capítulo 38

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5 meses depois...

Ava Sharpe

Eu e Sara combinamos que assim que Leonard fizer um ano, o que falta 3 meses, nós finalmente vamos começar a preparar o casamento, eu me sinto animada.
Esses últimos cinco meses tem sido reconstrutor no meu relacionamento com Sara. A empresa tem tido vários lançamentos novos, o que me dá muito trabalho para preparar propagandas, contratar fotógrafos, escolher modelos, entre outras coisas, com isso minha carga horária tem sido maior que a de Sara ultimamente. Léo fica com Agatha, a babá, que também tem nos ajudado bastante com os afazeres em casa. Foi difícil me convencer a deixar meu bebê com alguém, mas Sara conseguiu me convencer e tem sido muito bom.

 Zari já está de volta a ativa, trabalhando como sempre, ela ficou um mês separada de Charlie, por brigas idiotas, ficou até lá em casa, mas já se resolveram e agora ela e minha cunhada moram juntas.

 Laurel conseguiu depois de muito tempo convencer Dinah de trabalhar conosco como modelo.
  Nate e Amaya estão viajando de novo e vira e meche minha mãe resolve aparecer.

Leonard está super esperto, e está tão lindo, eu fico babando em como ele é lindo, gordinho. E quando solta gargalhadas é a coisa mais linda no mundo inteiro.

Hoje é sábado e nós estamos em casa, Sara foi levar um documento na empresa mas já tem um tempo deve estar chegando.

Léo está sentado na sala brincando com os inúmeros brinquedos que ganhou das tias babonas. E eu amassei uma banana para ele comer, o que ele adora.

- Quem vai querer bananinha?

Ele me olha na mesma hora largando os brinquedos e engatinha até o sofá, segura nele e fica em pé, balbuciando sons que não entendo, e pulando, ou pelo menos, tentando. Eu começo a rir.

- Vem cá, meu amor. Vamos pro cadeirão. - o pego e vamos até a cozinha, assim que o coloco sentado ele aponta para a colher dele que está na mesa. Eu pego e entrego a ele sorrindo. - Você é muito esperto, sabia mocinho? - beijo seu nariz. E ele faz cara feia e gargalha.

Eu começo a dar a ele e deixo ele fazer uma pequena bagunça também mexendo a colher dele no prato.
Depois de alimentar minha ferinha com o lanchinho da tarde, o coloco na sala novamente e estamos distraindo brincando quando um barulho de carro é ouvido. Eu já sei que é Sara.
Léo também, ele levanta a cabeça e olha para a porta e vai engatinhando até ela, quando chegou próximo, sentou e ficou apontando para que eu abrisse.

- É a mama, filho? - ele riu. - Isso mesmo, é a mama.

O peguei no colo e abri a porta quase na mesma hora que Sara. E ela nos olhou e e abriu um grande sorriso. E Léo esticou os bracinhos com um sorriso no rosto também balbuciando algo.

- Peguei dois fugitivos no flagra! - semicerrou os olhos rindo e pegou nosso filho de meu colo fazendo cosquinhas nele.

Eu dei um selinho nela. E dei passagem para que ela entrasse.

- Ele reconheceu o barulho do carro.

- Foi, filho? - beijou a bochecha dele. - Mas está muito esperto esse menino, gente.

- Como foi na empresa?

Ela respirou fundo colocando nosso filho no chão e sentando no sofá.

- Temos que entregar uma campanha publicitária da nova marca até quarta feira. - arregalei os olhos, afinal aquela era minha área, ou seja, mais trabalho para mim. - Tudo porque a empresa Saunders lançou uma nova ontem, Laurel ficou louca.

- E ela quer lançar na quarta? Mas é pouco tempo.

Ela mexeu a boca contorcendo.

- Eu sei... E a chefe do marketing vai querer arrancar meu pescoço quando souber.

Eu sorri de lado.

- Olha, eu garanto que vai. É pouco tempo.

Ela riu e ficou de pé vindo até mim.

- Amor, eu sei, mas você é competente demais, eu sei que vai conseguir, eu vou te ajudar. E tem o pessoal todo do marketing e da publicidade.

Eu respirei fundo.

- Odeio que você me ganhe tão fácil, chefe.

Ela sorriu sacana e me abraçou pela cintura.

- E você fica linda brava.

Eu dei língua para ela e ela riu e me beijou. O que não demorou nada, pois senti mãos pequenininhas nas minhas pernas e separei o beijo para ver um bebê muito lindo nos encarando, Sara Sussurrou um "estraga prazeres" e eu o peguei no colo, no mesmo momento que o celular de Sara começou a tocar.

Ela riu atendendo "Alô?" E o sorriso dela sumiu "Sim, sou eu" eu a olhei confusa e perguntei quem era, ela só estendeu a mão me pedindo para esperar "Sim, quer dizer não" isso estava confuso demais, ela abriu a boca em um aparente susto e se sentou "meu Deus, como isso aconteceu?" Ok, agora eu estou preocupada "Não, sim, houve um engano" perguntei de novo quem era e ela me pediu pra esperar de novo, Léo alheio a tudo brincava com meus cabelos. "Certo, eu estou indo até aí. Obrigada" ela desligou o celular e olhou para o nada.

- Amor? - chamei balançando Léo que ameaçava chorar.- O que houve?

- A Nyssa - respirou fundo e eu a olhei mais confusa ainda-  e-ela t-teve o bebê. É uma menina. - ela ainda olhava para o nada.

- Que bom pra ela. - revirei os olhos, mas queria entender mais. - Mas por que te ligaram?

Ela ficou de pé e me olhou.

- Aparentemente, eu sou o contato de emergência de Nyssa.

- E ela não mudou isso agora que a bebê nasceu? Pediu para chamar justamente você? - estava irritada e ri sem humor-  Essa mulher é inacreditável, porque ela não...

- Ava, a Nyssa morreu no parto. - Sara me cortou e eu a encarei com os olhos arregalados. - Eu estou registrada lá como mãe da criança.

Léo começou a chorar pedindo colo dela . E eu a olhava estatística.

Ah merda...

𖠁𝐀 𝐞𝐱𝐭𝐞𝐧𝐬𝐚𝐨 𝐝𝐞 𝐌𝐢𝐦-  𝑨𝒗𝒂𝒍𝒂𝒏𝒄𝒆 𖠁 IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora