O Despertar da Deusa

[3] Estrela

Eu sei todas as suas razões

Para me impedir de ver

Tudo está, realmente,

 uma bagunça

Mas agora eu estou partindo

Todos nós só estávamos sonhando

Tudo está, realmente, uma bagunça

-Imagine Dragons {Dream}

-Certo...-Regina não sabia ao certo como reagir além das boas risadas que dera,entretanto, a linda mulher em sua frente não parecia brincar, o que a fazia pensar seriamente sobre a condição mental da loira.-Bom...Eu não sei o que te responder.-Emma estava nervosa e tremia as mãos involuntariamente, deixando a deusa um pouco desconfortável.-Qual seu nome?

-Emma...Emma Swan...-O nome fez Regina tremer por inteira, sua cabeça estava prestes a explodir e a morena se sentiu tonta ao tentar mover-se, Emma a ampara e aproveita o momento para ficar mais próxima da morena, a única coisa que ela queria era tomá-la em seus braços e enchê-la de beijos, vê-la assim doía de uma forma inimaginável.-Você está bem?-Regina a observar um pouco confusa.

-É como se...Como se estivesse faltando algo.Emma, essa sua história me parece impossível...Mas, não posso negar que há algo errado comigo.-As palavras fazem Emma sorrir, pela primeira vez desses últimos tensos dias, ela sentia que qual tivesse sido a punição dada por Zeus, elas iriam conseguir quebrá-la.

-Você sente algo? Sente algo quando eu te toco?-Regina sentiu sua bochecha corar com as simples,porém, profundas palavras de Emma, ela franze o cenho sem querer dizer a verdade. Ela sentia, ela sentia algo extremamente estranho e ao mesmo tempo familiar.

-É como se eu te conhecesse, mas, não lembrasse...-Regina se afasta um pouco de Emma, dando menção de que entraria novamente para casa.-Enfim...Deve ser a bebida.-Ela ri tentando se manter sã, toda aquela conversa havia mexido com ela.-Você veio de longe? Quer entrar?

-Eu quero...Quero que você acredite Ártemis, por favor, você precisa focar...-Regina fica ainda mais desconfortável e simplesmente dá de ombros, fazendo uma tristeza atingir a loira, a própria deusa havia a avisado que seria extremamente difícil convencê-la de toda essa história...Foi por isso que ela lhe deu um presente que apenas uma deusa poderia dar.-Eu preciso te mostrar algo, você viria comigo? Eu sei que provavelmente você acha que eu sou louca,mas, eu tenho como te provar.-Ela sorri em uma melhor tentativa de convencer a deusa.

-Emma, eu sinto muito se você veio de longe ou não sei...Mas, eu não vou sair daqui com você. Se você quiser entrar seria bem vinda.-Regina sorri na mesma tentativa, não parecia certo para ela mandar a mulher embora,porém, ela não sairia por ai com ela, ainda mais com essas ideias na cabeça. Emma balança a cabeça e suspira.

-Ártemis...-Porém, dessa vez sua voz é silenciada pela da deusa.

-Eu não quero mais ouvir nada disso,Emma. Desculpe.-Então rapidamente ela se vira e entra novamente na mansão e bate a porta atrás de si, deixando Emma desolada e triste no lado de fora.

Emma volta para seu carro, decidindo ficar ali mais algumas horas até algum segurança mandá-la sair. Ela liga para Henry para conversar com seu filho sobre sua tentativa falha de ativar alguma memória da deusa. Enquanto isso, Regina não consegue se concentrar nem mais um minuto na festa, sua mente vagava para todos lugares possíveis menos para aquele local ali. Ela permanece mais alguns minutos e logo sobe para seu quarto.

-Eu não acredito...-A Deusa observa o carro de Emma pela sua janela, e se prepara para descer e xingar a mesma, quando uma dor terrível atinge sua cabeça a fazendo tremer e apoiar-se nas paredes. Vamos Ártemis não seja idiota.... Ela poderia jurar que ouvira algo falar em sua mente, alguém...Ela desce as escadas em um salto indo em direção a Emma.

-Foi você que fez isso????-Regina chega gritando e batendo na porta do carro de Emma, a mesma a observa desorientada e sem conhecimento do acontecimento.-Você fez algo?? Colocou algum aparelho no meu quarto? Eu vou chamar a polícia.-Emma abre a porta do carro e sai rapidamente.

-Eu não fiz nada...O que aconteceu amo....Regina??-Regina a observa com fúria nos olhos.

-Eu ouvi algo.-Emma sorri e morde o lábio de emoção.

-Apolo...Ele falou que tentaria te ajudar se algo desse errado, apesar de vocês brigarem muito...Ele é um bom irmão.-Regina fica estagnada e observa a loira.

-O que quer que seja Emma...-Ela bufa e franze o cenho.-Mostre-me.-Emma não poderia ficar mais animada, ela sinaliza para que a deusa entre no carro e as duas permanecem o caminho inteiro em silêncio. Emma dirige até um terreno aberto, uma praça pouco frequentada, deixando a deusa cada vez mais receosa.

-Se você me matar...A minha família fará da sua vida um inferno.-Emma não consegue deixar de soltar uma risada, enquanto Regina continua com a cara fechada observando a rua.

-Não, eu não vou matá-la...-Ela revira os olhos e em poucos minutos ela estaciona e ambas caminham lado a lado pelo campo.-Bom...Você me deu uma coisa antes de tudo sair dos trilhos.-Agora a deusa a observava tão concentradamente que Emma se contia para não beijá-la naquele mesmo instante.-Depois disso eu acho que você irá acreditar.-Emma pega seu colar e com delicadeza abre o pequeno frasco que em seu interior possuía uma esfera tão brilhante que causava dor ao olhar com atenção. Ao abri-lo a esfera sai flutuando e gira em torno delas, indo cada vez mais em direção aos céus e crescendo conforme subia.-Você me deu uma estrela...

-Emma...Isso...É impossível...-Ela observa a esfera ir calmamente em direção aos céus.

-Você queria me dar uma constelação,mas, eu disse que era demais. Você costuma ser exagerada.-Ela ri um pouco boba e triste ao mesmo tempo, ela não reconhecia o amor da sua vida ao seu lado.

-Emma...?-A loira vira-se para ela com um pouco de receio da resposta que recebera.-O que nós precisamos fazer para recuperar minha memória?-Dessa vez Emma não se contém e puxa Regina para perto de si e une seus lábios com o da deusa de uma forma voraz, ela precisava tanto daquilo...precisava sentir o gosto dos lábios da sua amada.-Se você achou que isso me acordaria como em um conto de fadas você errou e é bem boba.-Regina a empurra mesmo tendo gostado do beijo intenso que a loira havia lhe dado.