você sabe todo seu nome? — Ele pergunta ainda me encarando intensamente.

— Antonella Barelli.

O homem se vira e sai pela porta sem mais perguntas ou respostas da parte dele. A porta é trancada novamente e estou sozinha.

As lágrimas começam a cair do meu rosto sem eu perceber, meu corpo relaxa e começo a tremer e os soluços acompanham o choro. estou sozinha e perdida, o que fiz de errado, porque estão fazendo isso comigo.

Continuo chorando, minha cabeça começa a latejar por inteira, a dor surge se fazendo insuportável com que eu fique tonta, eu não sei o porque, mas estou fraca, as coisas em minha volta vão ficando embaçadas pelo choro e sou atingida pela tontura, apago.

Continuo chorando, minha cabeça começa a latejar por inteira, a dor surge se fazendo insuportável com que eu fique tonta, eu não sei o porque, mas estou fraca, as coisas em minha volta vão ficando embaçadas pelo choro e sou atingida pela tontura, ...

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Acordo, não sei quanto tempo dormi, dessa vez não abro os olhos, espero meu corpo se acostumar, começo a lembrar dos acontecimentos de antes, vou contar até 3 e abrir, 1... 2... antes de chegar no 3 escuto um barulho dentro do quarto, subitamente abro os olhos, nada disso foi um sonho.

Agora meus braços não estão mais presos, meus pulsos estão vermelhos e doloridos, sento na cama olho para a frente e vejo o mesmo homem de antes.

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