21 - Guerra

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— Taehyung? — Namjoon parou no meio do corredor

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— Taehyung? — Namjoon parou no meio do corredor.

— O que houve? —  Estranhou aquele comportamento repentino.

— Sobre meu pai... — Taehyung podia jurar ver os olhos do mais velho lacrimejando. — É verdade?

Taehyung sabia o quanto aquilo poderia doer aos ouvidos do mais velho, por isso optou em apenas assentir, respondendo a pergunta dele. 

Namjoon o olhou. Então era realmente verdade o que os invasores estavam falando, então ele tinha mesmo perdido seu pai e seu irmão, e o único que tinha agora era seu marido Seokjin, Min Yoongi e Kim Taehyung. 

O mais velho encostou na parede e suspirou, derrotado, machucado demais. Primeiro a facada que Seokjin levou já tinha lhe machucado demais, depois saber que seu pai tinha morrido e nem mesmo ele sabia e agora Jungkook... 

Jungkook havia sumido e provavelmente também estaria morto. 

—  Isso é do Jungkook. — Deu o pano rasgado e encharcado de sangue a Taehyung. — Meu falcão encontrou isso...

— Do Jungkook? — Se apressou em pegar o pedaço do tecido. Mordeu seu lábio.

— Provavelmente... — Suspirou. 

A cabeça do Kim mexeu, dando vários sinais que não estava nada bem naquele momento. Taehyung respirou fundo e bateu na testa, se ajoelhou no chão e chorou.

Jungkook não estava mais entre eles? Jungkook tinha sido morto por aqueles homens?

— Onde está Jungkook? — falou baixo, torcendo para que fosse mentira. — Ele… Onde está meu marido?

Levantou do chão novamente, ficando cara a cara com Namjoon. — Cadê ele, Namjoon?

— Me perdoa. — Chorou.

— Cadê ele? — gritou, apertando o tecido na mão. 

Não. Isso não poderia ser verdade. Só poderia ser uma pegadinha, tudo aquilo era um teatro muito bem feito, as pessoas lá fora gritando, todas em choques. Só poderia ser isso. 

Ele precisava do alfa, seu filhote precisava dele... Todo mundo precisava dele.

A resposta mais coerente era que tudo não passava de uma brincadeira de mau gosto. Ou então um sonho. Certeza que era um sonho, mas não um sonho e sim um pesadelo, porque seu marido não pode ter ido assim.

Ele precisava acordar daquilo. Taehyung bateu em seu rosto, socou a parede o mais forte e chorou, chorou porque nada dava certo.

— Taehyung? — Namjoon se apressou a pegá-lo nos braços. — Precisa ser forte. Precisamos cuidar das pessoas.

— E Jungkook? — Fechou os olhos. — Cadê ele, Namjoon?

— Calma — pediu baixo. — Calma, Taehyung. — Pôs seu corpo contra, o abraçando. 

Não aguentava escutar os choros e gritos de Taehyung e não se sentir culpado, não sentir que tudo aquilo era só a culpa dele. Era o príncipe, irmão de Jungkook, mas mesmo assim não o protegeu.

Abraçou ele o mais forte que pôde, descontando sua frustração nas lágrimas que ele soltou. Chorou junto dele, porque também estava com dor, estava sofrendo.

{ ... } 

— Taehyung! — Namjoon gritava, chamando o ômega, seja lá onde ele tenha se metido. 

Quando virou para trás, se assustou. Um homem vinha até ele com uma espada nas mãos, mas antes que continuasse, uma flecha atravessou seu corpo. Namjoon logo procurou o dono da flecha, olhou para trás, frente e para os lados. 

Encontrou o dono delas. Taehyung estava junto de um homem, o mesmo que segurava o arco bem feito nas mãos, e não demorou muito para reconhecer quem era. O famoso professor de Taehyung.

— Vamos! — gritou de novo, em seguida montando em seu cabelo branco.

Suas mãos estavam com o sangue inimigo, a espada manchada. Pegou o capacete de ferro que seu guarda lhe deu e o colocou. Abaixou o ferro, tampando seu rosto.

Parte do castelo estava limpo. Na verdade, todo ele estava, só faltava eles irem atrás do resto que tinham fugido. Haviam muitos mortos no chão, então uns soldados iriam ficar lá para tirar tudo aquilo e cuidar do castelo. 

O muro de pedra tinha sido destruído. Partes das casas do palácio tinham pegado fogo. Muitos desastres, mas ainda sim tinha um jeito de arrumar todo aquele estrago.

Era preciso paciência, apenas. 

Com duas adagas nas mãos, Taehyung correu para seu novo cavalo. As guardou na cintura e esperou Namjoon guiar parte daquele exército. 

Mais um grito foi ouvido e todos aqueles cavalheiros correram, saindo em disparada daquele lugar. 

Taehyung foi seguido por mais alguns também. Diferente de Namjoon, Taehyung tinha uma missão.

Ir atrás da rainha Kang. 

E Namjoon tinha a missão de terminar de matar aqueles que se revoltaram contra o trono. Iria vingar todos que perderam a vida nessa guerra e depois iam ter paz eterna.

— Majestade? — Lee alcançou Taehyung, que corria o mais rápido. Mostrando o caminho para os outros. 

Taehyung queria que Lee estivesse naquela guerra, queria que ele visse o quão bom lhe treinou, por isso ordenou que o mesmo viesse consigo.

Em menos de uma hora Taehyung já era chamado de majestade. Afinal, por direito herdou o trono, era o rei de todas aquelas pessoas, e se precisasse iria defender até a morte todos.

Seria um rei viúvo, mas mesmo assim forte. Seria lembrado de ser o ômega que batalhou na guerra, e depois de muito tempo aquele que sucedeu o trono. E mesmo sem Jungkook, tentaria ser o rei e cuidar de seu filhote.

Taehyung até se sentia um pouco importante se não fosse pelo motivo de seu marido ter morrido. Horas sem nem rastros e muito menos respostas de onde Jungkook estava, ele era considerado morto.

Ninguém sabia de nada. Taehyung não sabia também, por isso mandou que se aventurassem na floresta, para pelo menos encontrar algo dele. Nem que fosse sua espada, sua mala e suas roupas, qualquer coisa que fosse, algo que mostrasse a Taehyung que Jungkook estava, sim, morto.

Mesmo que fosse doer. Precisava saber.

— Diga, Lee. 

— Temos que seguir em frente, então vamos encontrá-la.

A rainha. Lee estava falando da rainha. 

Golpe de estado, isso que a rainha tinha feito. E tudo só foi comprovado pois ela foi a única que fugiu do palácio, como uma cobra que vê o fogo, fugindo para não se dar mal. Uma víbora, aquela mulher.

Como o diabo foge da cruz.

Taehyung mesmo iria matar ela, como devia ser, como sempre foi. Aquilo era como tudo deveria acontecer, ele iria arrancar a cabeça dela e mostrar a todos.

Aquilo só serviu como um incentivo, pensar na mulher morta. Taehyung aumentou a velocidade de seu cavalo, segurando as rédeas do mesmo. 

Iria sentenciá-la a morte. Sentiria o sangue em suas mãos, a vingança.

Adentraram a floresta, passando por muitos galhos e de longe Taehyung pôde ver várias pessoas e uma grande carruagem vermelha.

— É a rainha, majestade. — Um soldado confirmou suas dúvidas.

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agr é dedo no cu e gritaria KKKKK

Scarlet eyes - TaeKook Onde histórias criam vida. Descubra agora