❤️❤️❤️
De volta estou!!! Kkk
Me ajudem divulgando essa história e atingindo a meta postarei um novo capítulo para vocês.
META:
60 ⭐ nesse capítulo
30 comentários[Boa Leitura]
Pierre
O jeito obstinado e dedicado de Marie me chamava a atenção. No canto da cozinha, observava com diligência a Chef Confeiteira. Como se regesse uma orquestra, ela ordenava seus ajudantes nos devidos afazeres. Colocando a mão na massa, e em seguida, gentilmente indicando o que os demais deveriam fazer.
Minha escolha foi acertada. Desde o momento que provei aquele saboroso cup cake, soube que ela tem a mão certa para doces e sobremesas. Além do mais, percebo que a mulher consegue cativar a todos com facilidade. Espantoso!
— Chef, faz assim oh. — Bernard aparece de repente em minha frente e indica para que eu limpe o canto inferior de minha boca. — Enxuga essa baba.
Encaro-o contrariado, mas só depois de ter feito como ele havia sinalizado, de tão absorto que estava. E avisto meu amigo dar risada tirando sarro de mim.
— Vai tomar no...
— OU CALMA LÁ! É só brincadeira. — Me interrompe antes que eu termine o xingamento, erguendo as mãos ao alto. — Cara, ela tá mexendo mesmo com você. — Balançou a cabeça em negativa.
— Não sei de onde você tira essas ideias... — Reviro os olhos, dando as costas e indo até o outro lado da cozinha, para selar um salmão, apenas com o objetivo de me distrair.
Bernard me segue feito sombra, determinado em me tirar a serenidade. Que já é tão raro para mim.
— Oras, desde quando você e Marie começaram a sair, percebo que se tornou outra pessoa. Faz uma semana que não briga com ninguém!
— Não estamos saindo, seu idiota. — As chamas incendiaram toda a frigideira e se ergueram a quase um metro. — Eu apenas a acompanho até em casa, por segurança.
— Claro. Porque és um herói salvando a donzela indefesa! —Desdenhou.
Viro o peixe do lado oposto, fazendo com que mais uma vez o som das chamas seja ouvido.
— Bernard, não tem coisa melhor pra fazer não?! — Ouviu-se um chiado ao fundo. — Vai preparar o molho!
— Oui. — Acentiu ainda dando risada. — Já está pronto, Chef. — Então, trouxe para mim no mesmo instante, mostrando toda sua habilidade de prever o que eu precisaria a seguir.
Até a semana passada eu teria o agredido, ou pelo menos, quase o teria feito por essa implicância. Entretanto, estava realmente de “bem com a vida”. Não que tenha acontecido algo entre mim e Marie. Nada acontecia, mas não significa que seria uma má ideia. Apenas conversávamos sobre o nosso assunto favorito — comida —, e de certa forma aquilo trazia um alívio.Marie
Oops, Maria LuizaEra início de semana. Segunda-feira para ser mais precisa, e esse era o nosso final de semana. A nossa folga.
Recebi o convite da equipe do Restaurante La Demoiselle para ir até um barzinho tipicamente francês. E como fazia tempo que não saia para me divertir, aceitei estar com aquela galera que tinham conquistado minha amizade, e eu a deles.
— Bernard, onde está Pierre? — Questiono o moço charmoso, sentado ao meu lado, após um gole em meu drink.
A música estava ambiente, não tão alta ao ponto de impedir que conversássemos, mas o suficiente para gerar um clima descontraído e alto astral.
— Ah, — Bebericou e respondeu após a curta pausa. — Ele não vem...
— Sabe dizer o por quê? Aconteceu alguma coisa? — Fiquei curiosa. Era a primeira vez que tinha a oportunidade de estar com todos em um local diferente. E, ainda que Pierre tivesse um jeito grosseiro de agir, havia descoberto um bom coração durante nossas curtas conversas.
— É que... — Olhou para os lados para ver se não tivessem o espionando. Como se o que tivesse prestes a me contar, fosse um grave segredo. — Ele não foi convidado. — Cochichou ao final.
Estarreci com tal informação.
— Mas, por que raios não o chamaram? — Franzi a testa.
