CAPÍTULO IV

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- Você tá fudida! - decretou Damon.

- Nossa valeu pelo apoio! - retruquei para meu irmão.

- Você é completamente louca! - dessa vez foi Ramona que falou - Nós acabamos de chegar e você já vai desafiando o cara que está a frente de todo mundo aqui! Ele pode nos mandar embora!

- Ele que começou! - retruquei, provavelmente soando infantil - Ele mereceu por duvidar de mim! E ninguém vai mandar vocês embora. Se ele me expulsar, eu vou sozinha.

Eu não me arrependia de nada. Nada mesmo. Muito menos quando a pessoa mereceu. Mas eu não havia parado para pensar que isso poderia afetar Ramona e Damon de muitas maneiras diferentes.

- Mas... - a garota tentou retrucar.

- Mas nada! Vocês ficam aqui enquanto eu vou lá falar com ele! - decretei virando as costas e saindo de uma das salas de estar espalhadas pelo navio, onde a gente havia se escondido desde a competição.

Eu andava a passos decididos pelos corredores em direção à proa do navio, onde Luke disse para eu o encontrar.

Eu já estava fazendo uma lista de xingamentos em minha mente, para caso ele me expulsasse, mas fui interrompida por um rapaz que, simplesmente, brotou ao meu lado.

- Aquilo foi incrível! - Chris elogiou.

Eu queria bater naquela carinha de malandro dele mas aquele elogio me acalmou um pouco.

- Obrigada. - agradeci, ainda um pouco brava.

- Ei, não se preocupe, Luke não vai expulsar ninguém. - ele falou em um tom calmo - Ele só não queria perder a pose de "Poderoso Chefão" na frente do pessoal, mas no fundo ele é igualzinho a mim. Adora apanhar de mulher bonita. - concluiu.

- Espera, você estava espionando? - questionei irritada.

Ele deu um sorrisinho e meneou com a cabeça como quem não quer mentir mas não quer dizer a verdade.

- Você é impossível. - murmurei mais para mim do que para ele. Mas não consegui segurar a pequena risada que veio junto.

- Venha. - ele mudou de assunto - Houve uns imprevistos e Luke me pediu para te levar até o camarote.

- Camarote?

- Você vai ver. - ele disse, simplesmente.

Não tive escolha, a não ser, seguí-lo. Andamos em silêncio até o décimo terceiro convés, onde Chris parou em frente à uma porta dupla, abrindo-á.

O camarote era lindo. Longas janelas que iam do chão ao teto nos davam vista para a popa do navio e para a imensa extensão do oceano. Tapetes, sofás, mesas de jantar cheias de comida e uma cama de dossel ocupavam o quarto.

E para o meu choque, no fundo do quarto, em cima de uma plataforma, havia um caixão dourado enorme.

Um arrepio passou pelo meu corpo. Eu tinha horríveis pressentimentos sobre aquele sarcófago.

- Por que tem um caixão aqui? - foi a primeira coisa que saiu de minha boca.

Luke se voltou para mim e depois para o caixão, ele soltou um suspiro pensativo.

- É uma longa história. Uma que eu não posso falar no momento.

- Era esse o seu imprevisto? - perguntei.

DYNASTY | Luke CastellanOnde histórias criam vida. Descubra agora