e se você fosse uma selecionada [REVISÃO]

Capítulo Trinta e Cinco

Você estava a todo custo tentando evitar Arthur, tanto é que nem chegou a comparecer no café da manhã, você teve que dizer para Verônica que ainda sentia dor de cabeça, e ela meio contrariada pegou uma autorização com algum dos príncipes, ela também insistiu para que você fosse no hospital do castelo, coisa que você não fez.

Agora você estava no jardim, sentada no banco de sempre, apenas pegando um arzinho.
Depois de um tempo ali, você resolveu entrar no castelo. Enquanto andava distraída pelos corredores do castelo, acabou trombando com alguém.

— Opa... - O príncipe Ruan falou tocando em seu ombro. — Me desculpa. - Ele falou sorrindo de canto.

[O que você diz?]

— Você está linda hoje, babe. - Ele falou ainda com aquele sorrisinho de canto, te fazendo corar e revirar os olhos.

— Obrigada, eu acho... - Você falou.

— Você não é ladrona de órgãos mas roubou meu coração. - Ele falou divertido, te fazendo rir com a cantada horrível.

Naquele momento, Arthur passou por vocês, ele encarava vocês seriamente, assim que você o viu se aproximando, você desfez totalmente o sorriso.

— Você não deveria estar na reunião? - Arthur perguntando para Ruan, ele estava totalmente sério.

— Eu já estava indo. - Ruan falou dando de ombros.

— Não é o que parece. - Ele falou olhando para você.

Naquele momento você bateu o pé de raiva.

— Eu já estou indo, até mais, Ruan. - Você falou.

— Até... - Ele falou sorrindo.

Você e Arthur se encararam por poucos segundos e então vocêse retirou dali, mais ainda podia sentir o olhar dele sobre você enquanto andava, você também sentia que ele estava te seguindo mas você não fez questão de se virar para olhar.

Você então sentiu Arthur pegando em seu braço, você se virou e o olhou incrédula enquanto tirava as mãos deles do seu braço.

— Qual o seu problema?! - Você perguntou o olhando.

— Por que está agindo assim comigo? - Ele perguntou e você deu uma risada sínica.

[O que você disse?]

— O que mais você quer de mim? Por que anda me evitando? - Ele perguntou rapidamente.

Você não conseguia responder e também não conseguia desfazer aquele contato visual. Vocês estavam cada vez mais próximo, a chegar num momento em que já estava um sentido a respiração do outro, ele alternava em olhar em seus olhos e olhar para a sua boca, seus rostos estavam se aproximando. Você já não conseguia pensar em nada, na verdade, pensava que não estava mais em seu estado normal.
Até que ouviram um barulho e então se afastaram rapidamente, ele ainda te olhava, parecia ofegante, já você só conseguia olhar para o chão.

— E-eu... - Você suspirou fundo antes de falar. — Eu não posso.

E então saiu dali, o deixando parado no meio do corredor.

[...]

Depois do ocorrido com Arthur, você voltou para o seu quarto, tomou um bom banho e desenhou um pouco.
Você então ouviu batidas na porta, então se levantou para abri-la, torcendo para não ser Arthur. Assim que você abriu, se achou a garota mais sortuda dali, era Noah.

— Correio! - Ele gritou divertido.

— Precisa gritar? - Você perguntou enquanto pegava as cartas da mão dele.

— Aqui eu faço o trabalho correto. - Ele sorriu e piscou um dos olhos, você riu.

— Certo. - Você falou revirando os olhos.

— Bom, meu trabalho foi feito, até mais senhorita. - Ele falou fingindo estar tirando um chapéu.

— Senhorita... - Você resmungou enquanto fechava a porta.

Você foi até a sua penteadeira e se sentou ali, pegou as cartas e a abriu. A primeira era da sua mãe, você então começou a ler.

“Querida @Seunome,
como vão as coisas aí? Espero que esteja tudo bem.
Bom, eu estou mandando essa carta, então você já deve saber o o porquê. Eu finalmente contei para a sua irmã sobre o pai de vocês, já faz alguns dias. Ela está chateada, também está um pouco brava por ter mentido sobre a paternidade dela esse tempo todo, mas irá passar, certo? Eu espero que sim, porquê sinto falta dela. Ela resolveu passar um tempo na casa de Elisa, me sinto sozinha sem vocês por aqui.
Se alimente bem e se cuide. Não se esqueça que eu te amo muito.

- xoxo, mamãe.”

Você ficou um pouco triste, mas sabia que Elly só precisava de um tempo para ela, para pensar.
A próxima carta era de Elisa.

“Cara @Seunome,
acho que você gostaria de saber que eu já fui fazer meu primeiro ultrassom, sei que você queria estar lá, então vou descrever tudo o que senti. Primeiro eu fiquei ansiosa, depois nervosa e com um pouco de medo, mas depois que a médica começou o ultrassom eu fiquei mas calma. O bebê está saudável, ele ainda é um pequeno fetinho. Minha barriga está começando a crescer, isso me irrita um pouco, daqui um tempo só estarei usando vestidos, argh!
Comprei uma camera fotográfica, agora mesmo de longe, você acompanhará esses momentos.
Sinto sua falta.

- xoxo, Elisa.”

Junto ao envelope, você encontrou uma foto do ultrassom dela, você sorrio, mas não entedia nada do que estava ali, afinal de contas, aonde estava o bebê?
A última carta ali era de Elly.

“Sem formalidades @Seunome,
estou com saudades, o que você anda fazendo? Espero que não esteja se metendo em confusão.
Eu queria que você estivesse aqui para me abraçar e me dizer que tudo vai ficar bem, mas você não está.
Mamãe me contou quem é o nosso pai, o meu pai de verdade. Eu estou brava com ela, por quê ela teve que esconder isso esse tempo todo? Me sinto enganada.
Me diga, o que fazer. Elisa não é muito boa em dar concelhos, mas ela está fazendo o possível.
Ah, eu e Jonas acompanhamos ela em seu primeiro ultrassom, foi engraçado, Jonas chorou, não diga a ele que eu te disse isso.
Eu te amo e sinto saudades.

- da sua irmã favorita, Elly.”

Após ler a carta de Elly, algumas lágrimas atrevidas caíram, você se sentiu um pouco culpada por não estar lá com ela.
Você procurou papel e caneta e então começou escrever uma carta para cada uma delas.

[O que você escreveu para elas?]

Assim que você terminou de escrever, as colocou em um envelope e as selou. Decidiu deixar elas em uma gaveta de sua penteadeira e depois entregaria para Verônica.

[...]

Nota da autora: Arthur agora super cadelinho da S/N, amo???