Capítulo VIII - Passos no corredor (EM REVISÃO)

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Agora que as coisas se resolveram e a polícia descobriu tudo o que tinha se sucedido, todos poderiam (em tese), dormir em paz. Mais quem disse que todo mundo conseguiu pregar os olhos? Apenas Sofya conseguiu cair em profundo sono.

Noah não conseguia pregar as pálpebras. Estava inquieto com um assunto. O que tinha conversado com o detetive Beauchamp. Será mesmo que ele iria conseguir falar com Srta. Deinert em relação a isso? Não tinha certeza de nada, apenas de que, se não resolvesse logo essa situação, não dormiria nunca mais.

Se virou para a esposa: - Sina? Está acordada?

- Sim, estou. - respondeu ela imediatamente. - Porque não está dormindo?

- Eu que te pergunto? Porque ainda está acordada?

- Não sei. Acho que é mais por tudo o que passamos essa noite aqui. Mal vejo a hora de voltarmos para Orange.

- Entendo.

- Não. Você não entende, Noah! Não sabe como é ruim ficar sozinha naquela mansão enorme, enquanto você resolve seus assuntos de trabalho! Nem é um barão de verdade!

- Então é por isso? Por que está gritando desse jeito?

- Porque eu quero que você entenda! De uma vez como é ruim viver de um casamento arranjado! Você nem tenta gostar de mim, só me beija quando estamos em público!

Noah levantou-se da cintura para cima e ficou sentado na cama, olhando de lado para Deinert. - É sobre isso que eu queria conversar com você! Não dá mais!

- Está falando de...

- Não dá mais para continuarmos com esse casamento, fingindo que está tudo bem! Você tem razão. Eu não me esforço porque simplesmente eu não consigo! Por isso eu queria saber se tem como nos separarmos! Isso é a melhor opção!

- Nos separarmos? Essa é a sua solução? Porque não tenta se aproximar de mim?

- Eu não consigo te amar, Sina! Quando você vai entender que tudo foi apenas por aparência? Eu não encontrava a mulher certa para mim...

- Então optou por se casar com qualquer uma, não é? Como eu?

- Não foi isso que eu disse, Sina...

- Mas foi o que pensou! Tudo bem então, nunca precisei de um marido fraco como você! E quer saber, quer saber de uma coisa? - levantou-se, irritada, indo em direção a porta. - Vou-me.

- Vai aonde a esta hora?

- Vou dormir em outro quarto, longe de você! E depois, vou procurar um homem de verdade para me casar! Não um garoto vendido como você!

- Sina, espere, podemos resolver isso... Sina! Sina! - mas, mesmo chamando, Sina não voltou atrás. E deixou Noah à deriva, chamando o seu nome em vão.

***

Hina sofria sozinha em seu quarto. Lembrava-se da sua mãe lhe acariciando quando era pequena. Quantas saudades sentiria dela! E quanto ao seu pai, gostaria de ter conhecido ele! Por que sua vida era tão cruel.

- Mãe... - repetia a si, fracamente. Às vezes a via entrar pela porta, mais quando via de novo, ela não estava lá. Pior era o medo de ficar louca igual sua mãe. Pelo menos, o sofrimento de M. Silla chegou ao fim, e ela não precisaria mais lamentar a morte de Bailey May.

Foi quando ouviu passos no corredor. Se virou para ver quem era, mais não conseguiu distinguir o vulto. Então se levantou afoitamente. E resolveu seguir o vulto.

Logo ao sair do quarto, se deparou com sua amiga Sofya, andando descalça em direção a um lugar. - Aonde ela vai a essa hora? - estranhou Hina. Sofya começou a subir as escadas, e Hina logo atrás. Não entendia o que a amiga estava fazendo.

El Monte Rojo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora