Capítulo 1 - Adrien.

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Ah, eu me lembro como se fosse ontem (o que aconteceu uma semana atrás) o dia mais feliz da minha vida.

Como eu costumo pensar: "sempre depois da tempestade, vem um lindo arco- íris" foi assim que aconteceu na minha vida.

Dias atrás, descobrimos quem era Hawk Moth. Saber que esse tempo todo, ele era meu pai, foi um choque, mas nada que eu não consiga superar. Doeu muito e ainda dói, mas meus amigos me ajudam muito. E eu os amo por isso.

Mas esse não foi o dia mais feliz, calma!

Depois, o melhor dia da minha vida, o que me alegrou cem por cento naqueles dias: a grande revelação.

Eu não posso negar, sonhei com aquele momento diversas vezes, mas quem diria que seria mais perfeito que meus pensamentos? Ladybug, a Marinette, caramba!

Poderia sim ter sido mais perfeito, se tivéssemos ficado juntos a partir dali, mas não foi isso que aconteceu.

Marinette namora Luka, e sabia que isso não mudaria mesmo se eu pedisse para ela ficar comigo, e mesmo se eu dissesse que a amava, ela não mudaria sua ideia sobre Luka. Ela amava ele, não à mim.

Por isso, que naquela quarta-feira na Torre Eiffel, quando nos revelamos, eu a abracei. Conversamos. Trocamos sorrisos.

Fui para casa, senti o peso do meu coração e a tristeza escondida em um sorriso cair em cima de mim. Tudo havia mudado, e a única razão da minha vida estava nos braços de outro.

Eu queria seguir em frente, desde o início( antes mesmo de saber quem era Ladybug) eu tentei dar uma chance à Kagami, mas não consegui.  Agora era tudo diferente, eu precisava seguir em frente, não podia ficar apaixonado pela minha melhor amiga para sempre.

Sim, melhor amiga. Nos tornamos mais próximos como Marinette e Adrien.

Meu pai? Bem, ele tenta seguir em frente, agora está namorando Nathalie.

Pediu para ninguém de nós ( os super-heróis) contasse para Adrien ( no caso, eu) que ele era Hawk Moth. Ele não sabia que eu sou Chat Noir, e eu prefiro assim.

Dessa forma, Adrien não sabia de nada para ele. Mas não era como se eu estivesse fingindo a animação que eu sentia ao ver ele mudar, era legal ver se tornar um bom homem.

— Espero que todos gostem da viagem, vão ser duas semanas e... — ouço o prefeito dizer. Quando foi que ele chegou aqui?

— Que viagem é essa? — sussurro para Marinette ao meu lado, que agora é minha dupla.

— Pensei que a distraída fosse eu! — ela me cutucou e riu baixinho.

O sinal toca. Mas como assim? Por quanto tempo eu viajei em pensamentos?

Arrumo minha bolsa as pressas e vejo Mari fazer o mesmo. Levantamos enquanto o prefeito se despedia.

— Por ordem do prefeito, apenas nossa turma fará uma viagem para Londres, passaremos uma semana lá, como descanso — ela falava enquanto eu me abaixava para ficar de seu tamanho e a ouvir.

— Mas... por quê? — pergunto curioso.

— Coisas da Chloé, né! Ela provavelmente convenceu ele que essa confusão do Hawk Moth foi demais para a nossa turma, já que fomos os mais "afetados" — ela sorriu e senti minhas bochechas vermelhas. Ela é linda demais! — enfim! Seu pai deixaria você ir? — perguntou animada.

— Ah, ainda existem algumas chances dele negar, mas acho que sim. — pensei um pouco, enquanto paramos em frente do Colégio, nos despedindo do pessoal que ali passava — talvez se... eu pedir com jeitinho ele deixa.

Sua feição animada se tornou pensativa.

— Ah, acho que... vou chamar o Luka! — ela sorriu animada.

— Ah, sim! — cruzei os braços e sorri falso — mas eu pensei que fosse apenas nossa turma — cantarolei lentamente.

— Bem, quem não for da nossa turma e quiser ir, terá que pagar! Saberia disso se tivesse prestado atenção, Agreste! — ri nervosamente passando as mãos pelo cabelo.

Vi meu carro se aproximar.

— Tchau, Bugboo! — beijei sua bochecha e a vi ficar vermelha. Depois, ela revirou os olhos brava.

— O que já te disse de me chamar assim? Ainda mais aqui, no colégio! — ela bateu um pé e cruzou os braços.

— Que horas e que dia vamos ir? — abracei ela e escondi meu rosto na curva do seu pescoço. O bom de ser melhor amigo de alguém, É poder abraçar a pessoa a qualquer momento sem parecer um doido apaixonado.

— Sa... Salgado! Quero dizer... Sábado! — ela retribuiu o abraço —sábado, sete horas da manhã.

— Ok! — me afastei. Ficamos com os rostos próximos, e a vontade que tive de beijá-la cresceu —vê se não se atrasa!

Ela revirou os olhos e me afastou.

— Vai logo! — a menina cruza os braços e faz biquinho, me fazendo rir.

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