Morte.

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10 de Julho de 2003.





"Sr.McCaffrey, por favor..." Foi interrompido novamente "Não... Sr.McCaffrey, por favor... Eu não... " Suspirou "Por favor, entenda minha situação. Eu...Eu sei! Eu sei, mas... Sr.McCaffrey!".

Seus ombros caíram em desistência quando Sr.McCaffrey desligou a chamada sem avisos. Trêmulo, levou a xícara de chá até seus lábios, virando-a de vez. Suas noites estavam calmas como há tempos não estavam, sua saúde revigorada e até mesmo suas olheiras haviam desaparecido, Jeongguk estava bem.

Poderia parecer puro egoísmo, mas apenas o Jeon sabia os pesadelos que passou pela maldita Igreja Principal. Há dois dias uma pequena criança adoeceu. Órfã de pai e de mãe, Viollet foi criada pela Igreja assim como Jeon Jeongguk. Pelos lábios maldosos das Freiras a menina havia adoecido por desobediência, mas ninguém sabia ao certo qual doença a pequena carregava. Com dias contados, nenhuma alma bondosa possuía tempo para atender seus caprichos, e assim entra Jeon: dois anos após sua partida recebeu uma ligação da diretoria do hospital, o padre exigia sua presença para cuidados com a pequena Viollet, garantiram um salário gordo e mais dias de folga, caso aceitasse.

"O que faço? O que faço?" Sussurrava para si enquanto balançava seu corpo para frente e para trás "O que faço?" Seus olhos desesperados capturaram a imagem pintada de sua mãe, qual estava pendurada em um quadro no meio da sala. "Preciso ir, não é?" Riu, amargurado. Deixou a xícara em cima da cômoda ao seu lado, levantou e bateu suas mãos nas calças velhas. Era difícil se sustentar em Fredericksburg.

Jeongguk arrastou os passos pela sala, acabando em seu quarto apenas para se jogar em sua cama confortável e afundar o rosto entre os travesseiros macios. Suas mãos amassaram o tecido enquanto sua boca expelia um grito frustrado, qual era abafado. Lágrimas deixavam seus olhos enquanto seus pés maltratavam o colchão com chutes firmes. Quando seus olhos pararam de lacrimejar e sua garganta secou, ele levantou para descontar suas frustrações na água gelada do chuveiro.

[...]

12 de Julho de 2003.





— VAMOS, PORRA!

Jimin revira os olhos. Impaciente, joga o cigarro entre os dedos no chão, pisoteando-o. Ele está cansado, seus punhos e braços estão machucados. Dias ruins assombram a reserva.

— O Alfa não deveria fumar. — Jennie pisoteia a madeira da varanda, tentando retirar a lama de suas botas. Ao mesmo tempo, Sra.Park ameaça de arrancar seus pés em um grito estridente, zelando pela limpeza do local. — Ela nunca muda. — ri — O que aconteceu dessa vez? Namjoon não volta há meses.

— Acredito que não seja da sua conta.

— Acredito que eu faça parte da alcateia. — com um grande sorriso nós lábios, Jennie para ao lado do outro. — Não é normal essa demora. — Jimin suspira com impaciência, interrompendo os pensamentos altos da Kim. — Não seja mal-educado, Alfa. Apenas estou tentando entender.

— É minha melhor amiga, já disse que não precisa me chamar de Alfa quando estamos sozinhos. — ele suspira — Pedi para Namjoon verificar nosso território. Descobrir se temos lobos solitários ou qualquer matilha invasora. Também preciso saber se vamos ter alimento o suficiente, essas bandas não parecem boas para caça.

— Bom... Talvez seja um sinal.

— Não. — nega Park, enfiando as mãos nos bolsos da calça e começando a andar para longe.

— Qual é! Jimin! — Jennie o segue com pisadas desajeitadas. — Cem anos, Park! Cem anos confinados nessa floresta. Porra! Podemos ter uma vida normal?!

1877 • Pjm + JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora