CAPITULO 03

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Passaram-se alguns dias depois daquele episódio lamentável, Helena não tivera notícias, e todo dia se perguntava. __ será se ele já foi? D. Celina se calara, como era o costume quando não estava de acordo com alguma coisa ela emudecia.

Certo dia era de manhã cedo, Helena preparava uma refeição matinal, quando ouviu uma buzina de carro na frente de casa, saiu correndo para ver quem era.

Zelito chegara motorizado para começar a tão sonhada obra na residência Gusmão.

Helena abraçou o irmão feliz por vê-lo ali, os dois sempre se deram muito bem. Depois de Zelito descarregar seu automóvel o qual estava cheio de ferramentas, este chamou Helena no seu quarto. E lhe entregou um envelope que Marcos havia lhe mandara. Havia uma carta escrita por ele um maço de dinheiro e uma correntinha de ouro com um pingente com o formato de dois corações. Helena correu para o seu quarto e foi lê o que estava escrito.

__. Minha querida estou partindo para São Paulo, espero que você fique bem, estou lhe mandando essa quantia em dinheiro para que nada lhe falte, não quero que passe nem um tipo de necessidade, tem um endereço é de uma senhora amiga da minha mãe o nome dela é D. Alda, procure ela diga que foi eu que lhe enviei, ela vai te ensinar um monte de coisas inclusive costurar.

Helena segurou aquele pedaço de papel entre os dedos, na esperança de aquilo não fosse verdade, não saberia quando voltaria a ver Marcos. E isso sua alma não aceitava.

Guardou bem aquela quantidade de dinheiro sem ao menos contar, para saber quanto havia, em espécie. Ficou um tempo segurando a correntinha entre os dedos deslizando-a e pensando em seu amado. No outro dia cedo foi procurar a tal senhora D. Alda, Depois de entrar na rua 15 de novembro uma avenida grande que ficava logo ali abaixo da praça Monsenhor Arruda Câmara, rua comprida com casa germinadas porem eram casas bonitas ali morava os mais ou menos da classe de media para alta.

Depois de andar um pouco encontrou a casa, número 35, bateu palmas e esperou sair alguém, o que não demorou muito e saiu uma senhora toda pronta parecendo que acabava de sair de um salão de beleza, cabelos claros, com luzes brilhando quando de encontro com o sol, da manhã, vestia um vestido azul claro colado ao corpo, não parecia nem um pouco mais do peso ideal, estava tudo no lugar, uma perfeição, Helena ficou admirada, quando essa senhora saiu na porta lhe perguntando:

__Bom dia....O que foi? Falou D. Alda rudemente.

__A senhora é D. Alda.

__. Sim, porque?

__. Eu sou Maria Helena, Marcos Dê Macedo meu namorado me disse para eu lhe procurar para a senhora me ensinar...D. Alda não deixou ela concluir e disse:

__Entre. Helena entrou em casa dessa senhora assustada, a casa era muito organizada, tudo no lugar, ela sentia um frio no estomago tinha medo até de encostar em alguma coisa.

__. Sente-se; disse D. Alda apontando um sofá em cor bege, com almofadas coloridas, no chão havia um tapete felpudo branco, ela tinha medo de pisar ali, mais tirou seu chinelo deixando em um cantinho da sala e sentou-se de frente para D. Alda, que começou sua sabatina.

__. Então.... Você é namorada do Dr. Marcos? Mais ele não me falou que era namorada dele só me pediu para eu lhe dar umas aulas. __O que você quer aprender?

Tímida Helena falou:

__. Costurar. D. Alda ficou alguns instantes observando-a, para falar em seguida.

__. Você acha que para ser a esposa de um executivo do porte de Dr. Marcos Dê Macedo, precisa somente saber costurar? __. Se é que vai mesmo casar com ele, mais já é um começo, assim você pode fazer uns vestidinhos mais bonitinhos, e parar de usar esses que mais parece uma camisola. As últimas palavras ela falava olhando o vestido de chita que Helena usava, de baixo para cima, parecendo que a estava desenhando e continuou: Enquanto esta outra ficava quietinha sentindo-se cada vez menor, e com mais vontade de sair dali correndo.

A Filha do CarpinteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora