*oq será q Sam pensou depois do beijo?
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SAM P.O.V
Tinha acabado de chegar em casa e antes mesmo de entrar me vejo logo arrependido do que fiz. Sei que estou sendo feito de trouxa e que um beijo pra ele que já beijou metade daquela escola não significa nada. Eu não significava nada para ele.
Entro em casa e percebo que estou sozinho, provavelmente Diana saiu com Barbara e meu pai está ainda procurando um emprego que preste. Ele queria voltar a trabalhar de jardineiro na mansão do Jacob mas eu tentei tirar isso da ideia dele. Qualquer lugar menos ali.
Vou para a cozinha pegando o cereal no armário e o leite da geladeira para colocar na tigela com a colher. Com tudo pronto me jogo no sofá e coloco num programa de cozinha aleatório enquanto como, já que não é sobre isso que estou prestando atenção.
Fico pensando na merda que fiz hoje de retribuir aquele beijo, de como a minha cara vai ficar amassada se alguém descobrir o que aconteceu naquela casa, principalmente se Patricia souber. Sou um homem morto desde agora mas não acho que nenhum se nós dois irá voltar a falar sobre esse dia.
Gostaria que hoje fosse sexta para não olhar para a cara dele tão cedo mas infelizmente hoje é apenas quinta. Nunca quis tanto que um dia passasse tão rápido como hoje mas querer não é poder.
Sei que August vai querer saber o por que de eu estar estranho por que ele descobre tudo que chega a me dar medo. Sei que ele nunca vai me julgar e nunca iria falar a ninguém mas o medo de me iludir é maior, dele achar que eu estou apaixonado.
Aquele não foi o meu primeiro beijo mas foi o segundo, será que foi bom? Eu não devia me preocupar com isso por que nunca mais irá acontecer. Juro por mim mesmo que jamais irei beijar um cara homofobico, "hetero" e que ainda namora a anos. Não irei me rebaixar por tão pouco.
O problema é que aquele beijo não está saindo da minha mente e também uma pergunta que não quer calar: qual o sentido de ele me beijar do nada? Sei que ele estava dando em cima de mim mas imaginei que fosse para me deixar com vergonha, para me botar para baixo. Jamais imaginei que as cantadas eram com segundas intenções.
Sinto falta do Jacob de verdade, como ele era na nossa infância sem esse negócio do fardo de mimado e escroto que ele carrega por aí, esbanjando como se fosse uma coisa boa. Ele era carinhoso comigo mesmo sendo um idiota desde sempre, nunca querendo realmente dividir seus brinquedos mas eu que comandava as brincadeiras, o que já valia super a pena.
Ele só começou a ser o babaca que é quando entrou no ensino médio, ou seja, a três anos atrás. Daí ele virou o capitão do time de futebol, namora uma líder de torcida e todo aquele clichê.
Meu Deus, eu o odeio tanto que não consigo em parar de pensar nele e isso está me matando. Volto a prestar atenção na TV para os pensamentos sobre hoje não virem a tona outra vez.
A porta da casa abre e eu vejo uma Diana feliz entrar para dentro, o que melhora o meu humor em 100% já que naquele hospital ela mal consegue sorrir. Nem tenho tempo de me levantar do sofá e ela já pula em cima de mim me abraçando, e falando o quanto sente minha falta.
- Maninho eu senti saudades de você e dessa casa, eu tinha saído com a Bárbara caso você queira saber.
- Eu meio que já sabia, você não sai com mais ninguém mas... -olho para os lados- cadê ela?
- Ela me acompanhou até a esquina com medo do papai nos ver juntas, como se ele fosse capaz de matar uma mosca -rimos juntos-.
- Exagero demais, agora me conta o seu dia -sento no sofá-.
- Saímos para tomar sorvete e sentamos na pracinha aqui perto, nada demais. Eu adoraria saber sobre o seu por que fiquei sabendo que saiu com o Jacob.
- Primeiro lugar que a gente não saiu, eu só fui a casa dele ajudar com algumas matérias. Pode ter certeza que o meu dia foi mil vezes mais chato que o seu -tento parecer indiferente-.
Continuamos a falar dos nossos dias longe um do outro, quando ela ainda estava no hospital. Fiquei sabendo que Lua e Barbie já haviam começado a se falar e que estavam com encontro marcado no sábado.
Começamos a nos preocupar com nosso pai por que ele ainda não tinha chegado da rua mas já nos acalmamos quando a porta de casa foi aberta pelo mesmo, que aparentava estar muito cansado. Ele fechou a porta e foi recebido com um abraço por Day, que já deu para perceber que amava dar abraços.
- Meus filhos -se disse retribuindo o abraço- precisamos conversar.
Eu gelei na hora achando que ele não tinha achado um trabalho ou que tinha parado de procurar. A segunda opção não era válida por ele não desistir tão fácil.
Nos sentamos os três no sofá velho que cabia apenas nós ali e papai começou a explicar em todos os lugares que foi fazer entrevistas ou entregar currículos, que na verdade eu e Day fizemos já que ele não sabia escrever muito bem.
- Filhos, eu consegui um emprego -pulamos de felicidade- mas... -ele olha para mim- é ser jardineiro na casa do Jacob e você será ser também.
Minha felicidade diminui mas eu não queria ser hipócrita de negar que meu pai fosse trabalhar por lá. Se esse era o único jeito de conseguirmos botar comida na mesa e eu podia servir de ajuda para isso, eu faço. Todos percebem minha desanimação mas eu tento acalma-los.
- Não tem problema, eu tenho o maior prazer de te ajudar.
- Eu posso ir no lugar dele -Day diz- sei cuidar das flores melhor do que ele se duvidar.
- Você não minha filha, sabe que não pode fazer tanto esforço.
Concordo com papai, ela não tem a mínima resistência para ficar cuidando de plantas num jardim gigantesco em meio ao sol escaldante. Mesmo ela sendo forte a sua doença não permite ela fazer muita coisa.
Resolvemos deixar a conversa para outra hora e eles foram a cozinha comer porém eu apenas neguei estar com fome com a desculpa de ter comido muito lá na cada de Jacob. Fui para o banheiro tomar um banho, levando comigo minha toalha.
Deixei a água quente cair em meu corpo e levar toda a negatividade. Depois de um bom banho rápido eu me sequei e fui me vestir meu pijama comprido azul, já que a noite estava fresquinha.
Me deitei em minha cama para quem sabe esquecer aquele bendito beijo mas só consegui dormir depois de muitas reviradas na cama. Eu não ia esquecer tão rápido.
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*Sam é iludido?
*Sam também foi babaca?
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FOR US
FanfictionComo um nerd, um jogador de futebol, uma rebelde, uma estranha e um cara legal podem ser melhores amigos? Nessa história a amizade é mantida por amor, fidelidade e muitos segredos. Será que o amor e a fidelidade vai ser o suficiente para que a amiza...