— Você sabe! — Bernard ajustou-se sobre a banqueta onde estava. — Ele não é o líder mais querido. Com seu jeito rude até mesmo para os franceses, acaba afastando as pessoas de si. E a equipe só está lá porque precisa desse trabalho, e porque, querendo ou não, Pierre é um dos melhores Chef’s de Paris, quiçá O melhor! — Ergueu o indicador, rodopiando no ar.
— Aff... Que nada a ver! — Bufei. Sem saber o motivo de estar irritada com aquilo. Afinal, estava tempo suficiente em Paris para saber que o relacionamento entre chefes e funcionários, não são os melhores.
— Ele é assim, Marie. — Ao ouvir aquele codinome dado a mim por Pierre, senti meu coração ser pressionado de uma forma estranha. Lancei um olhar gélido de reprovação para o homem ao meu lado. — Maria Luiza! — Apressou-se em se corrigir.
— Ótimo, prossiga! — Empinei o nariz. Estava ficando igual a eles, já!
— Por que está tão preocupada com ele? — Desconfiou. — Vocês vivem se “bicando”, desde quando você chegou. Eu amo meu amigo, mas eu sei que é um cara difícil de lidar.
— Exatamente, por amizade. É só por isso a minha preocupação.
— Hum... Amizade? Sério? — Surgiu um sorriso sacana em seus lábios.
— É claro! — Deferi um tapa no ombro de Bernard. Fazendo o que qualquer francês odeia, mas ele mereceu.
— Vocês estão muito interessados, um no outro... — Deixou escapar, mas disfarçou e deu um longo gole em sua bebida.
— Vocês? — Retorci a sobrancelha.
Que história era aquela? O que Bernard sabe, que eu não sei?
Ele acha que vai escapar de mim depois de soltar essa frase no ar, mas sou brasileira e eu não desisto. NUNCA!
Cof Cof
O moreno fingiu uma tosse, descaradamente.
— Desembucha, homem! — Virei de lado, me colocando de frente pra ele, e apoiei o cotovelo sobre o balcão. Disposta a importuná-lo até que me explicasse o significado do que disse.
— Beleza, vou falar o que penso! — Largou o copo, se dando por vencido. — Ambos vivem perguntando um pelo outro. Pierre procura motivos para se intrometer no que você faz, como se procurasse motivos para interagir contigo, e você? Cai fácil na pilha dele, brigam, mas em seguida está pedindo a opnião um do outro sobre qualquer coisa.
Minhas bochechas começavam a ficar rubras de vergonha. Até eu estava espantada.
Bernard continuou:
— Maria, você é a única que o defende naquela cozinha. Nem eu que sou praticamente seu irmão, o defendo desse jeito. — Apontou para mim. — Além do mais, agora, ele te leva todos os dias para casa, após ficarem até tarde após o expediente, trancafiados naquela cozinha, após o último funcionário ir embora. Tem alguma coisa acontecendo, e vocês não me enganam...
Ele sorria orgulhoso como se tivesse me dado o cheque-mate.
Quanto a mim, somente havia percebido que tudo isso era realmente estranho à vista dos demais, quando o Sous-Chef expôs. Contudo estava muito enganado.
— Me poupe, Bernard! — Virei-me para o outro lado constrangida. — Eu apenas estou ajudando Pierre a construir uma nova receita para o grande dia da avaliação que a Michelin fará. Sou grata por ele ter me salvado, naquele assalto. Além do mais, só me leva em casa, porque sou pobre, não tenho porte de armas, e por ser muito tarde. Deixa de pensar besteira! — Falei sendo bem irônica em certos momentos. Bebi em seguida todo o restante do Martini numa única golada.
— Sei... — Me olhou de soslaio.
Passei a noite em claro com a imagem de Pierre indo e vindo em meus pensamentos. Refletindo sobre o que o Sous-Chef havia falado.
Será mesmo que estávamos nutrindo sentimentos profundos um pelo outro?
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O Chef - Série Amores Épicos 2 • AMOSTRA •
Short StoryMaria Luiza é uma brasileira destemida, sonhadora que luta para conquistar o que almeja. Apaixonada por doces, decidiu seguir carreira, e se aventurar em um outro país, afim de se tornar uma Confeiteira Referência no epicentro gastronômico da França...