𝟎𝟎𝟐

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Molly Dixon;

Essa promoção não vai ser minha. 

Estou a horas pensando no que eu faria. O que diria a Zach e como pediria algo assim. Talvez eu o suborne; mas não tenho nada para usar contra ele. Talvez finja que derrepente gosto dele e estou apaixonada; mas até mesmo Herron saberia que é uma completa mentira.

Então depois de fritar meu cérebro com ideias, eu simplesmente escolho a mais óbvia e humilhante. Eu vou dizer a verdade.

Assim que ligo para o garoto responsável pelo futuro da minha carreira, já tento explicar para meu orgulho, que ele está prestes a ser ferido.

Molly! Olha só, que surpresa. Me ligando atrás de uma chance? Pois se for, eu já vou avisando que só tenho mais alguns dias em Nova York então teremos que ser rápidos.

Eu suspiro, já arrependida pelo que estou fazendo.

— Até parece, Zach. Tenho que te pedir algo.

Tem certeza que não é uma chance comigo?

Deus, esse garoto esse garoto é impossível.

— Ainda sou uma pessoa em sã consciência, estou longe de pedir um chance com você.

Eu tinha que tentar a sorte, não é? — Eu mordo o lábio tentando segurar uma repentina leve risada.  — O que quer então?

— Eu quero que me encontre essa noite. Supondo que esteja livre. — Ele tinha que estar. Demorei um dia inteiro para criar coragem e amanhã já é o show de sua banda que abriria a nova turnê, então imagino que em poucos dias eles já estariam indo embora da cidade.

E se tudo correr bem, eu estarei indo junto.

O garoto fica em silêncio durante alguns instantes, até que eu ouço sua risada do outro lado da linha.

Ótimo.

Está bêbada, Dixon? Está me passando um trote ou algo assim? Você absolutamente me odeia. Por que estaria me convidando para um encontro?

Eu não te odeio, eu só... — Falo baixo, procurando uma palavra que se encaixe.

Ele me estressava, é óbvio. Eu o achava um babaca prepotente e praticamente cada palavra de Zach sempre me faz revirar tanto os olhos que tenho medo que a próxima vez que ele abrir a boca eu acabe não conseguindo mais enxergar. Mas eu não o odiava.

Só não gosta de mim? —  Ele diz e mesmo por ligação eu posso afirmar que ele está rindo da minha cara.

— É por aí. E não estou te chamando para um encontro. Estou te convidando para tratarmos de negócios.

Negócios, hein? Vai me fazer assinar um contrato como o do Christian Grey? — Seu tom de voz torna impossível para mim esconder meu riso dessa vez.

— Meu Deus, você é um otário. Só me encontre as sete. Te passo o endereço por mensagem.

Sou um cara ocupado, Molly. Eu nem disse se estou livre essa noite.

Eu levemente tremo, sabendo que era bem possível que ele já tenha planos para hoje. A possibilidade me faz segurar o ar e sentir um pequeno desespero.

— E você está? — Lhe pergunto, nervosa.

Claro que sim.

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