Song • Fillie

capítulo treze

F I N N W O L F H A R D

Em frente ao espelho, com as mãos arrumo minha gravata. Meu cabelo está normal, apenas com um pouco de gel. 

Ao terminar, me olho por completo. Está bom o suficiente? Tenho certeza que Millie estará esplêndida, maravilhosa, porque na verdade, ela já é. Mas estará mais ainda. 

Não faço ideia de como é seu vestido, ela disse que seria surpresa e só cabe a mim descobrir na hora.

Aguardo sua mensagem alertando que passará aqui em casa para irmos juntos, então mando minha localização. 

Eu não pretendo ficar tanto tempo nesse baile. Já estaremos formados amanhã a noite, então talvez esse evento não é tão importante assim.

Mas para Millie é. E eu não posso deixá-la chateada, não ela. 

Meu celular avisa que tem mensagem nova, e rapidamente desbloqueio o aparelho para ver.

"Estou um pouco atrasada, pode me encontrar lá?" 

"Ok." Enviada e visualizada. 

Vejo o horário; ainda dá tempo de chegar lá sem se atrasar.

Chamo um Uber, que logo está na frente da minha casa.

[•••]

A música do ambiente estava totalmente alta. Eram músicas calmas e lentas.

No palco tinha uma cortina vermelha enorme, que dava para perceber que atrás havia um microfone. 

Do lado tinha um violão, piano, ukulele e outros instrumentos. 

   — Oi Finn! - sou surpreendido pela voz de Sadie atrás de mim.

   — Oi! - a abraço. 

   — Tá curtindo? - ela pergunta, e logo puxa Noah, que estava com seu braço em seu pescoço. 

   — Acabei de chegar - digo, passando a mão pela nuca.

   — Você tá sem par? - ela pergunta, chegando mais perto do meu rosto por conta da música alta. 

Eu ia responder, quando sou interrompido por Noah. Ele estava comendo algo que não consigo reconhecer.

    — Ele tá esperando a morena de olhos castanhos! - ele diz, fazendo eu arregalar os olhos por ter falado – mesmo sem saber – a verdade. 

   — Finn! - Sadie diz, surpresa.

   — Licença - digo, me retirando do local. 

Estava ali apenas esperando por uma pessoa; Millie. Que, por coincidência, não havia chegado ainda. 

Vou para um canto mais vazio, perto do palco. Tem apenas um senhor cuidando dos instrumentos ali. 

Isso me chama a atenção, que eu me lembre, nas outras formaturas não haviam instrumentos. 

    — Alguém vai tocar, Senhor? - pergunto gentilmente. 

   — Não - ele diz — O moço que tocaria não chegou ainda.

   — Eu sei tocar algumas músicas. Posso? - o moço hesita, mas logo depois assente. 

Pego o violão e penso em qual música tocar, talvez "Impossible"? 

É uma boa música. Mas as vezes minha voz falha em alguns high notes. 

Vou até o palco, o moço abre a cortina para que eu possa entrar. Ele me orienta a sentar em um banco que havia ali.