Gustavo

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Oi gente, vamos ter um momento de alívio agora? Aliviar o coração. E uma dúvidas vão surgir também. Será Gustavo?
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Rafaella

Quando entrei no quarto, me deparei com Gizelly entubada, meu coração acelerou e eu queria tirar ela dali.

Ela estava com um corte na sobrancelha, levantei o lençol e ela usava aqueles vestidos de hospitais, suas pernas estavam arranhadas. Eu só queria abraça-la, parecia que fazia anos que eu não a via.

Manu sentou numa poltrona do lado da cama e segurou em uma das mãos dela, enquanto eu analisava cada parte machucada do seu corpo, passei minhas mãos pelo seu rosto e uma lágrima brotou na minha face, então sussurrei:

Como eu queria ver seus lindos olhos abertos agora, eu senti tanta saudade de você. Que bom ter você aqui, mas abre os olhos pra mim, por favor.                                                                       Manu me olhou e disse que ia sair um pouco, ia descobrir onde as outras meninas estavam, depois voltaria pra me buscar, pois ela disse que eu estava precisando descansar.                   Mas eu não iria sair de perto dela até ver seus olhos abertos de novo. 

Já era só eu e ela. Me sentei na beirada da cama, segurei a sua mão e comecei falar com ela, mesmo que ela não me escutasse, eu queria falar aquilo olhando pra ela:

Gizelly Bicalho, acho que você me hipnotizou, mesmo sem perceber. Desde o restaurante eu ansiava por te encontrar, nunca alguém me causou tanto impacto. É só você aparecer no meu campo de visão que o colorido se faz presente na minha vida, o branco e preto da minha vida pacata desaparece. Fazia muito tempo que eu não me via mais feliz, achava que nunca mais encontraria alguém que me fizesse tão bem, até você aparecer e mesmo cheia de confusão, eu não conseguia me afastar, eu não conseguia te negar um beijo, quando você estava bêbada, eu não consegui não te beijar naquela sala opaca de pole dance, eu não consegui evitar no dia da virada do ano, quando estou perto de você o “não” se faz ausente no meu dicionário pessoal. Eu quero tanto te proteger, minha pequena, e te garanto que não deixarei ninguém te fazer mal, mas eu preciso que você acorde para eu te mostrar que a vida tem muito mais brilho igual aos seus olhos, que a vida pode ser aproveitada sem medo de ser feliz, hoje você não precisa do passado e se você me permitir, eu posso ser o seu presente e o seu futuro. Eu estou tão assustada com tudo isso que aconteceu, percebi que estou muito apaixonada por você, pena que você não está me ouvindo. Que Deus me dê a coragem de te dizer tudo isso quando você acordar, pois estarei aqui quando isso acontecer. Você me virou do avesso, garota. Desejo que seja tudo recíproco, não sei se meu psicológico aguentará ver você fugindo de mim.

Gi, abre os olhos pra mim, olha pra mim. – dei um beijo na sua testa e o barulho da porta se abrindo se fez presente no quarto.

Olhei para trás e o rapaz da primeira festa e que apareceu na sua casa entrou dentro do quarto, com os olhos inchados. Levantei e me afastei para que ele a visse. Ele caminhou até a cama e beijou a sua bochecha, mesmo no meio do sussurro eu consegui ouvir o que ele falou:

Meu amor, eu estou aqui, não acredito que isso aconteceu. Fica bem logo e não se preocupe com nada, eu vou cuidar de você. 

Eu comecei revirar os olhos, por que ele chamou ela de amor? O que eles tem ? Será que ela namora e mentiu pra mim? – saí do quarto e me senti completamente perdida naquele corredor, parecia que estava durando uma eternidade para chegar na recepção. 

Até que uma mão agarrou o meu braço, quando me virei, Manoela estava lá ao lado de Tatá Werneck. Que se prontificou a me perguntar:                                                                             O que você está fazendo aqui fora? - Manu                                                             Um rapaz chegou chamando ela de amor, acho que é o namorado dela e eu deixei eles sozinhos.                                                                                                 Você está doida? – Tatá perguntou e nem me deu tempo de responder, já saiu correndo em direção ao quarto, eu fui atrás dela e quando chegamos lá, os médicos estavam lá.                        O que houve?  –  perguntei e o médico se virou pra mim e disse que o quarto dela começou alertar e quando chegou aqui, ela estava sozinha e ao aparelhos estavam desligados.

Delírios- GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora