Você já se sentiu observada alguma vez? Alyssa Stewart sente essa sensação todos os dias quando sai de sua casa, ela só não sabia que essa pessoa só queria a proteger de um mal, mas era tarde demais, ela estava mais envolvida nisso do que qualquer o...
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Depois de tomar sorvete com as meninas, eu voltei para casa, tomei um banho quente, coloquei meu pijama e me deitei na cama para terminar de ler meu livro. Nunca pensei que em uma semana minha vida mudaria de monótona para perigosa, há uma semana atrás eu estava preocupada em ficar para sempre fazendo as mesmas coisas todo dia e agora estou aqui com medo de sair de casa e ser atacada por alguém, a pergunta é: por quê? Por que essa organização está me seguindo? Por que tanto interesse em mim?
Acordei de meus devaneios com um barulho no vidro da janela, franzi a minha testa e me levantei da cama deixando o livro de lado, andei até a janela com o coração a mil. Devo chamar os meus pais? Meu primeiro pensamento é que um Cefur está tentando me pegar de novo, mas depois vejo uma pequena pedrinha bater na janela e vou até ela a abrindo em seguida. Olhei para baixo e me deparei com Peter prestes a atacar outra pedrinha, mas parou quando me viu e soltou ela no chão. Ele abanou a sua mão para eu me afastar.
— O que você vai fazer? — Perguntei sussurrando.
— Vou subir. — Sussurrou de volta e começou a escalar em um cano embutido na parede.
— Peter! — Sussurrei alarmada. — Você vai cair!
— Não vou. — Falou tranquilo enquanto subia.
Eu sai de perto da janela e olhei para a porta do meu quarto, corri até lá e tranquei ela. Me virei para a janela a tempo de ver o Peter atravessando-a e colocando seus pés no chão, ele se virou e fechou a janela. Fui até ele que se virou para mim com um sorriso ladino.
— Você ficou louco?! — Pergunto baixo, a minha vontade era de gritar. — Você podia ter se estilhaçado no chão!
— Mas não cai! — Ele falou todo tranquilo e cheio de si, continuei olhando para ele preocupada. — Estou acostumado com isso, Alyssa.
— A entrar escondido nos quartos dos outros? — Perguntei levantando uma sobrancelha.
— Ao perigo. — Ele sussurrou dando um passo em minha direção.
Ficamos quietos um olhando para o outro, ele me analisou dos pés a cabeça e me lembrei que estou usando um pijama com desenhos de abacate, minhas bochechas queimam e fico envergonhada. Observei ele também e como sempre está todo de preto com sua aljava nas costas, me voltei para seus olhos que me olhavam intensos de volta.
— O que faz aqui? — Perguntei cruzando os braços.
— Queria te ver. — Ele sussurrou sem desviar os olhos.
— Por quê?
Ele olhou em volta, observando o meu quarto apagado com a luz do abajur acesa.
