Depois de toda essa confusão a vida de Helena e dos filhos começaram a entrar em ordem, apesar de passarem muitas dificuldades, por falta de dinheiro, portanto começavam a ver uma luz no final do túnel.
Era de manhã cedinho Helena preparava um desjejum apenas café e bolachas de sal, quando o telefone de seu quarto tocou, ela saiu correndo para atender.
__Oi... Helena, era Judite sua prima.
__Helena tenho novidades, vocês ganharam a licitação, são vocês quem vão reformar os utensílios escolares do colégio, estejam na prefeitura amanhã cedo, nas primeiras horas, Helena soltou um grito de felicidades:
__Aiiii, que maravilha eu sabia, Deus é pai... Todos ouvindo seus gritos vieram correndo até a porta do quarto. Enquanto ela ouvia as explicações da prima de como teria que fazer.
__. Ganhamos a licitação vamos trabalhar pai! Todos ficaram felizes, aos poucos a vida da família Gusmão começava a se refazer. Com o rendimento que esses concertos lhe traria, parte do que estava parado começava a segui seu rumo, como por exemplo as contas da casa que estavam atrasadas.
No outro dia cedo acompanhada do seu irmão, estavam na prefeitura fechando o contrato da tal reforma de cadeiras e objetos escolares, com o prefeito e a bancada de vereadores da cidade. Já passava do meio dia quando finalmente eles voltavam para casa, traziam consigo a fisionomia de muito cansaço, mais felizes, receberam metade do dinheiro, como parte do pagamento pelo serviços prestados a prefeitura, passaram no mercado, comprando mantimentos para casa, e para a alegria da garotada, sorvetes e muito doces.
Ao lado da casa na varanda, foi depositado todo o material e objetos que seriam reformados. Também foi instalado todo maquinário que eles tinham guardados, ainda tiveram que comprar outros ou adaptar outras ferramentas, agora era só arregaçar as mangas, noites virando dias, já que havia muita coisa para ser feita ,pouca gente para realizar as tarefas e prazo não muito longo para serem entregues, Helena com seus discípulos não se intimidavam, trabalhando firmes sem hora de parar.
Depois que deixava os meninos na escola, juntava-se ao pai e irmão, no corte de madeiras, medições, soldas, enfim tudo que era possível, para terminar aquela jornada, os meninos também entravam na farra depois que chegavam da escola.
Helena se desdobrava para cuidar da casa das crianças e ajudar ao máximo no trabalho árduo, não podia deixar de estar junto do dois, afinal foi ela que tivera a ideia de pegar todo aquela empreitada, Heitor dava seu melhor na tentativa de ajudá-los, ainda criança mais fazia tudo que podia. Logo que chegava da escola, trocava de roupa almoçava e se juntava ao avó e tio, Helena sentia orgulho dele, sabia que ele seria um grande homem quando crescesse.
Em meio àquela montanha de objetos de escola, Helena suada parou um pouco o que estava fazendo e com um braço de uma carteira escolar na mão, falou para os demais:
__. Poderíamos fabricar moveis para vender, o que vocês acham?
Ninguém respondeu de imediato, ficaram todos parados olhando-a, Zelito foi o primeiro a falar:
__Helena e suas ideias, para fazermos isso Helena?__ iriamos precisar de muito dinheiro, e depois, já estamos apertados com essa tarefa, quase não dando conta de entregar isso aqui no tempo certo, que tempo teríamos para fabricar moveis?
__. Nós ainda temos o restante do dinheiro do contrato com a prefeitura, podemos usar ele. Helena não parava de se convencer e aos demais que teriam que enfrentar a vida e as dificuldades, a qualquer custo.
__. Depois a gente pensa nisso, né .__Vamos terminar aqui primeiro. Zelito respondeu, e seu Aprígio não falou nada, apenas voltou a sua tarefa.
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A Filha do Carpinteiro
RomanceMaria Helena Gusmão, moça interiorana , conheceu o engenheiro Marcos Dê Macedo, por quem se apaixonou, casando-se com ele, depois de ter sofrido amargamente todos os tipos de preconceito em sua cidade, foi perseguida covardemente, sendo presa e acus...