All these years

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Ei, desculpem pela demora. Esse capítulo era pra ter saído semana passada, mas tive um problema com meu notebook e tive que reescrever mais da metade, porque não tinha a versão final salva no drive.

Coloquei umas fotos ao longo do capítulo para ajudar a imaginação de vocês sobre como elas estavam vestidas e etc.

Enfim, se divirtam.

Música do capítulo: Lovesong - The Cure 

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Existem todos os tipos de amor neste mundo, mas nunca o mesmo amor duas vezes.

Passos lentos. O sol desejava surgir ao fundo. A claridade surtia em meio aos medos que se escondiam e a paz que então emanava. Afinal, o amanhecer dos dias deveria sempre significar uma nova chance para a vida. Mas como se dá uma nova chance para algo, quando não se consegue deixar o passado de lado?

Meus pés me guiavam até a livraria das minhas melhores amigas, enquanto entre meus dedos tamborilavam as páginas não tão mais bem cuidadas de The sensible thing – outro dos livros de Scott Fitzgerald que havia lido durante a minha vida. Eu ainda estava em dívida quanto a doação de livro daquele mês, então esta fazia questão de entregar pessoalmente.

Não tinha dentro de mim apenas a sensação de que aquela era uma das leituras mais importantes que já havia feito, mas também a crescente ideia de que precisava ser como George O'Kelly e convencer uma mulher do meu amor por ela. Logo, eu precisava me livrar daquele livro e, mais importante ainda, precisava acabar com aquela ideia.

Se no livro as coisas não terminavam tão bem, por que na minha vida haveria de ser diferente?

Eu tive em minhas mãos a própria personificação de uma figura feminina do universo de garotas independentes e corajosas criada por Fitzgerald. E sabendo que Lauren era como uma delas, não haveria chance alguma de que eu a ganhasse outra vez. E por mais derrotada que eu também estivesse, não saberia dizer se em mim haveria alguma vontade de abrir mão do meu orgulho.

Foram meses tentando convencê-la de que, sim, dentro de seu corpo e mente haveria capacidade para conter e espalhar amor no mundo, para então assisti-la esbanjando as três palavras primordiais apenas anos depois, sendo sequer por minha responsabilidade.

Apesar de tudo, eu tentava me convencer de que estava feliz por aquilo. Lauren agora se enxergava como um ser humano capaz de amar, capaz de dizer que amava alguém. Ela finalmente acreditava no amor. Era esse o propósito desde o início, certo?

— Ei, Camila! – A voz simpática de Normani ressoou assim que eu passei pela porta da livraria, onde o sino no topo da entrada badalou. Suas mãos me puxaram de imediato para um abraço rápido e não demorou para que estivessem me guiando para a área no fundo do estabelecimento. – Que bom que você apareceu.

— Tinha um tempo que não aparecia por aqui, então resolvi aproveitar o dia livre para visitar vocês e trazer isso aqui. – Disse enquanto levantava o livro em minhas mãos, arrancando um sorrindo extremamente brilhante da minha amiga.

— Dinah vai ficar feliz que você veio.

— Nem toque no nome dela. Ela está me devendo uma MUITO grande. – Disse dando ênfase na palavra quantificadora.

— Sobre isso... – Normani começou a falar, mas logo foi interrompida pelo som de gargalhadas e a voz suave da jovem de cabelos curtos que praticamente corria em nossa direção.

— Camila! Não esperava te ver por aqui. – Logo seus braços estavam envoltos do meu corpo, fazendo me sentir pequena não apenas por sua altura superior, mas pelo que ela representava para mim. – Vê como estou bem? 7 dias e já posso correr novamente! Obrigada.

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⏰ Última atualização: Jun 23, 2020 ⏰

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