Giovana

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Oi pessoal, voltei.
Se preparem antes de começar a ler, pois vocês ficarão com raiva.
Não sei se ainda volto hoje, acredito que só amanhã. Beijo no coração de vocês.
Boa leitura!
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Gizelly

Olhei para o chão e não encontrei a minha bolsa e a minha sandália estava jogada do lado oposto a mim. Eu estava no chão e o ambiente estava escuro e totalmente vazio, só conseguia enxergar, pois havia brechas na porta que permitia a passagem da luz externa.

Na minha perna tinha uma tornozeleira de ferro com uma corrente presa na parede, era até que uma corrente grande que me deixava circular até um balde que acho que era ali que eu deveria fazer as minhas necessidades, a corrente não me deixava chegar até a porta, tentei tirá-la, mas não consegui, estava totalmente presa ali.

 Era um galpão pequeno e bem assustador.

Muito tempo havia se passado, não sei se horas ou um dia, pois eu só tinha a roupa do corpo, ainda não conseguia deduzir se aquela claridade era luz solar ou uma lâmpada acesa.

 Depois de um bom tempo escuto o barulho de passos, depois chaves se mexendo e logo após o trinco é virado e a porta é aberta.

Então consigo ver que aquela claridade era de uma lâmpada e eu estava apenas em uma das partes daquele galpão.
 

Só vejo a sombra de um homem forte com algo em mãos, tentei levantar mas não consegui, ainda me sentia bastante tonta.

O homem se abaixou e colocou uma marmita no chão, com uma colher de plástico, quando ele olhou pra mim eu não o conhecia, poderia ser um capanga novato. Então ele disse:

Coma que daqui a pouco virá umas pessoas lhe fazer uma visita.

Antes que eu falasse alguma coisa ele se virou e eu comecei gritar por socorro, mas já sabia que era em vão, trabalhando com essas coisas já deduzia que estávamos longe da cidade, mas queria essa confirmação e foi o que ele fez, se virou para mim já perto da porta e disse:

Pode gritar madame, estamos bem longe da cidade, ninguém vai te ouvir. – disse fechando a porta.

Eu já havia conhecido vários lugares distante da cidade e tentei puxar na mente algum lugar que me recordasse aquele galpão, mas nada veio em mente, eu estava com medo de comer, mas a fome falava mais alto, porém não comi, fiquei analisando uma forma de sair daquele terrível lugar, mas tava muito complicado, todas as minhas tentativas eram falhas, aquela corrente me limitava de fazer tudo.

Escutei barulhos novamente e o novato abriu a porta, entrando três pessoas naquele lugar, reconheci o Fernando logo de longe, ele é um dos capangas, o mesmo que vi no aeroporto, um dos culpados por matar a Marcela.

Ele se aproximou de mim e disse, que bom lhe rever, quando me levantei e ia com tudo pra cima dele, o novato segurou os meus braços e me amarrou. Então ele se aproximou do meu rosto e passou a mão no meu queixo e não pensei duas vezes, cuspi bem na cara dele, ele limpou o rosto e se levantou rindo.

Depois um cara loiro chegou um pouco perto de mim e reconheci o Ronaldo.

Está lembrada de mim moça? Você continua linda. – logo se afastou e deu espaço para o seu chefe, que eu já sabia muito bem quem estava ali, nem precisava ver seu rosto, sua barriga já era característica do Juarez.

Ele se abaixou em uma distância razoável e disse:

Até que enfim lhe encontrei, Giovana, ou melhor, Gizelly Bicalho. Achava mesmo que uma mudança de nome faria eu não te encontrar? Demorei, mas te achei. Você não mudou nada Dra, você ainda continua deliciosa.

Delírios- GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora