Respirem, respirem. Finalmente vocês podem respirar agora hahaha.
Esse capítulo é bem levezinho pra dar uma aliviada em toda a tensão.Dica: aproveitem cada pedacinho dele, okay?
ღღღ
– Você já teve um cachorrinho? – Hendery pergunta um dia.– Ahn… não.
– Nunca pensou em adotar um?
– Na verdade não, esse pensamento nunca passou pela minha cabeça.
– Ah, entendo.
Ten fecha seu exemplar de "O nome do vento" e ajeita sua postura no sofá.
– Por que a pergunta?
– Quando estava caminhando com Yuta pelo parque uma vez, um cachorrinho se aproximou de nós. Ele era tão serelepe e alegre. Pensei que talvez pudesse ser uma boa companhia.
– Eu nunca tentei criar algum animal antes. Sempre me saí melhor sozinho.
– Ahhh. – Hendery fica cabisbaixo.
– Espera um pouco. A companhia não é para mim, certo? – Ten sorri.
– Eles são fofinhos.
Ten abre uma gargalhada e Hendery o fita sem entender o motivo da reação do companheiro. Ele não sabe o quão aquilo aparenta ser fofo e inocente aos olhos de Ten.
– ‘Você’ é fofinho. – Ten diz fazendo bico e apertando a bochecha de Hendery. Ele tira os óculos e levanta do sofá se espreguiçando. – Bem, eu tenho que ir para a aula agora. Me liga qualquer coisa, está bem?
– Você não vai tomar banho?
Ten cora.
– E-eu não preciso. Está frio. Você não pode sentir, mas está realmente frio e ainda não vieram consertar o chuveiro elétrico, então… é isso. Apenas não faz diferença hoje, entende?
Hendery assente e Ten agradece mentalmente por ele não entrar mais em detalhes sobre higiene. O relacionamento deles não havia chegado nesse nível ainda, embora na noite passada ele tivesse arriscado deixar Hendery entrar na banheira junto consigo mesmo agindo de forma dura e automática igual… um robô? Não. Hendery era o robô ali e não agia desse modo. Ele não ficava envergonhado ou tímido nessas situações, afinal era um namorado e sempre havia sido um namorado. Ten era o único que realmente ficava desconfortável e odiava aquilo. Ele queria aproveitar cada pequeno momento com Hendery o máximo que pudesse, mas infelizmente era limitado por causa de bloqueios humanos.
••••
Não muitos dias após a conversa sobre uma possível adoção de um filhote, um visitante já esperado aparece eufórico na porta do apartamento de Ten. Mal o garoto abre a porta e Sicheng pula para dentro.
– Cadê ele? Cadê?
– Bom dia para você também. – Ten diz fechando a porta e olhando abismado para o amigo.
– Bom dia, Ten. Você dormiu bem? Então, cadê ele? – Sicheng diz jogando a mochila no sofá.
O tailandês deixa escapar um sorriso.
– Você nem disfarça.
Hendery aparece na sala com um cachorro de apenas alguns meses em seu braço. A forma que ele o carrega como se estivesse segurando o ser mais angelical é encantador aos olhos de Ten, que observa o companheiro com os olhos brilhando.
– Eu posso? – Sicheng pergunta já com os braços estendidos.
Hendery então passa a pequena criatura para os braços do garoto.
O chinês começa a acariciá-lo e se comunicar em uma linguagem "cachorrês" que Ten nunca havia ouvido. Hendery pega alguns brinquedos e os espalha pelo chão.
– Ele é muito esperto, você quer ver?
Sicheng assente sorrindo várias vezes, ele estava muito empolgado com o mais novo integrante do grupo. E por que não dizer: da família?
Hendery joga a bola para cima e o filhote pula para pegá-la obtendo sucesso, o que gera uma sequência de aplausos e elogios. Ten não resiste e acaba sentando ao lado dos dois. Três, na verdade. Quando o vê se abaixando, o pequeno ser rapidamente se dirige em sua direção abanando o rabo.
– Ele gosta de você. – Hendery diz.
Ten sorri.
– Qual o nome dele? – Sicheng pergunta.
Ten olha para Hendery o encorajando a responder.
– Yuta.
Sicheng adquire uma expressão séria e ao mesmo tempo confusa.
– Y-Yuta?
– Foi o Hendery quem escolheu.
Hendery fita o chão. – Ele me disse que você sempre quis ter um filhote, mas não podia por causa do apartamento. E eu sei que você sente falta dele. Eu também sinto. – ele levanta a cabeça para encarar o olhos de Sicheng – Pelo menos agora você pode ver o Yuta quando quiser. Espero que isso te deixe mais feliz.
Quando o chinês começa a "vazar" não desviando os olhos de Hendery, o robô se vira para Ten na esperança de obter uma resposta sobre o que fazer. Ele sempre consolava o tailandês quando isso ocorria, mas não poderia fazer aquilo com Sicheng, não da forma que fazia com Ten. E ele não sabia agir de outra forma.
Ten apenas suspira e dá um leve sorriso, o que não foi de muita ajuda para o robô.
– Obrigado. – o chinês diz, e em seguida limpa os olhos com a manga da camisa.
Ten se aproxima do amigo e o abraça em silêncio.
Sicheng dá um pequeno sorriso ao observar que Hendery continuava paralisado sem saber como reagir.
– São lágrimas de alegria. Não se preocupe, está bem?
– Vocês fazem isso quando estão felizes também?
– Não é tão comum, mas acontece. Algumas pessoas são bastante sensíveis. Você tem sorte por Ten não ser assim.
– Mas ele já vazou na minha frente. Mais de uma vez.
Sicheng franze as sobrancelhas e olha para Ten, que rapidamente se afasta e levanta alegando ser hora de dar comida para Yuta.
– Como o Hendery disse, você pode vir vê-lo quando quiser, okay? É só me mandar uma mensagem ou aparecer por aqui a qualquer hora.
– Tudo bem, mas saiba que virei com mais frequência agora.
Todos sorriem e Yuta late como se estivesse tendo a mesma reação que seus "pais".
[continua...]ღღღ
Como eu disse, foi um capítulo bem levezinho e curtinho também. Vocês aproveitaram cada pedacinho como eu aconselhei? Espero que sim porque tenho uma notícia: o próximo capítulo será o desfecho dessa história *lari encontra-se quase vazando neste exato momento*. Não posso dar mais detalhes, mas se vale um conselho: bebam bastante água antes de ler *cof! cof!*
No mais, até o próximo capítulo ~
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Boyfriend Material | tendery
RomanceEm um futuro onde a tecnologia está avançada o suficiente sendo possível projetar modelos robóticos idênticos a humanos, Ten, em uma mistura de curiosidade e tédio opta por adquirir um dos mais novos modelos disponíveis no mercado: os famosos namora...