Você já se sentiu observada alguma vez? Alyssa Stewart sente essa sensação todos os dias quando sai de sua casa, ela só não sabia que essa pessoa só queria a proteger de um mal, mas era tarde demais, ela estava mais envolvida nisso do que qualquer o...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Deixamos a base para trás, os outros ficaram desolados porque era a casa deles, onde moraram a vida toda e agora tinham que abandonar o lugar que consideravam seguro. Nossas pegadas iam sendo deixadas para trás enquanto seguíamos, quando finalmente chegamos em frente a minha casa, eu quase não a reconheci por causa da neve esbranquiçada que cobria ela toda. Eu abri a porta e entramos, tudo estava em seu devido lugar, enquanto eu andava pela sala, uma fina esperança tinha se alastrado em mim com a expectativa de meus pais terem voltado, mas a casa não tinha ninguém além de mim e meus amigos agora, minha segunda família.
— Linda casa. — Luke falou olhando em volta.
Ele era o único que ainda não tinha vindo aqui, o Noah já tinha entrado aqui quando me trouxe um remédio e Sara quando os meninos foram vigiar a Fycherfluar.
— Obrigada, Luke. — Eu agradeci. — Aqui tem três banheiros e três quartos, acho que dá para todo mundo.
— É o suficiente. — Peter falou. — Obrigado por deixar a gente ficar.
— Não precisam agradecer, vocês me acolheram, agora eu vou acolher vocês. — Eu sorri fraco.
— Tem comida? — Sara perguntou. — Estou morrendo de fome, chega de fruta! Eu quero é arroz e feijão!
— Ter, tem. Mas temos que preparar.
— Ok, vamos todos descansar um pouco. — Peter falou.
Todos concordamos e subimos as escadas, Noah ficou com o quarto dos meus pais, Sara e Luke com o quarto de hóspedes e Peter comigo no meu quarto. Senti uma vontade enorme de colocar tudo pra fora e desmoronar por tudo o que estava acontecendo: os Cefurs, meus pais, o pendrive e a Abby.
— Vai primeiro, eu espero. — Peter disse baixinho.
Eu apenas balancei a cabeça, peguei umas roupas e entrei no banheiro. Deixei que as lágrimas escorressem com a água quente do chuveiro, queria que os meus pais estivessem aqui e me aconselhassem, dizer o que devo fazer. Talvez devêssemos todos fugir igual meus pais para bem longe, esquecer tudo e recomeçar uma nova vida, mas não podemos deixar que os outros dessa cidade sofram as consequências.
Depois do banho, eu peguei algumas roupas quentes do meu pai para os meninos e algumas minhas para a Sara, eu acendi a lareira e deixei que o Noah se divertisse na cozinha, preparando alguma coisa para comermos já que ele gostava de culinária.
Quando Noah nos chamou para a cozinha, vi que ele fez strogonoff, dei uma risada e ele me olhou curioso, então ele riu quando eu contei que era a única comida que eu sabia fazer perfeitamente. Nos sentamos à mesa, cada um comendo em silêncio, conseguia sentir a tristeza no ar. Depois que estávamos satisfeitos, sentamos no tapete felpudo da sala na frente da lareira.