O JOGADOR DE FUTEBOL

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*Alguns pensamentos e falas do Jacob eu não concordo (a maioria);
*Vai ter mais palavrão e piadas homofobicas.
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JACOB P.O.V

Passei a manhã inteira pensando a onde estava Patricia, já que suas cachorrinhas estavam sozinhas e pareciam muito perdidas. Tive que perguntar a elas a onde Paty estava e tudo que me falaram foi 'está falando com o nerdizinho' e já sabia que falavam de Jacob. Só espero que ela não esteja assustando o garoto.

Na verdade pouco me preocupo com ela por que não nos amamos de verdade, pelo menos eu não a amo. Fingimos ser um casal por conta de nossos pais serem bem influentes na cidade e 'somos um casal perfeito para o Instagram', ela sempre diz quando me obriga a sorrir para uma foto nossa.

Já chegamos a transar, óbvio, mas nunca me sinto 100% satisfeito com o nosso sexo. Ela é uma puta de uma gostosa, a mais desejada do grupinho e sempre está aberta a todas as posições do kama sutra. O problema é que eu não gosto muito de buceta e ela já me deu o buraco de trás mas mesmo assim não sinto nada.

Talvez por que eu prefiro uma coisa mais grande e grossa, com algumas veias saltadas ~vocês entenderam~. Dizem que eu sou •goy e é isso que eu sou, eu até estou em sites de caras com os mesmos gostos que o meu.

Os únicos que sabem que sou goy são Barbara, Diana, August e Sam. Nenhum deles sabem que estou nesse tipo de site, seria muito vergonhoso. Só estou por que talvez encontre Sam por lá, mesmo sabendo que ele não é esse tipo de cara.

Agora estou saindo da salinha indo em direção a meu armário com os meus bebês, no caso a maconha e as pílulas. Barbie diz que sou viciado nessas coisas por que de duas em duas semanas eu compro mais e mais, mas para mim não sou nenhum pouco viciado. Sou totalmente atlético e forte, sem essas coisas de ser um drogado magricelo.

Nunca descobriram que eu tenho essas belezinhas por ter um bolso escondido em todos os meus casacos e até em algumas calças. Graça a Barbie e seus anos de roubos em lojinhas de conveniências. Sei que é errado porém serviu de alguma coisa.

O sinal toca e eu já estou com a minha mochila nas costas, quando ouço aquela vozinha irritante.

- Baby, estava com saudades de você. Onde você estava?

- Estava vendo algumas coisas para o torneio de amanhã com o treinador -respondi Patricia- e a gente se viu o dia todo.

Céus, agora ela me olhava com uma cara de tristeza falsa, igualzinha a todas que ela faz. Pego sua mão de contragosto enquanto ando, com suas cadelinhas logo atrás de nós falando o quanto somos fofos. Mal elas sabem que tudo não passa de fingimento.

- E o que você falou com o viadinho? -falo, mesmo não gostando desse apelido- Acredita que o meu pai quer que eu estude com ele?

Meu pai era o diretor da escola então queria que seu filho ~eu~ fosse bom em tudo, até nos estudos. Eu odeio estudar e só ainda estou aqui por meu pai ser o dono dessa merda toda e também por ser o melhor jogador do time. Não é o acaso de eu ser o líder daqueles merdinhas.

Caminho fora da escola acenando para alguns dos meus colegas do time indo em direção ao meu carro no estacionamento. Só largo a mão de Paty quando tenho que abrir o carro.

- Espero que ele não te contamine mor, sabe como são esses nojentinhos -diz ela esperando que eu abrisse a porta do carro para ela- Não vai abrir a porta pra mim?

- Preciso falar com o viado, você sabe abrir portas -digo a ignorando- Vou ter que levar suas cadelinhas?

Suas amigas ainda estavam paradas na porta dos passageiros, esperando que sua dona entrassem primeiro. Agora todas me olham com seus olhares mortais e só entram no carro logo após a Paty que murmura um 'babaca'.

Vejo Sam pegando sua bicicleta e corro até ele o assustando como sempre. Gargalho da sua cara de assustado e todos em volta fazem o mesmo, sendo que nenhum deles sabe o motivo de minha risada. Amo ser tão influente assim.

- O que você quer? -diz ele bufando.

- Calma aí estressadinho, só quero falar que o idiota do meu pai pediu que você me ajudasse a estudar.

- Mas já? Mal começou as aulas e você já esta com problemas?

- Ainda não mas ele diz que é melhor prevenir do que...do que... -gaguejo sem saber o final do ditado- como é mesmo?

- Do que remediar -ele fala completando a frase- E quando você quer estudar?

- Já esta ansioso? Calma sua gayzisse aí -rio mas ele não parece feliz- Quinta, na
minha casa, pode ser?

- Sim, agora eu preciso ir -ele sobe na sua bicicleta-.

- Só mais uma coisa, o que Paty falou com você? Não vi nenhum de vocês no recreio hoje.

- Pergunte a sua namorada e eu não sabia que se importava comigo Capitão.

- Eu não preocupo com você -minto- está com ciúmes?

- Vá se ferrar -se diz já pedalando para ir embora-.

- VA TOMAR NO CU VIADINHO.

E de novo as risadas se fazem presente mas Sam apenas me olha com raiva. Fica tão lindo assim...~pera, QUE?~. Volto para o carro onde encontro Paty com seu mau humor e suas tralhas atrás falam de algum cara gostoso. Apenas ligo o carro sem o cinto (n.a: usem o cinto bonitinhes). Depois de muita fofoca sem sentido eu abro minha boca.

- O que você falou paro o Jacob?

- Que ele devia parar de se intrometer com você mas vai ser meio difícil você estudando com ele -bufa como um dragão- Por que eu não posso te ajudar a estudar?

- Por que você é pior que eu, só consegue notas por causa desse peitão aí e também por você perder seu tempo com suas cadelinhas.

Finalmente para a conversa paralela dos bancos de trás e vejo pelo retrovisor a cara das garotas toda vermelha de raiva e, posso apenas da uma risada anasalada. Paro na frente da mansão de Paty e antes de puder falar alguma coisa recebo um beijo de língua da mesma.

- Não fale assim delas -sinto uma apertada em meu pênis- Você não pode ficar?

- Não, eu não posso -tiro sua mão de mim- e não faça esse meio metro de beiço.

Ela é suas amigas saem batendo a porta do carro 'babacas' consigo pensar e já ligo o carro de volta indo pra minha casa. Preciso de um banho pra tirar seu perfume enjoativo de doce e talvez uma punheta com os caras do site? Nada mal.
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•Os goys são homens que se relacionam com homens sem, no entanto, que isso os defina como homossexuais — daí, inclusive, o nome do movimento: o “o”, no lugar do “a”, que visa afastar a ideia de prática do sexo anal. Penetração, só com mulheres, e, mesmo assim, só se a pessoa quiser. Todo o resto, de uma ida ao cinema a carinhos mais fortes, está permitido. Mas não é namoro.

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