Encontro

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Clarisse foi direto para o dormitório após o treino de vôlei no sábado. Ela havia combinado de sair com Adam para almoçar, e o treino acabava logo antes do almoço.

Depois de um banho rápido, ela vestiu um vestido florido simples com sandálias e arrumou o cabelo. Seus amigos já estavam almoçando quando ela passou pela sala.

– Hum... Onde vai vestida assim? – perguntou Bree, com um sorriso malicioso.

– Eu tenho um encontro com o Adam. – ela corou.

– Espera, o Adam que convidou a gente pra festa? – perguntou Lena, lembrando-se da noite anterior.

– Sim.

Lena engoliu em seco. Por mais que houvesse sido só um sonho estranho, ela sentia que havia sido um alerta.

– Er... Eu não acho que você devia sair com ele.

– Por que não? – perguntou Clarisse, desconfiada.

O que Lena iria dizer? Que teve um sonho em que Adam estava aparentemente torturando Bree? Todos iriam rir da casa dela. Até ela queria rir um pouco só de pensar na resposta.

– Bem... Hum... Ele é do último ano...

– Ele não pegou umas cinco garotas naquela festa? – perguntou Astrid.

“Ótimo.”, pensou Lena. Astrid a havia ajudado e nem sabia.

– Isso não quer dizer nada. – respondeu Clarisse – Eu pego vários garotos em várias festas e isso não me faz uma pessoa ruim – ela olhou para seu relógio – Tenho que ir, vou me atrasar.

Clarisse entrou no elevador e não se virou para ver a reação de seus amigos. A verdade é que ela também tinha um mau pressentimento. Adam parecia o tipo de cara que costumava machucá-la. Mas ela não tinha nada a perder dando a ele uma chance, tinha? Era apenas um encontro.

As portas do elevador se abriram e ela se deparou com Adam no hall do prédio da elite, onde eles haviam combinado de se encontrar.

– Olá. – ele disse, cumprimentando-a com um beijo na bochecha.

– Boa tarde. Onde vamos?

– A um dos restaurantes do campus.

Os alunos não tinham autorização para deixar o campus da LATT. Era por isso, principalmente, que a escola era equipada com tantas instalações: não havia motivo para sair. Eles eram liberados nas férias e feriados, e se precisassem sair durante o período letivo, precisavam encaminhar um formulário para a secretaria assinado por um responsável.

***

Bree abriu seu notebook e iniciou o navegador que já estava aberto no site de busca. Digitou “paralisia do sonho” e clicou no primeiro resultado.

“A paralisia do sono é uma condição caracterizada por uma paralisia temporária d corpo imediatamente após o despertar ou, com menos frequência, imediatamente antes de adormecer.”

Ela desceu a página. “As alucinações que podem acompanhar a paralisia do sono tornam mais provável que as pessoas que sofram do problema acreditem que tudo não passou de um sonho, já que objetos completamente fantasiosos podem aparecer no quarto em meio a objetos normais.”

A situação condizia com o que Lena havia dito, mas havia algo errado. “A pessoa não consegue mover nenhuma parte do corpo, nem falar, apesar de exercer, por vezes, controle mínimo sobre certas partes do corpo (como boca, olhos e mãos).”

Bree não havia ficado paralisada. Pelo contrário, ela havia se sentado, gritado e tentado se proteger da criatura que voou em sua direção. Aquilo não havia sido uma paralisia do sono.

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⏰ Última atualização: Dec 27, 2014 ⏰

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