invasão de privacidade.

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Peggy andava de um lado para o outro no quarto de hóspedes de Natasha. Yelena a observava, enquanto comia um pacote de salgadinhos. A morena estava pronta para ligar para Carol, mas ela precisava ser bem cuidadosa com oque iria dizer para a loira. Yelena disse que Carol saía do trabalho às duas da tarde, então elas esperaram um horário em que sabiam que a mesma estaria em casa.

— Alô? Carol? — o telefone foi atendido no primeiro toque.

Não, aqui é a Wanda, eu tô com o celular dela pra ela não fazer nenhuma besteira. Não é a Natasha, é? Se for, eu tenho muita coisa pra falar-

Não, não é a Natasha. É a Peggy, a melhor amiga dela. Eu queria falar com a Carol, você poderia me deixar falar com ela, por favor?

*Eu vou te dar o telefone, mas se você fizer qualquer coisa burra eu te bato* — Peggy escutou a outra garota falar baixinho, logo escutando a voz do outro lado da linha mudar. — Ahm... Alô?

— Oi... Carol, certo? — a loira apenas concordou — Eu sou a Margaret Carter, eu consegui o seu contato com a Yelena. A gente ainda não foi apresentada corretamente, mas eu sou a melhor amiga da Nat. Eu vim passar uns dias na casa dela porque fiquei preocupada com o comportamento dela ultimamente...

É... Eu entendo a sua preocupação. Mas, me fala... Ela tá bem? AI! — Peggy escutou um barulho de um tapa e depois a reclamação de Carol. — não pergunta se ela tá bem, ô bocó! Eu preciso saber, Wanda. Talvez ela esteja tendo um dia ruim. Eu não dormi a noite inteira pensando nela. Carolina eu vou te bater de novo.

Peggy escutava as mulheres discutirem, dando um tempinho até elas se resolverem.

Pronto. Agora sim.

Você tá bem?

Sim. A Wanda é maluca mas ela se preocupa de verdade. Eu a tranquei pra fora do quarto e ela não vai demorar pra subir pela janela, então você precisa ser rápida.

— Então, como eu estava dizendo, eu estou passando uns dias aqui e, olha, eu não tenho nada a ver com o relacionamento da Nat, mas eu sou a melhor amiga dela e odeio ver ela desse jeito.

De que jeito?

— Eu tenho quase certeza que ela não gosta nem um pouco dele. Ela está sendo manipulada. Eu não quero te encher de esperança, Carol... Mas eu acho que a gente tem que fazer alguma coisa.

Eu não quero arriscar o relacionamento dela e o resto da minha dignidade baseado em um "quase certeza". Ou você tem certeza, ou não tem-

— Eu tenho. E é absoluta. Você sabe disso. Ela não se casaria com ele tendo alguém como você por perto. Não por vontade própria. Você não o conhece de verdade, mas sabe que ela estava disposta a larga-lo pra ficar com você. Então por que a mudança tão repentina?

Me pergunto isso o tempo todo.

— Olha, eu tenho um plano, ok? Estive pensando nisso a noite toda. Tudo oque você precisa fazer é não desistir dela. E também não contar nada pra ninguém porque pode ser um plano perigoso.

Ninguém vai se machucar né?

— As pessoas já estão se machucando, Carol. Você não entende, mas uma hora vai. Como eu disse, tudo oque precisa fazer é não desistir da Nat. Ela precisa de você...

Eu não vou desistir dela. Pode acreditar. — Carol estava tão imersa na conversa que não percebeu quando Wanda entrou no quarto, dando um tapa na sua cabeça — para de ser gay! NÃO DÁ! — elas riam e se debatiam, e Wanda logo desistiu de impedir a amiga. — Senhorita Carter, poderia mandar um beijo pra Yelena? Em nome da Wanda. CALA A BOCA, CAROL!

Para Sempre | romadanversOnde histórias criam vida. Descubra agora