Recaindo ladeira a baixo (parte 2)

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Mário Jorge já não aguentava esperar quando se lembrou da esposa, mandou mensagem para a filha adicionar a saída dele de casa para que Celinha não surtasse se acordasse e não visse ele lá, tendo como resposta um "ÓQ" voltou para a cama e logo seu celular toca acordando Celinha ele atende e uma voz masculina diz.

"O senhor é Mário Jorge?"

- sim porque?

"Comprei um apartamento na sua mão a um tempo atrás, estou tendo problemas e preciso que venha aqui agora se não entro com um processo contra você"

E desligou.

- quem era benzinho? - disse Celinha sonolenta.

- era um cliente, disse que se eu não fosse pra lá agora vai me processar, eu vou trocar de roupa e vou lá, não se preocupe pode ficar dormindo tranquila, me viro aqui.

Ela acentiu e virou para o outro lado dormindo de novo.

Foi até a sala sem acender as luzes, no bar serviu uma dose generosa de whisky para si mesmo, dessa forma acalmando os ânimos, quando escuta do lado de fora a porta do apartamento vizinho bater e o Arnaldo irritado reclamando por ter que ir atender a esse horário, mas o dinheiro iria valer a pena, totalmente chocado com o plano de Isadora funcionar tão rápido.

- aquela garota é mal caráter!- cochichou para si mesmo.

Saiu atravessando o hall prestes a bater na porta sua filha abre com os olhos semi serrados o olhando com desconfiança.

- cadê meu dinheiro seu mal caráter? - ela estende a mão sem pena.

- tá aqui olho junto, 150 agora, os outros 100 se o Arnaldo voltar só de manhã.- disse colocando parte do dinheiro na mão da filha.

- tudo bem, mas o que eu cumpro eu faço, até de manhã.- disse atravessando para fora.

- e onde a senhorita está indo?

- você acha mesmo que eu vou querer ter o desprazer de ouvir putaria dos meus pais? não né.- ela riu com escarnio.

- e quem disse que vai ter putaria minina do olho junto, eu quero falar com a sua mãe.- Mário jorge se fez de desentendido.

- tá bom pai, você vem de madrugada, tira o Arnaldo de casa passa migué pra Celinha pra conversar com a minha mãe, conta outra né, eu posso ser tudo mas burra eu não sou- riu na cara do pai.

- se você diz né Isadora quem sou eu pra argumentar que você não é burra né, rapa fora então.

- se você voltar pros 300 eu venho aqui as 6 da manhã e te acordo pra não sujar pro teu lado.- olhou com olhar sugestivo.

-feito garota, agora rapa fora vai anda.

- sugestão, tranca a porta e deixa a chave no trinco, pra garantir.

- boa! tchau.

- tchau só não me arruma mais irmão não tá.

- não sou nem besta vai que nasce um pior que você prefiro morrer que correr esse risco.- fechou a porta.

(casa dos Moreira)

Mário Jorge repensa muito se realmente vai fazer isso, se Rita não quiser ele perdeu dinheiro a toa, mas se ela quiser vai valer a pena, porém ela pode não se lembrar do acontecido na sala.

-vamos, você é um homem ou uma galinha?

Foi na direção do quarto, abriu a porta lentamente olhando para o interior e viu Rita toda esparramada na cama, se lembrou que era e ainda é de costume não parar nem dormindo.

Toma lá da cáOnde histórias criam vida. Descubra agora