Quando o amor é verdadeiro, não há tempo que o faça desistir da pessoa que ama.
Carol Danvers e Natasha Romanoff cresceram juntas em um orfanato no Brooklyn, e eram inseparáveis, até Natasha ser adotada e levada para Portland.
Antes de ir embora, Na...
o primeiro capítulo da fic chegou a 200 views, obg! <3
Era domingo e Natasha finalmente iria conhecer os amigos de Carol. Ela insistiu que todos eles fossem para a sua casa, por conta da piscina e do espaço. Carol perguntou diversas vezes se a ruiva tinha certeza disso e ela disse que sim todas as vezes. Natasha não poderia simplesmente evitar entrar naquela casa para sempre.
Ainda era cedo quando a ruiva teve a crise do "não sei oque usar". Yelena, que estava deitada na cama da irmã, a assistia pegar vários vestidos, saias, calças diferentes mas nunca decidindo qual vestir. A irmã dizia que tudo ficava perfeito em Natasha, oque não ajudava muito.
— Eu tenho que impressionar os amigos dela, eles precisam gostar de mim. — ela falava, jogando o sexto vestido em cima da cama bagunçada.
— Vai por mim, eles já gostam de você. Escolhe oque você se sentir confortável ou eu vou acabar escolhendo por você.
— Ah, não, não. Eu já escolhi, vai ser esse aqui. — ela pegou um vestido rodado azul clarinho com flores na estampa, guardando as outras peças no closet rapidamente.
— Como é fácil fazer você tomar uma decisão. — Yelena debochou do desespero da irmã mais velha.
Depois que a irmã saiu de seu quarto, Natasha entrou no banheiro e preparou seu banho de banheira relaxante. Estava com saudades desse pequeno hábito. Enquanto a água na banheira subia, ela se olhou no espelho. Há alguns dias atrás, ela odiava olhar seu próprio reflexo. Sentia repulsa do seu próprio rosto, corpo, tudo. Natasha se odiava por se permitir ser refém de um amor que sempre a machucava. Mas, naquele momento, olhando seus olhos cansados, suas linhas de expressão, seu cabelo... Ela não sentia nojo. Algo no amor de Carol, e nas breves sessões de terapia, fizeram Natasha perceber o quão linda e especial ela era.
Mas algo a incomodava. Odiava o fato de que algo na sua aparência a lembrava dos seus tempos de relacionamento tóxico. Então ela teve uma ideia. Vasculhou no armário do seu banheiro pelos produtos e os encontrou. Um kit para descoloração e pintura de cabelo. Antes de tomar coragem para descolorir, ela olhou o cumprimento dele. Estava batendo nas suas costas e ela não gostava. Em um impulso de coragem, ela pegou sua tesoura e o cortou na altura dos ombros. Paralisou olhando para o bolo de fios ruivos que segurava na mão. Natasha os amarrou e os separou, pegando seu celular.
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Yelena travou quando viu a irmã com uma tesoura grande na mão, mas voltou a respirar quando percebeu que ela só havia usado para cortar o cabelo.
— Mulher, pelo amor de Odin, você quase me mata de susto! — ela falou, entrando no banheiro, fazendo Natasha rir com a expressão usada que fazia referência à mitologia nórdica, mas que a lembrava do nome do avô de Carol — O que deu em você pra fazer isso..?
— Pode me ajudar? Concerta o corte pra mim, por favor. — ela entregou a tesoura para a irmã, que não contestou.
As irmãs nunca precisaram ir a um salão porque desde novas Melina ensinou-las a pentear, cortar ou até mesmo pintar o cabelo da outra, tanto que na pré adolescência Natasha pintou o cabelo de azul e adorou. Yelena era a melhor com a tesoura, enquanto Natasha era a melhor em fazer os penteados, principalmente as tranças que ela e a irmã tanto amavam usar.
