Meu, a unica coisa da primeira temporada que é possível defender é que eles sabiam onde queria chegar
fizeram de forma irresponsável? Com toda certeza. Do jeito que eles abordaram fica difícil acreditar que o suicídio da Hanna seja algo além dela tentando chamar atenção com um plano de vingança. Que é bem diferente de um suicídio real, tipo o caso da Amanda Todd, que não é polido, nem glamurizado.
A segunda temporada é extremamente perigosa, porque é tão irresponsável. Por mais que eu despreze o que o tyler fez, eu me encontrei simpatizando por ele no final. Mais uma vez a série tratou um assunto extremamente sério que afeta muitas pessoas, nos eua principalmente de forma completamente irresponsável.
Não seria um problema tão grande caso a série deixasse claro que eles não tem intenção de ser realista, mas não é o que acontece. A própria série se classifica como realista e tals, e também a Hanna é extremamente patética. Ela simplesmente foge de qualquer ajuda. Durante a séria várias pessoas a oferecem ajuda várias vezes e ela recusa, e nas fitas culpa essas mesmas pessoas.
O clay e o concelheiro da escola são ótimos exemplos disso. Isso até seria compreensível caso a personagem dela fosse apresentada como timida ou introvertida, mas não, ela é dita como extrovertida e que muitas vezes não tem "papas na lingua" , por assim dizer. dentre VÁRIOS outras problemáticas que a série possui
"AH MAS A SÉRIE AVISA QUE TEM CONTEÚDO SENSÍVEL" O problema não é aviso, mas se você quer abordar questões como suicÍdio de uma forma real, como eles dizem fazer, você tem que ter a responsabilidade de manter cru e real, não glamurizada, como eles fizeram.
O caso do clay por exemplo, eles estão prestes a transar, e ela pede para ele sair um milhão de vezes, e é claro que ele sai, aí na fita ela culpa ele e o coloca como uma razão. É basicamente "Ah, eu disse não diversas vezes, mas eu quis dizer sim".
O conselheiro oferece ajuda, e ela deixa bem claro que não quer e quer ir embora, e é óbvio que ele deixa ela ir, até porque você não pode forçar um aluno a ficar/falar. É antiético, aí ela vai lá e fala que ele negligenciou ajuda. coisa que NÃO aconteceu.
Ela gravou 13 fitas, numerou e deu instruções para um colega de classe sobre o que fazer com elas, como um plano que vingança e um ultimo choro por atenção. Com essa atitude fica difícil acreditar que seja algo além.
Novamente, o problema não é abordar saúde mental, com algumas cenas mais pesadas. Muitas séries fazem isso, e fazem muito bem btw. Essa só não é uma dessas séries.
Os motivos começam leve, e são coisas que ela facilmente poderia concertar e tinha sim suporte, tipo a situação com o Justin. Se é possível mandar uma mensagem para toda a escola, era só ela mandar uma resposta do tipo, "então galera a gente só foi no parque e eu desci pelo escorregador lol". E dnv, ela não tomar esse tipo de atitude seria compreensível se ela fosse descrita como uma garota timida, com problemas para socializar e falar com os outros, mas não é como a personagem é descrita.
Além de que O show, na verdade, não apresenta uma alternativa viável ao suicídio. O programa não fala sobre doença mental ou depressão, não cita essas palavras. Ela simplifica o suicídio e perpetua a ideia de que é preciso culpar alguém. Ela n fala realmente sobre depressão ou coisas assim, e sim o fato de ela culpar todo mundo a sua volta, pelo contrário, a série é extremamente controversa.
Avisos de gatilho devem fazer parte da programação, mas eles deveriam ser sinceros. Avisos não dão uma licença para que conteúdo angustiante seja mostrado de forma gratuita, romantizando o suicídio e estigmatizando uma visão da depressão, além de mostrar métodos de suicídio, que podem aumentar o risco do efeito copycat.
Não se pode glamorizar um suicídio, transformar o suicida em herói. Um suicídio é um ato de desespero, não de vingança.
Enfim, foi mal, falei demais kkkkkk
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Meu, muito eu
NonfiksiSó uns desabafos, crises, recomendações, reflexões e pensamentos de uma pessoa de 19 anos que não gosta de genros e não se considera nem mulher, nem homem