0.6

871 105 142
                                    

Em uma aula vaga, Ayla puxa Sirius para conversar em um canto, pois suas irmãs deixaram uma pulga atrás de sua orelha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Em uma aula vaga, Ayla puxa Sirius para conversar em um canto, pois suas irmãs deixaram uma pulga atrás de sua orelha.

— Você sabe que não deve ficar com outras garotas enquanto nossa mércia existir, não é? — a DunBroch pergunta, olhando seriamente para o Black.

— O que? Como assim? — ele pergunta, fazendo a corvina arregalar os olhos. — Estou brincando! Claro que sei! Acha que sou burro? — a garota abre a boca para responder, e ele levanta o dedo, falando: — Não responde.

A ruiva levanta as mãos em rendição e o grifinório se escora de lado na parede, de braços cruzados.

— Mas por que se lembrou disso subitamente? — Sirius pergunta, franzindo a testa.

— Minhas irmãs, basicamente, me chamaram de corna. — Ayla responde, tirando uma gargalhada do Black e ela dá um tapa em seu braço. — Não é pra rir, palhaço! Eu achei mesmo que estava sendo traída em um namoro falso. Isso seria o auge da minha decadência!

Prendendo a risada, o garoto levanta as mãos em rendição, fazendo a corvina sorrir e dar outro tapa em seu braço. Com um suspiro, ela encosta as costas na parede, ficando de braços cruzados.

— Isso me fez pensar que devemos conversar sobre as coisas nesse "relacionamento". — Ayla olha pra ele ao dizer isso, fazendo o Black assentir. — Deveríamos falar sobre beijos. Com que frequência vão ocorrer?

— Regular beijo não é uma boa ideia. — Sirius opina, recebendo um olhar confuso da garota, então ele explica: — Que tipo de casal apaixonado só se beija quando necessário? A não que ser que queiramos mostrar que não estamos, é melhor a gente se beijar quando der na telha.

— Está bem, mas sem passar dos limites, sim? — a DunBroch pede e o grifinório assente, respeitando. — Não vamos falar sobre isso para nossos pais.

— Com certeza não. — Sirius concorda. — Não quero iludir tia Phemia dessa forma.

— Eu também não quero fazer isso com meus pais, mas acho que vou ser obrigada. — a corvina comenta, com uma careta de frustração, e ganha um olhar questionador do garoto, assim ela explica: — Meu pai basicamente fareja mentiras, então se ele perguntar se estou namorando, ele vai saber que estou mentindo.

— Mas tecnicamente não estamos namorando, isso não seria tipo um ponto cego? — Sirius pergunta com a testa franzida, e Ayla faz o mesmo gesto, ficando um pouco confusa com isso.

— Acho que não, porque estamos namorando, mesmo que não haja sentimento ou verdade. Isso é confuso. — a DunBroch determina e o grifinório assente, ambos entendendo parcialmente a coisa toda. Esse dilema definitivamente deu um nó nas mentes deles.

— Certo... então temos até o Natal para acabar com isso, ou seus pais vão ficar sabendo disso tudo? — o Black pergunta, apenas para confirmar.

— Acho que sim, mas eles não iriam saber que é falso. E você não precisaria nem conhecer eles. — a corvina argumenta e ele meneia a cabeça, mas por fim acaba concordando.

— Ok, só espero que isso não te traga problemas, nem que eu tenha que mentir para o senhor e a senhora Potter. Mentir para eles sobre saídas noturnas é uma coisa, agora falar de uma garota quando não estou apaixonado não é legal. Não quero decepcioná-los. — Sirius confessa e Ayla assente, compreendendo. Ela também não quer decepcionar seus pais, e isso é pior para o Black, já que ele foi acolhido pelos Potter e praticamente adotado. Eles são o refresco na vida do grifinório e a DunBroch realmente não quer atrapalhar isso, seria egoísmo demais de sua parte.

— Você contou disso para seus amigos? — Ayla muda de assunto, apontando de si para o Black ao perguntar.

— Não, James é um péssimo ator. — Sirius responde. — E você, contou para suas irmãs?

— Nunca! Amberly encheria meu saco pelo resto da vida. — a corvina responde, com uma careta.

— Então ninguém sabe disso além de nós dois? — o Black pergunta, descruzando os braços e aproximando-se da garota.

— Exato. Agora pode se afastar? — ela pergunta, erguendo uma sobrancelha.

— Temos que colocar realismo nisso, ruiva. — o moreno fala, apoiando-se na parede com a mão esquerda e colocando a direita na cintura da garota, puxando-a levemente para perto dele.

— Sabe que já fomos assunto o suficiente, não é? — Ayla pergunta, apoiando sua mão esquerda no braço do grifinório.

— Eu não acho. — o moreno comenta, com um sorriso malicioso, fazendo a garota estreitar os olhos em sua direção.

— Não vai fazer o que acho que vai fazer, vai? — ela pergunta, sentindo o coração acelerar. Por que tive que escolher logo ele? E por que estou tão surpresa?, a corvina se pergunta.

— "Beijar quando der na telha", lembra? Além disso, a fofoqueira da Gabrielle Huckman está conversando ali atrás com suas amigas. — Sirius sussurra para a DunBroch, que consegue se conter e não busca com o olhar a lufana.

— Mas... — a ruiva não tem tempo de terminar a sentença, pois o grifinório logo une seus lábios aos dela. 

A coisa toda demora um segundo pra se organizar, mas quando se organiza, Ayla só consegue constatar que Sirius beija muito bem e que tem gosto de pasta de dente de hortelã e varinha de alcaçuz. Seria indelicado narrar como aconteceu o beijo, mas posso dizer que foi um belo de um amasso. Aparentemente, esses dois não brincam em serviço, tem que ser tudo real.

Com as respirações ofegantes, os dois se afastam e se olham, corações acelerados e sem palavras. A DunBroch engole em seco ao notar o brilho desejoso nos olhos do grifinório, e decide ignorar a parte que pede por mais um beijo, a parte que diz que nunca foi beijada assim antes, não com tanto desejo.

Ok, a coisa está ficando séria.

°°°°°

Espero que tenham gostado.

Esperavam por essa? Eu não, sinceramente só sai escrevendo.

Até a próxima.

17/07/2020.

Mércia ♡ Era dos MarotosOnde histórias criam vida. Descubra agora