1877 • Pjm + Jjk

Urso.

AVISO: Contém cenas pesadas.

Jungkook.

—... Então padre Kim conversava com uma mulher. Ela era bonita, mas agora não me recordo bem o rosto. — suspiro, cansado. Retiro o píres com a xícara do meu colo e os coloco na mesa de centro — Quando senhora Park... Não, espera — balanço a cabeça, confuso — Quando chamaram essa mulher de senhora Park, eu senti como se chutassem meus joelhos detrás. Eu caí, quebrei a mesa de centro e bati a cabeça. Derramei sangue e fiquei sem vida, mas eu conseguia ver meu corpo! Era como meu espírito observando tudo de cima.

— E quem te derrubou? — Taehyung questiona e solta um longo bocejo.

— Pelo que vi de cima, a provável senhora Park estava em posição de ataque. Depois disso tudo eu acordei. Não sei o porquê desses pesadelos, Tae. Depois de sair com Irene eu tomei um banho quente e um chá, eu deveria ter dormido bem.

— São os mesmos pesadelos de antes?

— Quais? — pergunto, confuso.

— Nos primeiros dias que saiu da igreja você me dizia que não conseguia dormir bem, que marcas apareciam no seu corpo e você tinha pesadelos. São os mesmos?

— Não. Mesmo que eu tenha morrido nesse, os outros eram bem piores. Acho que também não possuo nenhuma mancha no corpo — digo enquanto olho para meus braços desprotegidos — Os machucados de quando soquei você e o Park e me machuquei atrás do doutor Williams estão aqui, mas não existe nenhum novo.

— Obrigado por lembrar do soco. Ainda dói — ele diz, provocando uma risada calma em nós dois — Fiquei preocupado quando soube do episódio desse doutor. Queria estar presente para te ajudar, Jungkook.

— Eu sei que estava ocupado, Taehyung. Já disse que não precisa se cobrar tanto sobre mim! Somos amigos agora.

— Mas eu ainda sou um babaca.

— E quem não é? Me diga uma pessoa que transpira a mais pura inocência sem ser uma criança, Taehyung.

— Você.

— Sabemos que isso não é verdade. — rio. Encolho minhas pernas para caberem na poltrona e às abraço com o braço livre — Perdi minha inocência há tempos.

— Eu não sei explicar, Jeon. Mesmo você sendo um grande filho da puta violento, eu sinto que você é puro de alguma forma.

— É dessa forma que você leva seus pretendentes para a cama?

— Sim.

— Rídiculo. — reviro os olhos — Estou pensando sobre a sra.Park, Tae. Ela tem o mesmo sobrenome que Jimin.

— Talvez Park não seja o sobrenome.

— Díficil já que ela é amarela. Os traços dela são claramente de descendência asiática, aliás, Nira também é um nome de origem coreana.

— Como conhece tanto? Meus pais são presentes na cultura coreana e mesmo assim eu sequer sei o significado do meu nome.

— A mulher sempre me ensinou. Enfim, sabe que não gosto de falar sobre ela.

— Desculpe. Sabe que eu esqueço.

— Não tem problema, você sabe. — sorrio — Vou desligar, Tae. Desculpe ligar essa hora, eu estava assustado.

— Não tem problema, eu gosto de conversar com você. Além do mais, esse é meu horário preferido. — ele diz. Consigo imaginar um sorriso cretino nos lábios de Kim.