Brooklyn, 1988.
Morar em um orfanato não foi tão ruim quanto as pessoas dizem. Claro que tem o sentimento de insuficiência por ter sido abandonada pelos pais aos 3 anos de idade, mas, por outro lado, foram os melhores anos da minha vida.
Depois de uma das crianças ficar desaparecida o dia inteiro pelo orfanato, o diretor, senhor Fury, implantou um sistema de duplas.
Minha dupla era a Nat, uma menininha ruiva, de dentes tortos e separados e os olhos claros como o oceano pacífico. Ela tinha um sotaque russo e se embolava com as palavras as vezes.
Eu e Natasha fazíamos de tudo juntas: andávamos de bicicleta (na verdade, ela segurava a minha bicicleta enquanto eu tentava aprender), fazíamos dever de casa, brincávamos no parque.
Natasha me protegia dos garotos que tiravam sarro de mim. Ela parecia a Grace Hart em Miss Simpatia.
Éramos inseparáveis, até que, quando tínhamos 7 e 8 anos, Natasha foi adotada.
Prometemos uma a outra que nos encontraríamos quando mais velhas, e nos casaríamos, caso nenhuma de nós estivesse em um relacionamento.
Como o orfanato tinha um número ímpar de crianças, eu acabei ficando sozinha por um tempo.
2 anos depois eu fui adotada por um casal que tinha outros dois filhos mais velhos. Eles moravam no Brooklyn, então eu sempre visitava o orfanato quando podia.
22 anos se passaram desde o dia que ela foi embora. Eu estudei, me tornei professora, mas nunca me esqueci daquela nossa promessa de infância.
E nunca, nunca me esqueci da menina de cabelos ruivos, dentes tortos, sotaque russo e olhos cor de oceano.
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Para Sempre | romadanvers
FanfictionQuando o amor é verdadeiro, não há tempo que o faça desistir da pessoa que ama. Carol Danvers e Natasha Romanoff cresceram juntas em um orfanato no Brooklyn, e eram inseparáveis, até Natasha ser adotada e levada para Portland. Antes de ir embora, Na...