Laranja

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Em um oitavo ano ideal, Draco iria viver seu último ano tranquilamente, faria seus N.I.E.M's e voltaria para o lado de sua mãe. Mas as pessoas não iriam esquecer o que ele fez mesmo que ele tenha se arrependido, mesmo sendo ele quem mais não se deixava esquecer. E também, em um um oitavo ano ideal, ele definitivamente não estaria com o cabelo todo vermelho.

O sonserino sabia que não deveria ter feito os malditos botons e aceitado a aposta com Pansy. Agora teria que aguentar esse cabelo e as piadas sem graça junto com a atenção indesejada. Existia uma época que Draco adoraria toda a atenção, mas certamente não agora e não às suas custas.

Com os acontecimentos do dia anterior ainda se repetindo em sua mente e, depois de esperar os outros terem deixado o dormitório para tomar café, Draco saiu de seu casulo perfeito nas cobertas e se levantou da cama com um suspiro cansado e foi tomar um banho.

Evitando olhar no espelho e ver o cabelo horroroso, ele relembrou a catástrofe da sua primeira aula com Potter na biblioteca, que terminou com ele correndo antes que Pansy o achasse. Ele não acreditava na sua má sorte. Pela maioria do ano ele foi capaz de evitar o garoto de olhos verdes, e agora tinha que ser seu tutor. Com o 'menino de ouro' usando o boton que ele fez, com certeza a aposta estaria perdida e Draco consequentemente estaria a mercê de Pansy. Porém, chegando na sala comunal da sonserina ela tinha o emboscado e o levado até o quarto. Draco fez o que dava para fazer. Se fez de desentendido.

"Draco não é bom que tem gente usando?" questionou Pansy com um sorriso triunfante.

"Não para quem vai ter que pagar essa aposta ridícula, que no caso, sou eu!"

Pansy garantiu que a diretora havia aprovado os botons e até as gravatas coloridas, tanto que não fossem usadas para distração nas aulas. Portanto, Draco não seria culpado por nada-a não ser sofrer as consequências de qualquer plano que teria se formado na cabeça de sua amiga.

Amiga...

"Isso vai ser bom para você, querido. Talvez assim você saia dessa concha que você se enfiou. E trato é trato, Draco!" disse ela apontando a varinha na direção do loiro antes de ele abrir a boca para responder. Nada aconteceu de imediato, contanto, Draco logo pensou que isso podia ser um sinal de algo pior. Pansy fez novamente, e quando nada aconteceu, só disse que ele iria notar uma mudança no dia seguinte e, antes que ele pudesse se mexer para ir atrás dela, a garota de cabelos curtos saiu do quarto aos saltos, se esquivando de um sapato jogado por Draco em direção à porta.

Horas depois daquilo, semicerrando seus olhos com a luz da manhã seguinte, Draco abriu os olhos para ver Blaise Zabini o observando com uma expressão humorada.

"Você tem que olhar no espelho." disse ele, saindo e voltando rapidamente, trazendo um pequeno espelho para o outro que ainda estava grogue de sono.

Draco se sentou com tudo na cama ao ver seu reflexo. Dizer que ele estava embasbacado era só a ponta do iceberg.

"Não-não-não-não-não..." repetia Draco, passando a mão em seu cabelo.

"Podia ser pior, Draco" contemplou Blaise ao seu lado, mas se calou com o olhar furioso de Draco, levando uma mão à boca para esconder sua risada. "Aliás, ela está te esperando lá embaixo para ir tomar café." declarou Blaise enquanto Draco negava veemente com a cabeça, agora andando de um lado para o outro no dormitório.

"Se ela acha que eu vou aparecer assim, está louca!" bradou.

"Er... Draco você sabe que tá falando da Pans, não é?" Blaise tinha razão, ela iria o arrastar até lá, pelo menos indo por si só ele manteria sua dignidade - ou o que restara dela.

Rainbow - Todas as cores de Malfoy (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora