Garantia

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ROMANCES MENSAIS

LIVRO XII – MISTÉRIOS DE DEZEMBRO

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CAPÍTULO VII - GARANTIA

O prédio espelhado da Corporação Puckett impunha toda a sua grandiosidade de maneira quase intimidante no centro da cidade. Com seu tamanho e beleza, encantava a todos que passavam região. E ele se tornava ainda mais bonito com o fim de ano se aproximando. Sendo o Natal a festa preferida de Kyle Puckett, a sede da empresa se tornava um espetáculo de cores e brilho.

Ainda era difícil de aceitar que Kyle não voltaria mais. Que o homem não me repreenderia ao ouvir as minhas aventuras e menos ainda que não receberia mais os seus abraços calorosos todas as vezes que eu voltasse de viagem. Kyle estava morto. Não havia mais volta. E pensar nisso me trazia a dor da culpa por não ter estado em Hawkins quando ele enfrentou seu cunhado e por não ter previsto que Hugh o mataria.

Respiro fundo e tento afastar qualquer tipo de pensamento negativo. Esse não é o melhor momento para melancolia. Eu preciso concentrar a minha mente no caso. Taskmaster está tentando entrar na minha mente. Ele quer me desestruturar, tirar a minha confiança. E é por isso que eu não posso permitir me deixar levar pelas minhas emoções. Em uma situação como essa, precisava focar e ser racional.

Por isso, enquanto me dirigia a passos apressados a recepção da Corporação Puckett, ignoro todas as lembranças que tinha de momentos com um dos meus melhores amigos e me concentro em Natasha, Hillary e Patrick, que continuava a carregar o rato de laboratório que Taskmaster havia deixado na sede da CIA de Hawkins.

Assim que chegamos na recepção, as duas mulheres que estavam no local levantam suas cabeças para nos encarar. Antes que Natasha dissesse qualquer coisa, ergo minha mão em um sinal para que não revelasse o motivo de nossa vinda.

- Sr. Barton. É um prazer vê-lo novamente. Veio visitar a srta. Puckett e a sra. Dixon? – Pergunta Marjorie, a recepcionista da empresa ao me reconhecer.

- Não exatamente. Freddie está? – Pergunto e ela assente, concordando.

- Sim. O sr. Benson deve estar na sala da srta. Puckett. O senhor já conhece o caminho? – Pergunta Marjorie de maneira simpática e educada.

- Sim. A antiga sala do Kyle, certo? – A jovem de cabelos loiros assente mais uma vez. – Certo. Eu e meus amigos vamos subir. Poderia avisar a Sam e Freddie que eu estou aqui e preciso conversar com eles?

- Claro. – Concorda a recepcionista, pegando o telefone.

Faço sinal para que Natasha, Hillary e Patrick me seguissem em direção ao elevador especial do prédio, onde apenas os diretores, presidente e gerentes conhecem. Felizmente, eu era uma das poucas pessoas que também tinha acesso ao elevador que era muito mais rápido do que o usado pelo público.

- Por que não deixou que eu me identificasse? – Questiona Natasha, assim que nos afastamos da recepção. Cumprimento o segurança que também me conhecia e abro a porta que levava a área especial do prédio.

- Porque se você dissesse que era da polícia, nós nunca poderíamos usar essa entrada. – Respondo e ela me encara surpresa. – Vamos. Chegaremos muito mais rápido por aqui.

Com o tempo contra nós, subimos rapidamente para o último andar do prédio. Assim que saímos do elevador, corremos para a recepção do presidente, onde encontro Carol Peletier, a secretária que cuida dos presidentes da empresa desde que ela foi fundada. Ao notar nossa presença, a mulher abre um sorriso educado, mas curioso.

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